terça-feira, 28 de janeiro de 2014

QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?


Domingo, 26 de janeiro de 2014

Paulo Henrique era um menino inteligente e alegre. Filho único, recebia todas as atenções e carinhos de seus pais. Mas, vivia pedindo um irmãozinho. Dona Tereza, percebendo que Paulo Henrique sentia falta de outras crianças, resolveu fazer-lhe uma surpresa.
– Filhinho, você esta sempre pedindo um irmãozinho, pois fique sabendo que vai ter muitos.
– Como?
– Acabei de fazer sua matrícula no Jardim da Infância.
– E é lá que vou buscar um irmão?
– Na escola existem muitas crianças e você poderá brincar com elas. Todos eles podem ser seus irmãos. Amanhã você verá.
O menino não compreendeu muito bem, mas ficou esperando, ansioso, a hora de ir para a escola. Lá tudo era novidade, bonito e agradável, e tia Bete, a professora, era um amor. Paulo Henrique gostou logo dela. Quando dona Tereza foi buscar o filho, percebeu que ele não gostara de alguma coisa. Perguntou.
– O que aconteceu? Você não gostou da escola?
– Da escola eu gostei, mas a tia Bete, que parecia tão minha amiga, também é amiga de Luizinho.
– Mas, quem é Luizinho?
– É o menino que senta perto de mim. Eu não gostei muito dele e, também usa calças remendadas. Não quero voltar mais para a escola.
– Meu filho, você já conhece bem o Luizinho? Você não gosta dele só pela roupa que ele usa? Já brincaram juntos, para saber se ele é bom ou não? Tia Bete como boa professora deve amar a todos os seus alunos.E no dia seguinte foi a escola normalmente.
Dona Tereza, de vez em quando, perguntava como ia a escola, e o menino respondia:
– Tudo bem.
Um dia, na saída da escola, Paulo foi ao encontro da mãe, dizendo: Mamãe, este é o Luizinho. E ele me convidou para ir brincar na casa dele. Você deixa?
– Deixo sim. Vamos combinar o dia e eu levo você.
Parecia que tudo ia muito bem, mas Paulo Henrique continuava a pedir um irmãozinho. Mamãe explicou:
– Filho, Jesus já me deu você. E eu estou muito feliz. Na escola você tem muitos amigos. São como seus irmãos.
– Mas eu queria um neném aqui. Diante da insistência do menino, Dona Tereza prometeu dar um jeito. Alguns dias depois, o pai chamou o menino e disse:
– Você pediu tanto que conseguiu. Vamos adotar um bebê. Paulo ficou muito contente com a noticia.
No dia marcado, a mamãe chegou com um neném enroladinho em cobertores. Paulo estava ansioso. Sabia que era um menino, mas como seria? Dona Tereza chegou pertinho e abriu o cobertor.
O sorriso de Paulo sumiu. Ficou parado, olhando o neném, o pai e a mamãe. De repente, abraçou o bebezinho.
– Agora tenho um irmão, que bom!
Naquele mesmo dia, quando Paulo voltou da escola, trouxe com ele alguém para conhecer seu irmãozinho.
– Luizinho, ele não é lindo?
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