PATERNIDADE, ADOÇÃO E RELAÇÕES HOMOAFETIVAS
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Recentemente tive a oportunidade de acompanhar um casal homossexual
cuidando de seus filhos. O carinho, a atenção e a disponibilidade uns
para com os outros eram constantes e notáveis.
As crianças, bem
educadas e tranquilas, dirigiam-se espontaneamente aos pais para
compartilhar e resolver seus problemas do dia-a-dia. Tudo bem, nada a
gerar transtornos de identidade e sexualidade, a não ser o fato de
serem, todos, alvos permanentes manifestações de preconceito, velado e
explícito.
O drama, para eles,
não é propriamente o que se passa entre eles, mas aquilo que chega de
fora do ambiente familiar. Por quê, entretanto, tanta discriminação?
Gostaria de lembrar aqui que a família é um sistema aberto, em
constante transformação, que pode adquirir diferentes configurações. De
um certo ponto de vista, uma família se realiza como família quando há
espontaneidade no amor, no respeito e no convívio.
Este é o lugar
onde as crianças podem se sentir à vontade para desenvolverem plenamente
os seus potenciais como seres humanos, tal como garantido no Direito.
Um ambiente afetivo saudável é a condição indispensável para uma
família. Este, inclusive, é o critério legal indispensável para que o
Estado autorize, ou não, adoções por parte de qualquer casal. É isso que
importa à criança.
É isso que é decisivo na formação de seu caráter. Amor, tolerância e respeito é o que não pode faltar.
Janisse Mahalem Lima
Franca São Paulo, Brazil
Psicóloga pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (USP/RB).
http://janissemahalem-psicologia.blogspot.com.br/2013/10/paternidade-adocao-e-relacoes.html
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