domingo, 12 de janeiro de 2014

A VIDA DE LIA É UMA CIRANDA


11.01.2014
Mateus Araújo
Especial para o Jornal do Commercio/Social1

Essa ciranda quem me deu foi Lia (Fotos: Felipe Ribeiro/JC Imagem)
Para Lia de Itamaracá, cirandar é verbo que se conjuga em coletivo; o mar e a areia são as pontes que lhe unem ao sagrado e a viagens antes nunca imaginadas. Alta, negra e elegante, a mulher que sempre sonhou em cantar (“O povo perguntava por que eu não quis cantar música de Nelson Gonçalves e Ângela Maria. Mas eu nasci pra ciranda. Cada qual com o seu qual”, lembra) se transformou em uma figura lendária na cultura brasileira. Neste domingo (12), com os pés na areia, vestido brilhoso, brincos e colares, e ostentando com orgulho o título de Rainha da Ciranda, Maria Madalena Correia do Nascimento (“Lia vem de Maria. Foi o apelido que me deram quando eu era menina.”) celebra seus 70 anos de vida, carregando consigo o que considera os maiores presentes: vitórias e amizades. A festa, no domingo, é na beira-mar da Praia de Jaguaribe, em Itamaracá, a partir das 20h.
Lia nasceu e cresceu em Itamaracá. Foi criada por uma família adotiva, e logo na infância se apaixonou pelos folguedos populares. Adorava assistir aos pastoris e reisados, quando decidiu, aos 12 anos, fugir à regra e ser a primeira – e única – artista da casa. Nos anos 1960, período de efervescência do Movimento de Cultura Popular, Lia viu o auge da ciranda e virou um dos nomes recorrentes do ritmo praieiro. Em 1978, a cirandeira gravou seu primeiro LP, Rainha da Ciranda, entrando no ostracismo logo depois e ficando mais de 20 anos como merendeira numa escola pública da ilha.

REPORTAGEM COMPLETA EM:
http://blogs.ne10.uol.com.br/social1/2014/01/11/a-vida-de-lia/?mobile_device&t=1389478937

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