CASA SÃO FRANCISCO FAZ EVENTO BENEFICENTE
17.10.2012
A entidade realiza atividade para arrecadar fundos para construir área de lazer para as crianças
Sobral A Casa São Francisco realizará, no próximo sábado, o evento beneficente "Sua Mão é Abrigo", com objetivo de arrecadar fundos para a construção de uma área de lazer e manutenção da casa onde funciona a entidade. O evento inicia às 19hs, na AABB de Sobral, e a entrada pode ser adquirida na Casa São Francisco, Comunidade Católica Shalom, Universo da Música e Gráfica Rapidex.
Na ocasião, haverá apresentações culturais como a presença do Quarteto de Cordas e show da cantora Ana Gabriela, da Comunidade Católica Shalom de Fortaleza, além de brincadeiras e a presença do palhaço DJ Emanuel para as crianças. Segundo a coordenadora da Casa, Maria Auxiliadora Barreiros, mais conhecida como Dora, o público alvo é toda a população local com destaque para a programação infantil. "Vai ter cama elástica, pula-pula, contadores de história, palhaço e um kit de buffet especial para as crianças. Lembrando que quem tem até dez anos não paga", apontou.
Hoje com 16 crianças, sendo a maioria delas de municípios e distritos vizinhos, a casa de acolhimento funciona há mais de 17 anos na cidade, sendo a única a receber a faixa etária de zero a 6 anos de idade na região.
Dora conta que a necessidade mais urgente é uma área de convivência adequada para exercícios tipicamente infantis. "Um local onde elas possam correr, andar de bicicleta, brincar. A casa conta apenas com uma área normal, inadequada para isso". Outra necessidade apontada pela coordenadora é a alimentação. O berçário, hoje com sete crianças, consome em média uma lata de leite Nan por dia, e as demais crianças e funcionários residentes consomem pouca carne bovina. "A maioria das nossas doações é de frango, o que faz com que pouco ou nenhuma carne seja consumida", diz a coordenadora.
Conforme ela, para funcionar, a Casa necessitaria de, em média, de R$16 a R$19 mil, sendo que a maioria das necessidades, como roupas, brinquedos e alimentação, provem de doações, além de atendimentos que não entram nas contas regulares, como consultas médicas. "Possuímos uma parceria com alguns consultórios particulares da cidade, onde as crianças são atendidas gratuitamente", diz.
Para adotar as crianças, até casais de outros Estados se candidatam. Dora conta que há uma família de Niterói, no Rio de Janeiro, que já possui dois filhos, um de 17 e outro de oito anos, que desejam desde o namoro adotar uma criança. "É incrível a quantidade de pessoas nessa situação, de quererem adotar por vocação. Esse casal inclusive vai adotar irmãos, para que não sejam separados".
Segundo a diretora de Secretaria da 2ª Vara Cível, Valnete Lopes Ferreira Dias, hoje a vara é privativa dos processos de infância e juventude e conta com 43 processos de adoção em diversas etapas. "Esses processos não são apenas os que envolvem as crianças na Casa São Francisco, como também as que foram entregues diretamente para os pais", explica.
Ela diz que as crianças que são entregues para o acolhimento normalmente são localizadas a partir de denúncias de maus-tratos, sendo poucas entregues voluntariamente pelos pais. "Quando uma pessoa percebe a situação de risco, ela aciona os dois principais órgãos da região que são o Conselho Tutelar ou o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), que realizam o estudo do caso e entregam o devido pedido para a Promotoria".
Para realizar a adoção, a diretora explica que hoje já funciona em Sobral o Cadastro Nacional Único, onde cada criança é registrada e que os processos possuem um andamento um pouco mais lento. "Isso devido ao órgão judiciário não possuir uma equipe privativa para as visitas domiciliares e estudo de casos, sendo essa parte encaminhada à Prefeitura, que atende também outras varas, criando uma grande demanda. Dentro da Secretaria, esses processos são prioritários, sendo o juiz responsável Henrique Lacerda de Vasconcelos, juiz titular da Vara", finaliza.
Segundo a psicóloga da Alta Complexidade do Creas, Lisa Naira Rodrigues de Sousa, após a denúncia recebida, uma equipe do Conselho Tutelar avalia a situação e passa para o Creas, onde é decidido entrar ou não com o pedido de acolhimento. "Meu papel nisso é fortalecer o laços entre a família e a criança, pois a prioridade é que ela retorne ao lar", aponta.
MAIS INFORMAÇÕES:
R. Radialista Fco. Aristeu Barbosa, 577, Domingos Olímpio, Sobral
(88) 3611. 5403/9968.3277/ 9916. 7466/abrigosaofrancisco@comshalom.org
Hoje com 16 crianças, sendo a maioria delas de municípios e distritos vizinhos, a casa de acolhimento funciona há mais de 17 anos na cidade de Sobral, sendo a única a receber crianças de zero a seis anos de idade na região FOTO: JÉSSYCA RODRIGUES
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1193236
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