1 de abril de 2014
Recentemente o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) aprovou a inclusão dos pretendentes domiciliados no exterior (brasileiros ou estrangeiros, devidamente habilitados nos tribunais estaduais) no CNA (Cadastro Nacional de Adoção). A diretora do Lar de Crianças Santa Rita acredita que a decisão do CNJ irá contribuir para o aumento do número de adoções de crianças cujo perfil não se adequa ao dos pretendentes residentes no país.
Monica Medeiros ressalta que é a favor da adoção internacional, desde que já tenham se esgotado todas as possibilidades de retorno da criança a sua família de origem ou aos demais familiares, e também após consulta no cadastro nacional de Adoção não encontrarem famílias interessadas no perfil desta criança e finalizar-se o tempo máximo de permanência de uma criança em entidade de acolhimento (dois anos), determinado por lei.
Dados recentes do CNA revelam a existência de aproximadamente 5,4 mil crianças ou adolescentes cadastrados aguardando a oportunidade de serem adotados. Em contrapartida, há 30 mil pretendentes no Brasil, que, muitas vezes, não têm interesse em adotar as crianças disponíveis, seja por conta de idade, número de irmãos ou outras razões.
O Lar Santa Rita já fez a adoção de crianças que posteriormente foram morar no exterior, o resultado foi positivo. “Tivemos um caso que deu certo que foi de duas irmãs que foram para a França, o casal interessado em adotar veio para Dourados, ficaram hospedados num hotel por trinta dias convivendo com a criança e após esta experiência positiva continuaram com o processo levando as irmãs. Depois desta etapa eles continuaram por 03 anos enviando informações, fotos, e também relatório da equipe técnica que os acompanhavam pessoalmente”, relembra Monica.
As crianças atualmente acolhidas pelo Lar Santa Rita possuem processo na vara da infância, mas nem todas estão disponíveis para a adoção, pois a maioria possui familiares, e primeiramente tem que se esgotar as possibilidades de retorno a família e o prazo de permanência, para serem encaminhadas a lista de adoção. “Hoje temos duas crianças acima de 7 anos para serem adotadas”, informa a diretora.
Monica faz uma alerta para importância da adoção, seja ela feita por brasileiros ou estrangeiros. “Por mais que façamos um atendimento digno, com toda equipe e estrutura necessária ao acolhimento da criança, mesmo em sistema de casa, um ambiente familiar, com carinho, afeto, educação, atenção, jamais iremos suprir a falta do lar, dos pais, da família no todo, os quais irão construir juntos uma história que no futuro poderão se recordar, com momentos felizes, tristes, de superação, enfim, de toda uma história construída”, salientou.
http://www.agorams.com.br/jornal/2014/04/lar-santa-rita-comemora-nova-decisao-do-conselho-nacional-de-justica/
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