SITE ‘DIREITO DAS CRIANÇAS’ ESTÁ ENTRE OS PROJETOS CADASTRADOS NO PORTAL DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
Sex, 12 de Abril de 2013
Daniele Dumas
A inciativa pioneira é de Cascavel, o magistrado Sérgio Luiz Kreuz
preocupado em divulgar informações e colocar de maneira clara e objetiva
dados sobre adoção e demais ‘Direitos’ das crianças e dos adolescentes,
criou um portal na internet que está ‘no ar’ desde o ano passado
(2.012).
Nesta sexta-feira (12), o site ‘Direito das Crianças’ passa
a integrar também o portal de ‘Responsabilidade Social da Amapar’, que
foi institucionalizado com o objetivo de apresentar as ‘boas práticas’
realizadas pelos juízes paranaenses. O projeto do juiz Sérgio Kreuz pode
ser acessado no endereço eletrônico http://www.amapar.com.br/responsabilidadesocial/
, ao final da página bastando clicar no banner respectivo.
De acordo com Kreuz a ideia do portal surgiu com a necessidade de
divulgar informações, principalmente em relação ao processo de
habilitação para adoção, bem como orientar a população sobre os serviços
oferecidos pelo município. “Achamos que era uma ferramenta útil para
atingir essa finalidade”, explicou o magistrado.
O site ‘Direito das
Crianças’ traz ainda legislação e jurisprudência atualizadas, um canal
de notícias, registro de depoimentos e fotos, destaca também alguns
projetos que funcionam na cidade de Cascavel como: o ‘Padrinho Afetivo’ e
o ‘Adoção – um ato de amor’.
Acompanhe abaixo entrevista realizada
com o idealizador do projeto, durante edição do programa de rádio da
Amapar, o ‘Justiça para Todos’.
DOUTOR SÉRGIO QUANDO IDEALIZOU O SITE A INTENÇÃO ERA APENAS DE CUNHO INFORMATIVO?
O Objetivo do site é servir como instrumento de divulgação dos direitos
da criança e do adolescente, bem como divulgar os programas
desenvolvidos pela Vara da Infância e da Juventude, em parceria com o
Executivo e com a sociedade. Serve também para que aqueles que
necessitam de algum serviço da Vara da Infância tenham um local para
buscar informações.
QUEM SÃO OS RESPONSÁVEIS POR TODO ESTE TRABALHO?
A responsabilidade do site é minha e dos meus assessores (Ricardo e
Karla). Na Vara da Infância e da Juventude trabalhamos de forma bastante
integrada, especialmente nos programas que desenvolvemos com os
municípios da Comarca e também com as entidades privadas. Assim, todos
tem uma parcela de contribuição no trabalho que desenvolvemos.
NESTE UM ANO QUE O SITE ESTÁ NO ‘AR’ QUE EXPERIÊNCIA DESTACARIA?
Recebemos e-mails pelo site, de vários lugares do Brasil, muitos com
dúvidas sobre procedimentos, processos de adoção, alvarás, pensão
alimentícia, de guarda etc. Procuramos responder a todos. É um trabalho
gratuito, mas que dá grande satisfação.
O SENHOR TEVE ALGUM CASO QUE FOI RESOLVIDO DEPOIS DO CONTATO REALIZADO VIA SITE?
Sim! Várias pessoas acabam solicitando informações, passamos os modelos
para fazer um requerimento simples de guarda ou até mesmo de
habilitação para adoção. Várias pessoas acabam utilizando os modelos que
disponibilizamos, bem como já ficam sabendo da relação de documentos.
Também recebemos informações sobre crianças que estão em situação risco
(maus tratos, negligência etc). Esses casos são encaminhados para os
órgãos competentes (Conselho Tutelar, Ministério Público, CREAS, CRAS
etc.) para verificação e adoção de providências.
NO SITE, DOIS PROJETOS ESTÃO EM DESTAQUE. FALE UM POUCO SOBRE O PROGRAMA ‘PADRINHO AFETIVO’.
O programa de apadrinhamento afetivo foi implantado há vários anos e
funciona em parceria com as unidades de acolhimento. Muitas vezes as
pessoas queriam levar as crianças acolhidas para casa, principalmente,
nas épocas festivas e quando a criança voltava criava uma série de
transtornos, posto que não havia uma continuidade. Assim, através do
programa, cadastramos, orientamos e preparamos as famílias para este
trabalho voluntário. As famílias ficam co-responsáveis pela criança
durante o acolhimento, devendo prestar-lhe auxílio afetivo, podendo
levá-la para casa nos finais de semana, de acordo com a avaliação da
equipe técnica, bem como promover-lhe visitas, acompanhar sua evolução
escolar etc. A criança passa a ter uma referência familiar fora do
acolhimento, até que retorne a sua família de origem, ou seja, integrada
em família substituta.
O programa perdeu um pouco de fôlego na
medida em implantamos os programas de acolhimento familiar. Hoje
Cascavel tem 113 crianças e adolescentes vivendo em famílias
acolhedoras. São principalmente crianças e adolescentes, com poucas
chances de retorno à família de origem e de adoção. São crianças e
adolescentes que têm problemas de saúde, já são maiores e dificilmente
haverá interessados na sua adoção. É certamente o maior programa de
acolhimento familiar do País. De acordo com dados do MDS há no Brasil
menos de mil crianças em acolhimento familiar, nós só no município de
Cascavel temos mais de 10% desse total. Nossa meta é gradativamente
extinguir os acolhimentos institucionais, já que o acolhimento familiar é
muito mais vantajoso para a criança e para o adolescente, que terão a
experiência da convivência familiar, numa família organizada, com
atendimento individualizado, com a possibilidade da criação vínculos
afetivos, o que os acolhimentos institucionais têm enormes dificuldades
de atingir. Temos a convicção que o modelo de acolhimentos
institucionais está completamente superado.
Acesse no banner abaixo o site 'Direito das Crianças'.
http://www.amapar.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2234%3Asite-direito-das-criancas-esta-entre-os-projetos-cadastrados-no-portal-de-responsabilidade-social&catid=1%3Alatest-news
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