11 de outubro de 2013
Por Elaine Cristina Aguiar Fernandes
De maneira resumida, podemos dizer que a família adotiva é constituída
por pais e filhos que não são ligados biologicamente, mas têm uma
ligação afetiva e/ou legal. É um fato que a gênese da família adotiva se
dá com a chegada da criança ou do adolescente no lar. Esta é uma fase
primordial, na medida em que é nesse momento que será iniciado o vínculo
entre pais e filhos. Normalmente, quanto mais avançada é a idade da
criança, com mais dificuldade acontece a ligação entre esses sujeitos,
já que em casos como esse, cada indivíduo tem um modelo próprio e
interno de vinculação.
O psicólogo espanhol Juan Palacios, com o
intuito de avaliar o nível de risco que pode caracterizar a família
adotiva, propôs um modelo em que cruza fatores de risco relativos aos
pais adotivos e fatores de risco relativos aos filhos adotivos. Através
dessa pesquisa, evidenciou-se que os principais riscos que os pais
adotivos enfrentam são as grandes expectativas, algumas vezes
inadequadas, pouca capacidade em lidar com o conflito e a tensão,
atitudes pouco comunicativas, pouca expressão de afeto e escassez de
apoios sociais e profissionais para lidar com os filhos adotivos. Já
para as crianças que são adotadas, os maiores fatores de risco são a
elevada idade de adoção, a institucionalização prolongada, história
prévia de conflitos graves e presença de problemas sérios de
comportamento.
É bem comum que grande parte dessas questões surjam
durante o processo de adoção. Por isso, é de suma importância que ao
longo do ciclo vital das famílias adotivas, que estas consigam recorrer
ao apoio da família alargada, social e mesmo apoio técnico dos
profissionais que participaram do processo de adoção.
Quando um
casal decide adotar uma criança pequena, as principais dificuldades
enfrentadas por esses pais está no campo do desenvolvimento de uma
autoridade e disciplinas eficazes. Os pais adotivos têm um enorme receio
de não conseguirem o amor da criança. Temem também serem excessivamente
duros com esse filho, devido ao passado do mesmo.
É fundamental que
quando a criança adotada tiver um grau razoável de compreensão
cognitiva do significado da adoção, que essa notícia seja exposta a ela.
Muitas famílias acreditam, erroneamente, que guardar essa notícia, ou
seja, manter o segredo sobre a adoção, é a melhor alternativa.
Definitivamente não é. O segredo é destrutivo na estrutura familiar.
Quando a revelação é feita, é necessário que a criança seja apoiada pela
família, além de compreendida por todos que convivem em seu lar. Nesse
momento, é comum que a criança levante questões relativas à adoção. Não é
raro que o adotado acredite que foi deixado para a adoção por causa de
seu comportamento. E isso poderá fazer emergir problemas escolares,
dependência emocional ou comportamentos agressivos ou de desafio, de
forma a testar a garantia e disponibilidade do amor dos pais.
Quando
o adotado se torna um adolescente, pode ocorrer nele o desejo de unir
as várias partes da sua história de vida e assim querer conhecer a sua
família biológica e raízes geográficas, sem que isso signifique que
queira deixar a sua família adotiva. Não obstante, estas são tarefas
perturbadoras, que despertam medos e angústias na relação entre pais e
os filhos.
Está considerando o processo de adoção de um filho muito
complicado? Pesquisas revelam que relativamente ao nível de coesão e
adaptabilidade das famílias adotivas, não se registram diferenças
significativas relativamente às famílias biológicas. E por que isso
acontece? Justamente porque há um grande investimento na coesão por
parte das famílias adotivas para fazer nascer uma família de amor e
respeito, por saberem que a ligação não germina naturalmente. Além
disso, a grande maioria das famílias adotivas revela imensa satisfação
pela adoção, o que torna essas famílias tão ou mais funcionais que as
famílias biológicas.
http:// vidaepsicologia.wordpress.com/ 2013/10/11/ estou-preparado-para-adotar-um- filho/
11 de outubro de 2013
Por Elaine Cristina Aguiar Fernandes
De maneira resumida, podemos dizer que a família adotiva é constituída por pais e filhos que não são ligados biologicamente, mas têm uma ligação afetiva e/ou legal. É um fato que a gênese da família adotiva se dá com a chegada da criança ou do adolescente no lar. Esta é uma fase primordial, na medida em que é nesse momento que será iniciado o vínculo entre pais e filhos. Normalmente, quanto mais avançada é a idade da criança, com mais dificuldade acontece a ligação entre esses sujeitos, já que em casos como esse, cada indivíduo tem um modelo próprio e interno de vinculação.
O psicólogo espanhol Juan Palacios, com o intuito de avaliar o nível de risco que pode caracterizar a família adotiva, propôs um modelo em que cruza fatores de risco relativos aos pais adotivos e fatores de risco relativos aos filhos adotivos. Através dessa pesquisa, evidenciou-se que os principais riscos que os pais adotivos enfrentam são as grandes expectativas, algumas vezes inadequadas, pouca capacidade em lidar com o conflito e a tensão, atitudes pouco comunicativas, pouca expressão de afeto e escassez de apoios sociais e profissionais para lidar com os filhos adotivos. Já para as crianças que são adotadas, os maiores fatores de risco são a elevada idade de adoção, a institucionalização prolongada, história prévia de conflitos graves e presença de problemas sérios de comportamento.
É bem comum que grande parte dessas questões surjam durante o processo de adoção. Por isso, é de suma importância que ao longo do ciclo vital das famílias adotivas, que estas consigam recorrer ao apoio da família alargada, social e mesmo apoio técnico dos profissionais que participaram do processo de adoção.
Quando um casal decide adotar uma criança pequena, as principais dificuldades enfrentadas por esses pais está no campo do desenvolvimento de uma autoridade e disciplinas eficazes. Os pais adotivos têm um enorme receio de não conseguirem o amor da criança. Temem também serem excessivamente duros com esse filho, devido ao passado do mesmo.
É fundamental que quando a criança adotada tiver um grau razoável de compreensão cognitiva do significado da adoção, que essa notícia seja exposta a ela. Muitas famílias acreditam, erroneamente, que guardar essa notícia, ou seja, manter o segredo sobre a adoção, é a melhor alternativa. Definitivamente não é. O segredo é destrutivo na estrutura familiar. Quando a revelação é feita, é necessário que a criança seja apoiada pela família, além de compreendida por todos que convivem em seu lar. Nesse momento, é comum que a criança levante questões relativas à adoção. Não é raro que o adotado acredite que foi deixado para a adoção por causa de seu comportamento. E isso poderá fazer emergir problemas escolares, dependência emocional ou comportamentos agressivos ou de desafio, de forma a testar a garantia e disponibilidade do amor dos pais.
Quando o adotado se torna um adolescente, pode ocorrer nele o desejo de unir as várias partes da sua história de vida e assim querer conhecer a sua família biológica e raízes geográficas, sem que isso signifique que queira deixar a sua família adotiva. Não obstante, estas são tarefas perturbadoras, que despertam medos e angústias na relação entre pais e os filhos.
Está considerando o processo de adoção de um filho muito complicado? Pesquisas revelam que relativamente ao nível de coesão e adaptabilidade das famílias adotivas, não se registram diferenças significativas relativamente às famílias biológicas. E por que isso acontece? Justamente porque há um grande investimento na coesão por parte das famílias adotivas para fazer nascer uma família de amor e respeito, por saberem que a ligação não germina naturalmente. Além disso, a grande maioria das famílias adotivas revela imensa satisfação pela adoção, o que torna essas famílias tão ou mais funcionais que as famílias biológicas.
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