Sexta-feira, nove de agosto de 2013.
Por: Haroldo Pereira Jr
Reportagem: Stephane Sena e Suzanne Dias
As experiências difíceis e o amor tão celebrado de três casais gays que adotarem filhos.
Paizão e Paidú: é assim que o menino Manoel Eduardo Inidg Sampaio, 6
anos, se dirige carinhosamente a seus pais, o badalado banqueteiro
Marcelo Sampaio, 45 anos, e o dentista Eduardo Indig, 50 anos. “Sempre
tivemos o desejo de paternidade. O Eduardo achava que não cabia em
nossas vidas, pois tenho um cotidiano atribulado. Quando conhecemos o
Manoel em um abrigo tivemos o amor imediato. Era ele, e ponto final.
Lutamos até os últimos limites e assim continuaríamos se preciso fosse”,
lembra Marcelo. Foi um processo dos mais complicados, segundo Eduardo.
“A promotoria disse em nosso processo que éramos imaturos aos 40 anos
para a paternidade. O Promotor tinha 28 anos. Já o Juiz, proibiu-nos de
ver o Manoel no abrigo pedindo a quebra de afetividade. Fomos ao
Tribunal de Justiça e também perdemos. "“ A cinco dias do Natal, o
desembargador relator disse que não sabia julgar.”.
Durante sua
viagem de meditação na Índia iria refletir e daria um veredicto após
três meses. Ele teve uma infecção por lá mesmo”, ri Eduardo. O corpo
julgador foi trocado e o casal teve o consentimento da adoção. “Que
vença o amor. Apenas ele nos conduz para a verdade, foi o que disse o
novo desembargador responsável, o maior anjo de nossas vidas”, diz o
dentista. Hoje, o dia a dia da família corre com a felicidade que
sonhava. Manoel nunca sofreu bulyng e Marcelo e Eduardo fazem a vida
íntima e social acontecer sem diferença nenhuma, passando por cima de
qualquer preconceito.
O casal divide alguns aspectos da criação do
filho. “Sou uma pessoa bastante prática graças ao meu trabalho. Eu falo
muito de atitudes e posturas. Falo de sexualidade com ele desde já, pois
é um garoto muito interessado e acho importante para ele entender nossa
situação. O Eduardo é mais paciente e possui um instinto mais
acolhedor”, revela Marcelo. O casal tem planos de adotar mais uma
criança e não tem interesse no método de fertilização. “Não queremos um
possível terceiro em nossa relação”. Muitas crianças precisam de um lar.
Porque não dar espaço a elas, declara o banqueteiro.
Revista Paulistana distribuída gratuitamente nas estações de metrô em São Paulo
EDIÇÃO COMPLETA EM:
http://issuu.com/freesaopaulo/ docs/ed.89#
Sexta-feira, nove de agosto de 2013.
Por: Haroldo Pereira Jr
Reportagem: Stephane Sena e Suzanne Dias
As experiências difíceis e o amor tão celebrado de três casais gays que adotarem filhos.
Paizão e Paidú: é assim que o menino Manoel Eduardo Inidg Sampaio, 6 anos, se dirige carinhosamente a seus pais, o badalado banqueteiro Marcelo Sampaio, 45 anos, e o dentista Eduardo Indig, 50 anos. “Sempre tivemos o desejo de paternidade. O Eduardo achava que não cabia em nossas vidas, pois tenho um cotidiano atribulado. Quando conhecemos o Manoel em um abrigo tivemos o amor imediato. Era ele, e ponto final. Lutamos até os últimos limites e assim continuaríamos se preciso fosse”, lembra Marcelo. Foi um processo dos mais complicados, segundo Eduardo. “A promotoria disse em nosso processo que éramos imaturos aos 40 anos para a paternidade. O Promotor tinha 28 anos. Já o Juiz, proibiu-nos de ver o Manoel no abrigo pedindo a quebra de afetividade. Fomos ao Tribunal de Justiça e também perdemos. "“ A cinco dias do Natal, o desembargador relator disse que não sabia julgar.”.
Durante sua viagem de meditação na Índia iria refletir e daria um veredicto após três meses. Ele teve uma infecção por lá mesmo”, ri Eduardo. O corpo julgador foi trocado e o casal teve o consentimento da adoção. “Que vença o amor. Apenas ele nos conduz para a verdade, foi o que disse o novo desembargador responsável, o maior anjo de nossas vidas”, diz o dentista. Hoje, o dia a dia da família corre com a felicidade que sonhava. Manoel nunca sofreu bulyng e Marcelo e Eduardo fazem a vida íntima e social acontecer sem diferença nenhuma, passando por cima de qualquer preconceito.
O casal divide alguns aspectos da criação do filho. “Sou uma pessoa bastante prática graças ao meu trabalho. Eu falo muito de atitudes e posturas. Falo de sexualidade com ele desde já, pois é um garoto muito interessado e acho importante para ele entender nossa situação. O Eduardo é mais paciente e possui um instinto mais acolhedor”, revela Marcelo. O casal tem planos de adotar mais uma criança e não tem interesse no método de fertilização. “Não queremos um possível terceiro em nossa relação”. Muitas crianças precisam de um lar. Porque não dar espaço a elas, declara o banqueteiro.
Revista Paulistana distribuída gratuitamente nas estações de metrô em São Paulo
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