05/04/2014
Tatiana Cestari
O Projeto Padrinho de Três Lagoas, que atende crianças a partir de 5 anos de idade recolhidas em abrigos, completa no próximo dia 9 de abril,4 anos de implantação no município. Hoje, aproximadamente 26 crianças e adolescentes atendidos pela Casa Acolhedora e Peço de Jacó, são apadrinhadas por meio do projeto.
Cerca de outros oito assistidos pela Instituição de Acolhimento “Menino Jesus”, do município de Selvíria, inaugurada recentemente, também são apadrinhados.
A coordenadora do Projeto Padrinho, assistente social Elisângela Facirolli do Nascimento, explica que como a 1ª Vara Criminal – Infância e Juventude da Comarca de Três Lagoas está sem juiz titular desde dezembro, esse número de crianças atendidas está abaixo do normal. “Neste mês deve assumir um novo juiz titular. A média de crianças e adolescentes acolhidos é de aproximadamente 30, mas já chegamos a atender 70 somente no Poço de Jacó, embora o objetivo do projeto seja exatamente diminuir o número de atendidos”, afirma a assistente social.
Dentre as modalidades de apadrinhamentos estão: Afetivo, Material, Prestador de Serviço e Família Acolhedora. O último tramita na Câmara de Três Lagoas, como projeto de Lei, e deve ser analisado e votado pelos vereadores.
No Padrinho Afetivo, quem atende a criança ou adolescente dá atenção e carinho, podendo passear nos fins de semana, levá-la para casa ou outro local, sob sua responsabilidade. Também pode orientá-lo e preocupar-se com sua saúde, estudos e formação.
No Padrinho Material são atendidas as necessidades da criança ou adolescentes, e de forma secundária, também da família, auxiliando financeiramente ou por meio de doação de bens, assim como pode conhecer a família, caso seja sua vontade.
O Padrinho Prestador de Serviços, presta serviços gratuitos, em horas livres, inerentes a sua profissão ou ofício, como dentistas, psicólogos, médicos e outros.
Por fim, no Família Acolhedora - o qual está tramitando na Câmara, após o padrinho receber habilitação da equipe psicossocial do projeto, ele acolhe a criança ou o adolescente em sua casa por um certo período, até que a justiça decida o caso.
“Para ser uma família acolhedora, os interessados devem ser, primeiramente, Padrinhos Afetivos para que a equipe psicossocial possa analisar o perfil familiar”, explica Elisângela.
ADOÇÃO
Elisângela revela que, o projeto acaba facilitando a adoção de crianças e adolescentes. Tanto que, durante seus quatro anos de existência em Três Lagoas, 10 crianças e adolescentes já foram adotados, pessoas estas que não teriam a menor possibilidade de adoção, por terem mais de 5 anos de idade. Somente no ano passado, quatro assistidos ganharam um lar.
“Um belo exemplo foi o de dois irmãos, de 9 e 11 anos, que juntos foram adotados”, conta ela. “A cada 10 adoções, uma é feita por mulher e solteira. A mulher é sempre mais corajosa. Para ter uma ideia, 90% das pessoas que aderem ao Projeto Padrinho, são mulheres solteiras”, cita a assistente social.
O PROJETO
O Projeto Padrinho foi lançado no dia 26 de julho de 2000, em Campo Grande, por meio do Tribunal de Justiça, com iniciativa da então juíza da Vara da Infância e Juventude, Maria Izabel Matos, que hoje é desembargadora. Quem tiver interesse em fazer parte do projeto, pode entrar em contato por meio do telefone (67) 3929-1975 ou pessoalmente no Fórum, das 13h às 18h, de segunda a sexta-feira.
Foto: Elias Dias/JP
http://www.jptl.com.br/?pag=ver_noticia&id=66682
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