quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Transição De volta à família biológica


Audiência hoje define como criança deixará pais adotivos para retornar à casa de parentes


Após viver por dois anos e meio em outro lar, M.E. vai voltar à casa dos pais sanguíneos; decisão é
Após viver por dois anos e meio em outro lar, M.E. vai voltar à casa dos pais sanguíneos; decisão é do Tribunal de Justiça de MG
PUBLICADO EM 17/10/13 - 03h00

A Justiça vai decidir hoje como será conduzida a volta à casa dos pais biológicos da garota M.E, 4, após os dois anos e meio que ela passou com outra família, que chegou a iniciar o processo de adoção da menina. O caso ganhou repercussão nas redes sociais após os pais adotivos iniciarem uma campanha contra a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que determinou o retorno da criança à família biológica.

Decisões como essas não são novidade no Estado, e há jurisprudência no TJMG dando ganho de causa tanto para os pais adotivos quanto para os biológicos. O próprio irmão de M.E, hoje com 7 anos, passou pelo mesmo processo e voltou para casa há dez meses.
O Conselho Tutelar retirou M.E dos pais quando ela tinha 2 meses, juntamente com os outros seis irmãos. A mãe sofria com depressão e não conseguia cuidar das crianças. Após passar um ano e oito meses em um abrigo, a menina foi encaminhada à família provisória, que iniciou o processo de adoção e conseguiu a guarda definitiva de M.E em primeira instância. A família biológica, entretanto, recorreu e conseguiu reverter a situação.
A advogada Cinthya Marta de Andrade Rodrigues, que representa os pais biológicos de M. E., afirma que a família adotiva sempre soube que a guarda era provisória, mas mesmo assim insistiu no processo de adoção. “Quem provocou todo esse sofrimento foram eles. Meus clientes sempre quiseram manter o contato com a filha, o que era negado. Por isso, nesse tempo, todo não houve o convívio”.
Outro lado. Entretanto, a mãe adotiva da criança disse que nunca foi procurada pela família biológica nesses dois anos e meio de convivência com M.E. “Fizemos tudo dentro da lei. Minha filha pediu uma irmã, e esperamos na fila por cinco anos”.
A mulher reclama ainda que enfrenta outro problema: como contar para a criança que ela não poderá mais viver com os pais adotivos. “Ela ainda não sabe, e está fazendo terapia há dois meses”, comenta, abalada.

http://www.otempo.com.br/cidades/de-volta-%C3%A0-fam%C3%ADlia-biol%C3%B3gica-1.730862 

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