11/10/2013
Por: Alan Leites
Associação fornece apoio e informações para adoção e desenvolve projetos que buscam garantir dignidade e cidadania de crianças
O Quintal de Ana, como é conhecida a associação civil sem fins
lucrativos – que surgiu para fornecer apoio e informações a pessoas que
desejam adotar crianças e para as famílias que já iniciaram ou tenham
concluído o processo –, completa 12 anos. Segundo a instituição, existem
hoje 5,4 mil crianças disponíveis para adoção e 29 mil famílias na fila
para adotar em todo país.
Neste processo, que se inicia com
cadastro no Juizado da Infância e da Juventude, a condição financeira
não é impeditivo, pois o que está em prioridade é a criança e o
reconhecimento da proteção garantida, por uma ou mais pessoas,
constituindo assim uma unidade familiar. Para adotar é necessário ter
mais de 18 anos e ser 16 anos mais velho, que o adotado.
“Pessoas
solteiras também podem adotar, graças aos avanços da nossa constituição
que reconheceu como entidade familiar, núcleos formados por um adulto e
uma criança; e seguindo o mesmo fluxo, observamos avanços também do
Judiciário, através das decisões deferidas nas adoções para casais
homossexuais. Neste caso, a orientação é para as pessoas que vivam em
união homoafetiva, se habilitem em conjunto, pois facilita o trabalho do
orgão na apuração do potencial afetivo desta família em receber a
criança”, afirma Bárbara Toledo, idealizadora do Quintal de Ana e
segunda vice-presidente nacional dos Grupos de Apoio à Adoção no Brasil.
O grupo desenvolve, na cidade de Niterói, 12 projetos de atuação na
área da Infância e Juventude, buscando garantir a dignidade e cidadania
de crianças e adolescentes privados do convívio familiar e comunitário.
Um deles é o “Apadrinhamento Afetivo” que busca encontrar pessoas que
acompanhem afetivamente o crescimento e desenvolvimento de uma ou mais
crianças, contribuindo para autonomia social e promovendo a construção
de uma referência familiar para o menor.
Através do projeto “Escola
de Família”, o Quintal de Ana, desenvolve uma ação para reaproximar as
crianças que estão nos abrigos, ou na eminência de serem abrigadas, com
suas famílias biológicas, promovendo a oportunidade de reintegração, que
pela nova lei pode ocorrer em até dois anos.
Bárbara afirma que a
determinação deste prazo foi uma foi uma grande conquista do Movimento
Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção.
“Quando conseguimos a
promulgação da lei 12.010/2009 que alterou o Estatuto da Criança e do
Adolescente, para fixar um prazo de até dois anos para a criança ficar
abrigada, este período se tornou o tempo estipulado para que os juízes,
psicólogos, assistentes sociais batam o martelo e encaminhem a criança
para adoção, impedindo de que o abrigo, que deve ter o caráter
provisório, se torne permanente.”
A instituição disponibiliza ainda o
serviço de atendimento pessoal, também para casos específicos que se
apresentam principalmente, após o processo de adoção ter sido concluído,
quando os pais necessitam de ajuda para revelar ao filho que foi
adotado. Estas construções familiares, segundo Bárbara Toledo, apontam
para o surgimento de mudanças nos padrões da família brasileira.
“Estamos vivendo as novas realidades familiares no Brasil e no mundo,
pois temos a adoção muito mais inserida no contexto familiar do que
podemos imaginar, como no caso de casais de segunda união, que promovem a
convivência de filhos do primeiro casamento e que passam a ser
considerados irmãos vivendo harmonicamente”.
O Quintal de Ana presta
todos os serviços gratuitos na Avenida Roberto Silveira, 123, sala 4,
Icaraí, Niterói, e através da página da instituição na internet www.quintaldeana.com.br.
A idealizadora da Casa, Bárbara Toledo, informa que existem hoje mais
de 5,4 mil crianças disponíveis para adoção. Foto: Júlio Silva
http://www.ofluminense.com.br/
11/10/2013
Por: Alan Leites
Associação fornece apoio e informações para adoção e desenvolve projetos que buscam garantir dignidade e cidadania de crianças
O Quintal de Ana, como é conhecida a associação civil sem fins lucrativos – que surgiu para fornecer apoio e informações a pessoas que desejam adotar crianças e para as famílias que já iniciaram ou tenham concluído o processo –, completa 12 anos. Segundo a instituição, existem hoje 5,4 mil crianças disponíveis para adoção e 29 mil famílias na fila para adotar em todo país.
Neste processo, que se inicia com cadastro no Juizado da Infância e da Juventude, a condição financeira não é impeditivo, pois o que está em prioridade é a criança e o reconhecimento da proteção garantida, por uma ou mais pessoas, constituindo assim uma unidade familiar. Para adotar é necessário ter mais de 18 anos e ser 16 anos mais velho, que o adotado.
“Pessoas solteiras também podem adotar, graças aos avanços da nossa constituição que reconheceu como entidade familiar, núcleos formados por um adulto e uma criança; e seguindo o mesmo fluxo, observamos avanços também do Judiciário, através das decisões deferidas nas adoções para casais homossexuais. Neste caso, a orientação é para as pessoas que vivam em união homoafetiva, se habilitem em conjunto, pois facilita o trabalho do orgão na apuração do potencial afetivo desta família em receber a criança”, afirma Bárbara Toledo, idealizadora do Quintal de Ana e segunda vice-presidente nacional dos Grupos de Apoio à Adoção no Brasil.
O grupo desenvolve, na cidade de Niterói, 12 projetos de atuação na área da Infância e Juventude, buscando garantir a dignidade e cidadania de crianças e adolescentes privados do convívio familiar e comunitário. Um deles é o “Apadrinhamento Afetivo” que busca encontrar pessoas que acompanhem afetivamente o crescimento e desenvolvimento de uma ou mais crianças, contribuindo para autonomia social e promovendo a construção de uma referência familiar para o menor.
Através do projeto “Escola de Família”, o Quintal de Ana, desenvolve uma ação para reaproximar as crianças que estão nos abrigos, ou na eminência de serem abrigadas, com suas famílias biológicas, promovendo a oportunidade de reintegração, que pela nova lei pode ocorrer em até dois anos.
Bárbara afirma que a determinação deste prazo foi uma foi uma grande conquista do Movimento Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção.
“Quando conseguimos a promulgação da lei 12.010/2009 que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente, para fixar um prazo de até dois anos para a criança ficar abrigada, este período se tornou o tempo estipulado para que os juízes, psicólogos, assistentes sociais batam o martelo e encaminhem a criança para adoção, impedindo de que o abrigo, que deve ter o caráter provisório, se torne permanente.”
A instituição disponibiliza ainda o serviço de atendimento pessoal, também para casos específicos que se apresentam principalmente, após o processo de adoção ter sido concluído, quando os pais necessitam de ajuda para revelar ao filho que foi adotado. Estas construções familiares, segundo Bárbara Toledo, apontam para o surgimento de mudanças nos padrões da família brasileira.
“Estamos vivendo as novas realidades familiares no Brasil e no mundo, pois temos a adoção muito mais inserida no contexto familiar do que podemos imaginar, como no caso de casais de segunda união, que promovem a convivência de filhos do primeiro casamento e que passam a ser considerados irmãos vivendo harmonicamente”.
O Quintal de Ana presta todos os serviços gratuitos na Avenida Roberto Silveira, 123, sala 4, Icaraí, Niterói, e através da página da instituição na internet www.quintaldeana.com.br.
A idealizadora da Casa, Bárbara Toledo, informa que existem hoje mais de 5,4 mil crianças disponíveis para adoção. Foto: Júlio Silva
http://www.ofluminense.com.br/
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