11/04/2014
Texto Álvaro Pacheco | Foto DR |
COREIA DO SUL
O pequeno Hyunsu O’Callaghan, de três anos e portador de algumas
deficiências físicas, morreu no passado dia 3 de fevereiro, vítima de
maus tratos por parte do pai adotivo. Mas há quem considere que a culpa
não é só do pai, mas também das instituições que falharam ao não
protegerem a criança.
É que havia uma família de acolhimento coreana disposta a ficar com a criança, e como tal, há quem continue a defender que se invista mais na adoção local. Porém, a cultura coreana impede que o número de adoções locais seja maior - há a crença de que a transmissão da linhagem familiar se interrompe quando uma criança de outra família é adotada.
Nos passados 60 anos, foram enviadas para adoção no estrangeiro mais de duzentas mil crianças, começando precisamente após o fim da Guerra das Coreias em 1953, quando o país se encontrava em ruínas e incapaz de alimentar e criar milhares de órfãos. E, apesar da Coreia do Sul se ter tornado numa potência mundial económica, as adoções internacionais continuaram em grande ritmo.
O auge foi atingido em 1986, quando 8.600 crianças foram adotadas por estrangeiros. Entretanto, o número foi diminuindo, atingindo 755 em 2012. Espera-se que este ano possa descer para menos de 300. O Ministério da Segurança Social associa esta descida à Lei Especial de Adoção, criada em 2012. A lei exige que as crianças sejam registadas de modo a evitar serem colocadas em listas de adoção sem qualquer informação sobre os seus antecedentes.
Espera-se que o caso O’Callaghan «force» o governo a agir com mais determinação contra os abusos perpetrados por agências de adoção, que no passado agiam também com a conivência do governo, o qual encorajava as adoções por estrangeiros.
A recente morte de uma criança sul-coreana adotada por um casal norte-americano causou não só choque como reabriu o debate sobre as adoções efetuadas na Coreia, cuja quantidade deu origem ao triste título «país exportador de crianças»
http://www.fatimamissionaria.pt/artigo.php?cod=29416&sec=73
É que havia uma família de acolhimento coreana disposta a ficar com a criança, e como tal, há quem continue a defender que se invista mais na adoção local. Porém, a cultura coreana impede que o número de adoções locais seja maior - há a crença de que a transmissão da linhagem familiar se interrompe quando uma criança de outra família é adotada.
Nos passados 60 anos, foram enviadas para adoção no estrangeiro mais de duzentas mil crianças, começando precisamente após o fim da Guerra das Coreias em 1953, quando o país se encontrava em ruínas e incapaz de alimentar e criar milhares de órfãos. E, apesar da Coreia do Sul se ter tornado numa potência mundial económica, as adoções internacionais continuaram em grande ritmo.
O auge foi atingido em 1986, quando 8.600 crianças foram adotadas por estrangeiros. Entretanto, o número foi diminuindo, atingindo 755 em 2012. Espera-se que este ano possa descer para menos de 300. O Ministério da Segurança Social associa esta descida à Lei Especial de Adoção, criada em 2012. A lei exige que as crianças sejam registadas de modo a evitar serem colocadas em listas de adoção sem qualquer informação sobre os seus antecedentes.
Espera-se que o caso O’Callaghan «force» o governo a agir com mais determinação contra os abusos perpetrados por agências de adoção, que no passado agiam também com a conivência do governo, o qual encorajava as adoções por estrangeiros.
A recente morte de uma criança sul-coreana adotada por um casal norte-americano causou não só choque como reabriu o debate sobre as adoções efetuadas na Coreia, cuja quantidade deu origem ao triste título «país exportador de crianças»
http://www.fatimamissionaria.pt/artigo.php?cod=29416&sec=73
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