21/08/2014
Por Laís Brandes
Entidade realiza palestras mensais voltadas aos pretendentes à adoção e pais adotivos
Divulgar a adoção legal, esclarecer dúvidas dos pretendentes e possibilitar a troca de experiências e debates sobre a adoção. Este é o principal objetivo do Grupo de Estudo e Apoio à Adoção de Blumenau (Geaab).
A entidade atua desde 1999 com a realização de reuniões abertas à comunidade, voltadas para pretendentes à adoção e pais adotivos. Angelina Pfau Mandel, presidente do Geaab, explica que o grupo procura trazer palestrantes como psicólogos e outros especialistas para debater sobre os desafios que famílias enfrentam em adotar uma criança ou adolescente:
“Normalmente, a dificuldade enfrentada por casais que adotam crianças é a mesma de casais com filhos biológicos. Questões como saber impor limites, ter um diálogo aberto com a criança e, neste caso, saber tratar a adoção de forma natural”.
Os trabalhos são realizados no Fórum com apoio da Vara da Infância de Blumenau, durante o programa de preparação psicossocial e jurídica para candidatos à adoção, previsto na Lei Nacional de Adoção.
Além de profissionais, também há debates com casais que já adotaram crianças, que contam suas histórias e experiências vividas com a adoção. Angelina ressalta que todos os pretendentes à adoção são estimulados a participar para adquirirem conhecimento e experiência em relação ao processo. Atualmente, as reuniões têm adesão média de 50 a 60 pessoas.
A entidade conta hoje com cerca de 12 colaboradores, todos voluntários. Um dos focos do grupo é o incentivo pela adoção legal, que oferece menos risco aos pretendentes:
“Já houve casos de casais que estavam na fila de espera receberem promessas de mães que queriam dar seus filhos à adoção, dizendo que entregariam seus bebês para esses casais cuidarem. Assim, colocariam fim à longa espera de ter uma criança. Mas nós desestimulamos esse tipo de atitude porque, com a adoção legal, por exemplo, não há nenhum risco de a mãe biológica querer o filho de volta”.
O grupo ainda tenta conscientizar mães que pensam em entregar seus filhos de que dar para adoção não é um crime:
"Tentamos sempre esclarecer que abandonar um bebê em lixeiras ou banheiros públicos, como geralmente acontece, é crime. Mas dar para adoção não é. Então buscamos essa conscientização de que, se não há como ficar com a criança, que ela seja entregue para adoção".
Angelina ainda observa que, na cidade, apesar da grande maioria dos pretendentes ainda optar por bebês com até três anos de idade, o número de adoções de crianças com mais de sete anos vem crescendo consideravelmente:
“O comportamento dos pretendentes está mudando e as crianças acima de sete anos, que são a maioria aptas à adoção, estão conseguindo sair dos abrigos. Neste caso, a espera é menor. Quem opta por adotar bebês chega a ficar sete ou oito anos na fila de espera”, afirma.
Na cidade, a fila de espera para adoção soma 282 inscritos entre casais e pessoas solteiras. Até começo de agosto, foram adotadas nove crianças. Em 2013, foram 15 adoções. Saiba mais AQUI.
Alguns dos conselhos passados aos pais e pretendentes à adoção são tratar a adoção de forma natural, falar a verdade para as crianças e não denegrir a imagem da família biológica:
“As dúvidas, mais cedo ou mais tarde, vão aparecer para as crianças e elas vão perguntar. Então, orientamos para que os pais sempre tenham um diálogo aberto com elas e tentem preservar a imagem da mãe biológica que, muitas vezes, tem como último recurso entregar a criança à adoção”.
Apesar das reuniões serem voltadas aos pais e pretendentes à adoção, qualquer pessoa pode participar das reuniões mensais promovidas pelo Geeab.
É possível saber mais sobre a entidade e se inteirar da agenda de reuniões seguindo o grupo no Facebook ou enviando um e-mail para geaab.blu@hotmail.com.
http://www.jornaldeblumenau.com.br/?modulo=noticias&caderno=entidades¬icia=06549-auxiliar-nas-duvidas-sobre-adocao-e-o-trabalho-do-geaab
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