sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

CRESCE O NÚMERO DE INTERESSADOS EM ADOTAR


Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2013

Dados do Cadastro Nacional de Adoção, CNA, mostram que aumentou o número de interessados que não se importam com a cor da pele ou com a idade da criança. Há cerca de quinze anos, as restrições eram muitas e as preferências, claras: a maioria dos casais queria adotar menina, branca e ainda bebê. Mas pesquisas feitas pelo Cadastro Nacional de Adoção mostram que o perfil procurado está mudando e para muito melhor.
O número de pessoas que não se importam com a cor da pele da criança que querem adotar está crescendo. Eram 31% em dezembro de 2010, agora já são quase 40%. Também caiu o número daqueles que preferem bebês com menos de 1 ano, eles são 16% do total.
Aline e Guilherme adotaram Leandro aos 6 anos de idade. Ele já está com os pais há um ano e dois meses. “Nos não imaginamos mais nosso mundo sem ele” diz a mãe.
Os bons exemplos que aparecem na mídia e o trabalho de orientação feito por organizações não governamentais e pela Justiça estão ajudando a ajustar o sonho dos futuros pais à realidade das crianças que esperam nos abrigos. A maioria é negra ou parda, não é bebê e pode ter irmãos dos quais não se separam. “São as crianças que existem e que precisam de família” ressaltam os juízes de infância e juventude.
A psicóloga Fabiana Bittencourt que trabalha com grupos de apoio a adoção diz que as famílias coloridas são cada vez mais comuns e fazem parte da nossa história é isso que deve ser valorizado na educação da criança “Aqueles que são pais de uma criança de cor diferente da família precisam ajuda-la a reconhecer positivamente sua diferença. Essa diversidade não pode ser vivida como um elemento discriminatório e sim como um estímulo a valorizar as sua origens culturais. Pais e filhos adotivos devem assimilar suas diferenças para construir uma base sólida em seus relacionamentos e poderem juntos enfrentar uma sociedade que mascara o seu preconceito” afirma a psicóloga Fabiana Bittencourt, que trabalha com grupos de apoio a adoção.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça, existem hoje, em todo o Brasil, mais de cinco mil crianças e adolescentes esperando por uma adoção, dessa lista muitas que podem ser adotadas tem doenças congênitas de difícil tratamento. Outras 37.240 que vivem em abrigos ainda não estão com situação jurídica definida.
Os pretendentes devem comparecer ao Cartório do Juizado da Infância e da Juventude com a documentação exigida, onde serão encaminhados ao setor técnico para estudos sociais e psicológicos. É necessário um parecer do Ministério Público e decisão do Juiz.
Deferido a habilitação será expedida a Certidão de Habilitação à adoção.
Os habilitados serão registrados em cadastro e aguardarão a indicação de criança e ou adolescente.
http://www.oestadoce.com.br/noticia/cresce-o-numero-de-interessados-em-adotar

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