FAMÍLIA AMOROSA É FUNDAMENTAL PARA DESENVOLVIMENTO DO CÉREBRO
1 outubro 2013
Carlos José de Oliveira
Segundo um novo estudo da Universidade Harvard e do Hospital Infantil
de Boston, ambos nos EUA, estar em um ambiente familiar propício
estimula o crescimento do cérebro e o desenvolvimento de habilidades
mentais nas crianças.
Os pesquisadores analisaram imagens de
ressonância magnética do cérebro de órfãos romenos de 8 a 11 anos de
idade, sendo que alguns deles tinham sido adotados.
Os cientistas
afirmam que a maioria dos lares de adoção (casas institucionais de
cuidados dos órfãos) tem poucos cuidadores para muitas crianças, e,
sendo assim, o atendimento é altamente regulamentado e o investimento do
cuidador nas crianças é baixo.
Ao comparar as crianças colocadas em
cuidados de terceiros com as que cresceram em um ambiente tipicamente
doméstico, os pesquisadores descobriram que as primeiras menores níveis
de substância branca e cinzenta, dois componentes do sistema nervoso
central do cérebro.
Eles também descobriram que os órfãos que mais
tarde foram adotados, ou seja, passaram a morar com famílias, tinham
níveis normais de substância branca, mas menos massa cinzenta.
A
substância branca retransmite mensagens para o cérebro e desempenha um
papel fundamental na nossa capacidade de aprendizagem, permitindo que o
cérebro funcione de forma apropriada, enquanto a substância ou massa
cinzenta contém células nervosas e governa nossos músculos, sentidos,
memória, emoções e fala.
Pode ser que o déficit em massa cinzenta
nas crianças sob cuidados de terceiros tenha a ver com a ausência de
estimulação necessária para o desenvolvimento normal do cérebro no
inicio da vida, já que elas conviveram muito tempo com privação,
negligência física e psicológica.
Também pode explicar por que as
crianças que passam muito tempo sob cuidados não familiares têm, em
média, QI mais baixo e menos competências linguísticas, além de estarem
em maior risco de problemas de desenvolvimento, tais como déficit de
atenção/hiperatividade e problemas de saúde mental.
A conclusão é de
que crianças expostas à criação institucional (não familiar) passam
muito tempo em um ambiente privado sem uma experiência adequada para o
desenvolvimento normal do cérebro.
Os dois primeiros anos de vida
são um período especialmente sensível, que exerce um efeito máximo no
desenvolvimento cognitivo da criança. Para crianças em lares
institucionais, o ideal é ser adotado o mais rápido possível.
E
famílias que relegam o cuidado com seus filhos a terceiros, por exemplo,
babás em tempo integral ou creches? A pesquisa não é clara nesse ponto,
afinal estudou órfãos, mas essa é uma questão que vale reflexão,
afinal, o estudo fala da importância de um ambiente familiar, amoroso,
ou como os cientistas o chamam, “tipicamente doméstico”, para um
desenvolvimento mental ideal.
Será que não é sempre melhor que os
pais ou parentes mais próximos cuidem das crianças, do que
“instituições” ou terceiros? O que você acha?
Fonte: http://hypescience.com/familia-amorosa-e-fundamental-para-desenvolv
...
http://facecatolico.net/profiles/blogs/fam-lia-amorosa-fundamental-para-desenvolvimento-do-c-rebro
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