CASOS DE ADOÇÃO ILEGAL SE ESPALHAM POR 20 CIDADES DO PR
15/04/2013
Rodrigo Batista - Redação Bonde
As investigações sobre adoção ilegal no Paraná se espalham por mais
cidades conforme a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de
Pessoas se aprofunda nos casos. A CPI já contabiliza 20 cidades,
algumas próximas a Londrina, com suspeita de adoção ilegal intermediada
por dois acusados.
Com as análises
realizadas desde a apreensão de documentos em um apartamento de Curitiba
no último dia 9 de abril, o número de suspeitas de adoção ilegal seria
mais de 100. Antes da operação, efetuada pela Polícia Federal, eram
cinco cidades com intermediações suspeitas.
Com o desdobramento das
averiguações, segundo o deputado federal e vice-presidente da Comissão,
Fernando Francischini (PEN-PR), a CPI teve conhecimento, até agora, de
que o caso mais antigo de suposta adoção ilegal no Paraná teria ocorrido
em 1996. "Eles escolhem cidades menores, mas há alguns casos na
periferia de grandes cidades, como Curitiba", diz, sobre a forma como os
aliciadores trabalham.
A CPI aponta para situações intermediadas
por um homem suspeito de integrar a ONG americana Limiar Brasil.
Audelino de Souza teria cobrado de famílias aptas a adoção, tanto dentro
do Brasil como no exterior, em especial nos Estados Unidos, para
intermediar os procedimentos. O presidente da ONG, Ulisses Gonçalves da
Costa, também é um dos investigados.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Nesta quinta-feira (18), os membros da CPI vêm ao Paraná para uma
audiência pública, na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que deve
ouvir pessoas investigadas no Paraná e em Santa Catarina. Pais de
crianças adotadas em casos suspeitos também serão ouvidos. Um dos
episódios que devem ser abordados é o de São João do Triunfo, em que
sete crianças de uma mesma família foram levadas por norte-americanos.
"Primeiro vamos ouvir a parte das famílias do Paraná. Mas vamos
procurar a embaixada norte-americana para que as autoridades dos EUA
comecem a investigar quem são as pessoas que adotaram essas crianças",
disse. Também estarão na audiência, segundo o deputado, um juiz e um
promotor da cidade de Gaspar (SC) que são investigados pela CPI por
casos de adoção ilegal em território catarinense.
O Poder Judiciário
do Paraná e o Ministério Público (MPPR) também vão participar, como
forma de auxílio às averiguações no estado. Devem estar presentes na
Alep membros da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR),
Conselho de Direitos Humanos, Polícia Militar Polícia Civil e Polícia
Federal.
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-3--604-20130415
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