Menina de 4 anos foi adotada por um casal e, após dois anos e meio de convivência com a família adotiva, o TJMG devolveu a guarda à família biológica
PUBLICADO EM 17/10/13 - 21h12
A Justiça determinou que a menina M.E., de 4 anos, deve voltar ao
convívio dos pais biológicos nos próximos quatro meses. Durante o
processo, a criança ficará sob a guarda dos pais adotivos. A decisão foi
tomada durante audiência na tarde desta quinta-feira (17), na Vara de
Infância e Juventude de Contagem, na região metropolitana de Belo
Horizonte. M.E. teve a guarda devolvida aos pais biológicos após dois
anos e meio de convivência com a família adotiva.Ao fim desse período, a criança passaria a viver com os pais biológicos, segundo a advogada Cinthya Marta de Andrade Rodrigues, que representa a família biológica de M.E..
A mãe adotiva da menina, Liamar Dias de Almeida, deixou o local chorando muito e foi amparada pelo marido. "Nós não vamos desistir, nada no mundo vai tirar minha filha de mim", afirmou. Segundo ela, a família adotiva vai recorrer da decisão até quando for possível.
Esta foi a primeira vez que as duas famílias ficam frente a frente. A advogada da família adotiva, Mariana Tonussi, informou que irá entrar com um recurso na Justiça pedindo a permanência da criança com os pais adotivos, até que o processo se resolva. Os advogados da família adotiva também apuram o motivo da exigência de que a criança volte ao lar biológico, após dois anos e meio de convivência com a família que a adotou.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais após os pais adotivos iniciarem uma campanha contra a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que havia determinado o retorno da criança à família biológica.
O Conselho Tutelar retirou M.E dos pais quando ela tinha 2 meses, juntamente com os outros seis irmãos. A mãe sofria com depressão e não conseguia cuidar das crianças e pai enfrentava problemas de alcoolismo. Após passar um ano e oito meses em um abrigo, a menina foi encaminhada à família provisória, que iniciou o processo de adoção e conseguiu a guarda definitiva de M.E em primeira instância. A família biológica, entretanto, recorreu e conseguiu reverter a situação.
Atualizada às 21h09
http://www.otempo.com.br/cidades/justi%C3%A7a-decide-que-crian%C3%A7a-adotada-voltar%C3%A1-para-a-fam%C3%ADlia-biol%C3%B3gica-em-4-meses-1.731446
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