sexta-feira, 12 de abril de 2013

Casal entra no Cadastro Nacional para Adoção

Adotar 12/04/2013 13h53 
 
Casados oficialmente desde março do ano passado – quando obtiveram autorização do Ministério Público e Judiciário de Cacoal – para se casarem, o professor universitário Thonny Hawanny e Rafael Costa querem agora adotar uma criança. Em março eles receberam a notícia de autorização judicial favorável a inserção do nome do casal no Cadastro Nacional de Adoção (CNA).
O procedimento foi autorizado pelo juiz Audarzean Santana da Silva, e foi mais rápido do que Thonny esperava. Ele já é pai do menino Jéferson, que adotou quando bebê no estado da Bahia. O menino, que hoje tem 12 anos, deverá ter um irmão ou irmã adotiva em breve. “Assim como no casamento, que nós não imaginávamos que fossemos lograr êxito na primeira instância, no tocante a adoção nós também não esperávamos, mas a gente percebeu que a justiça de Cacoal, de Rondônia está muito do que a gente imagina”, disse.
Segundo consta no Cadastro, o município tem sete crianças e adolescentes a espera de adoção. Dois deles tem entre seis e 10 anos, três deles entre 11 e 15 anos e dois deles acima de 16 anos. O professor espera que o processo de adoção aconteça naturalmente, sem expectativas, e acredita que a criança a ser escolhida vai aparecer na hora certa. “Eu acho que a gente não pode escolher a criança, não pode escolher a cor, não pode escolher o sexo, creio que Deus sabe o que está fazendo”, analisou. Porém Rafael sonha em criar um bebê, para exercer todas as etapas da paternidade. Quanto a militância em torno dos direitos das comunidades de lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais em Rondônia, ele entende a adoção é direito de todos, homossexuais e heterosexuais, da mesma maneira.
“Certamente é um exemplo pra outros casais, a nossa decisão de adotar certamente para outros casais homoafetivos e não homoafetivos”, explicou. Porém, confessou se sentir um pouco envaidecido e orgulhoso de ter quebrado barreiras do preconceito em relação a certos tabus referentes ao comportamento. “Hoje eu me sinto envaidecido com isso, acho que realmente a gente corre atrás e quebramos algumas barreiras”, comentou.
O processo deve seguir normalmente
O casal entrou com pedido para adoção em final de outubro do ano passado junto a justiça de Cacoal, pedindo autorização para fazerem parte do CNA ligado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ocasião apresentaram documentos necessários ao fórum municipal, conforme preconiza o Estatuto da Criança e Adolescente. Na época Thonny e Rafael passaram por avaliação psiquiátrica e psicológica,  e por uma assistente social e tiveram laudos favoráveis de todos os profissionais. Em menos de cinco meses receberam resposta favorável do juíz da Vara da Infância e Adolescência. Em seu parecer o magistrado considerou que o casal preenche os requisitos necessários, mostrando-se aptos a adoção.
Fonte: Diário da Amazônia

http://www.midiaextra.com.br/noticia/2013/04/12/casal-entra-no-cadastro-nacional-para-adocao.html 

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