sábado, 6 de abril de 2013

ADOÇÃO DÁ LAR A MAIS CRIANÇAS



05/04/2013

Uma boa notícia para crianças que esperam por um lar e para pais que buscam um filho adotivo.
O ano de 2012 encerrou com recorde de crianças encaminhadas a famílias substitutas na comarca de Araranguá. Ao todo foram dez crianças encaminhadas a um novo lar e que aguardam pelo encerramento do processo de destituição da antiga família para oficialmente pertenceram aos pais adotivos.
Segundo a assistente social do fórum Jaira Espíndola, o bom entrosamento entre a Justiça, o Ministério Público e o Conselho Tutelar tem colaborado para a agilização da burocracia que por anos foi considerada um grande entrave no caminho da adoção.
O número de pessoas interessadas em adotar crianças em Araranguá também supera o volume de menores que esperam um novo lar. Atualmente, constam no Cadastro Nacional de Adoção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) cinco crianças que aguardam serem encaminhadas às famílias determinadas pela justiça. Já a lista de interessados inscritos no cadastro é composta por mais de 30 pessoas. Segundo Jaira, ainda há crianças na lista de espera em virtude das dificuldades criadas pelos próprios interessados, impondo características físicas à escolha.
A assistente social explica que as barreiras são geradas pelas pessoas que escolhem o sexo, cor e idade da criança que desejam adotar. "Muitas vezes a preferência das pessoas não necessariamente aponta para as crianças que estão na fila de adoção. Assim, as dificuldades enfrentadas são causadas pelas exigências dos interessados", ressalta.
De acordo com ela, meninas brancas e com idade entre zero e dois são as preferidas pelos cadastrados para adoção. Mesmo com essa barreira, nos últimos 12 meses o volume de tramitação dos processos de adoção cresceu mais da metade e o número de crianças encaminhadas para um novo lar superou os últimos dez anos.
O curso dado aos pretendentes instituído em 2010 também é apontado por Jaira como um dos fatores positivos para a aceleração que o processo de adoção ganhou nos últimos dois anos. De janeiro a março de 2013, três crianças já foram encaminhadas para novas famílias. Em média o processo de adoção demora cerca de seis meses para ser concluído. "Mas esse tempo é muito relativo, porque depende de alguns fatores como por exemplo a adaptação da criança após a etapa de convivência com a nova família. Então demora de três a seis meses", esclarece Jaira.
A assistente social revela ainda que apesar da mudança de perfil dos candidatos a adoção, o número de crianças maiores de cinco anos que buscam uma família é grande.
No cadastro nacional de adoção, na comarca de Araranguá, existe uma criança com idade entre seis e dez anos de idade cadastrada e em busca de um lar, já de 11 a 15 anos são três e acima de 15 anos um adolescente espera por novos pais.
As pessoas interessadas em adotar uma criança devem se habilitar junto à Vara da Infância e Juventude de sua comarca e entrar com uma ação própria para habilitação de adoção.
Em seguida, é feita uma análise psicossocial e se a sentença for favorável acontece a inclusão no cadastro de interessados. Da mesma forma que existe um cadastro das crianças que estão prontas para serem adotadas, há outro para pessoas que querem adotá-las.
Para efetuar o deferimento da solicitação da adoção, a justiça cumpre avaliação de uma série de critérios essenciais, que estão previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). "Os candidatos devem ser maiores de 18 anos, terem realmente condições emocionais para adotar e uma série de exigências constantes no ECA. Atendendo os requisitos essas pessoas estão aptas a adotar uma criança", enfatiza a assistente social.
Se por um lado à notícia do aumento do número de crianças que foram adotadas é comemorado, a informação de que elas foram retiradas dos pais por conta do envolvimento deles com o mundo da droga e do crime preocupa. "A negligência familiar tem resultado em maus tratos e abandono.
São muitas crianças e adolescentes que se tornam vítimas de pais biológicos que usam ou vendem drogas. São órfãos de pais vivos," lamenta Jaira.
Fonte: Correio do Sul
http://www.grupocorreiodosul.com.br/jornal/noticias/principal/ado-od-laramaiscrian-as/

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