01/02/2014
Do G1 Triângulo Mineiro
Organização 'Pontes do Amor' oferece atendimento jurídico e terapêutico. Além disso, realizam trabalho específico de apoio à adoção tardia.
A ONG de Uberlândia “Pontes de Amor” vem ajudando a mudar a vida de crianças e adolescentes que estão à espera de adoção. Além de oferecer atendimento jurídico e terapêutico, eles fazem um trabalho específico de apoio à adoção tardia.
A organização nasceu da dificuldade enfrentada pelo fundador, Rodrigo Pereira, em um processo de adoção. Era complicado conseguir informações e tirar dúvidas. “Nós entendemos que toda criança merece viver em família”, afirmou Rodrigo.
No começo do ano passado, cerca de 200 crianças e adolescentes estavam em abrigos na cidade. No último levantamento, realizado em setembro, o número caiu para menos de 50.
Para o promotor da Vara de Infância e Juventude, Epaminondas Costa, dois fatores explicam essa queda: a mudança do estatuto em 2009, que definiu dois anos como prazo para definir a situação do menor e encaminhar ou não para adoção e o trabalho de divulgação, orientação e principalmente o que é feito pela ONG 'Pontes de Amor'. “Esclarecer, para a opinião pública e as pessoas em geral, que não apenas a adoção de crianças recém-nascidas pode ser bem sucedida, como também a adoção de crianças e adolescentes”, explicou.
Em janeiro, Leandro Oliveira e Virgína Souza se cadastraram no programa. Oito meses depois, o casal conheceu e se apaixonou por dois irmãos, um de 4 e outro de 3 anos. O prazo surpreendeu o casal. Mas a explicação é de que eles não tinham exigências. “Se eu engravidasse e fosse ter os meus filhos, biologicamente, eu não poderia escolher o sexo. Eu teria que aceitar o meu filho como ele viesse. Então, porque que para a adoção eu ia me encher de preconceitos, predefinições e ia ter tantas exigências se o que eu queria era ser mãe?”, disse a gestora em finanças Vírgina.
Esse comportamento dos dois é raro e as exigências são um entrave para as adoções. O casal continua participando de reuniões da ONG para aprender a lidar com os desafios da paternidade. Eles só não precisam de ajuda para aproveitar o carinho que recebem dos filhos. “Eu não trocaria nada no mundo pelo o que a gente tem hoje. Alegria, amor, atenção. Você vê os dois hoje com dois meses te chamarem de pai, de papai. É uma alegria tremenda, inexplicável”, afirmou Leandro.
Número de crianças e adolescentes em abrigos na cidade caiu (Foto: Reprodução/TV Integração)
http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2014/02/ong-de-uberlandia-ajuda-mudar-vida-de-criancas-espera-de-adocao.html
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