CASA ACOLHEDORA TEM SETE CRIANÇAS QUE AGUARDAM POR ADOÇÃO
15/04/2013
Todas as crianças disponíveis para adoção na Casa Acolhedora têm mais de cinco anos
Jean Fronho
O abrigo Casa Acolhedora conta com 11 crianças, sendo que sete estão
disponíveis para adoção. São os que foram destituídos do poder familiar,
ou seja, aqueles em que a família perdeu o direito da guarda. Os outros
quatro se enquadram nos casos de suspensão do poder familiar. Isso quer
dizer que eles estão temporariamente afastados da família, para que
seja feita uma restruturação do lar.
Elizeth Quintino de Oliveira
Rodrigues é coordenadora da Casa Acolhedora e mãe por adoção. Ela
trabalhou por cinco anos e nove meses como conselheira tutelar antes de
assumir a instituição. Elizeth conta que tem deficiência meninngoceli e
que já engravidou uma vez, mas perdeu a criança. Não conseguindo mais
engravidar, em setembro de 2011 ela adotou uma menina, a quem deu o nome
de Maria Vitória Quintino Rodrigues.
A mãe demonstra felicidade em
estar com sua filha, que hoje têm três anos de idade. “A Maria Vitória
foi o melhor que já ocorreu nesses meus 38 anos de vida”, declara,
ressaltando que já está na fila para adotar mais uma criança e pretende
adotar uma terceira, com idade maior de cinco anos.
Todas as
crianças disponíveis para adoção na Casa Acolhedora têm mais de cinco
anos, o que mostra a dificuldade para se conseguir fazer a adoção
tardia. É o caso de uma garota de 14 anos, que foi ao abrigo com mais
quatro irmãos. Um faleceu e os outros dois voltaram para suas famílias.
Ela ainda espera ser adotada, mas diz que, se não for o caso,
permanecerá no abrigo, até quando fizer 18 anos. “Espero que haja alguma
família estrangeira para me adotar”, diz.
ADOÇÃO ESTRANGEIRA
O
raciocínio dela é baseado na ideia de ser comum, crianças com idade mais
avançadas, serem adotadas por famílias estrangeiras, geralmente da
Itália. Elizeth explica que neste país, a média de idade é mais
avançada. Além disso, as famílias são procuradas na ordem de proximidade
da cidade das crianças.
Sendo feita primeiro na cidade, depois a
procura vai para o Estado, para os Estados próximos e depois em âmbito
nacional. Não havendo interesse, é feita a tentativa fora do país.
É
o caso de um pequeno garoto de seis anos. Na próxima segunda-feira
(15), ele irá conhecer, via Skype, o casal que poderá ser seus futuros
pais. “Eu quero ter uma mãe”, diz.
Em meio a tantos empecilhos de
escolhas, fica o relato de Elizeth. “Quando fui ao abrigo para conhecer a
Maria Vitória, logo vi que ela é minha filha. Assim que já me
aproximei, ela deitou no meu peito. Meu marido disse para ela ir para o
papai e ela foi correndo em direção a ele. Não somos nós que os
escolhemos. São eles que nos escolhem”, afirma.
Elizeth demonstra felicidade ao lado da filha Maria Vitória (Foto: Arquivo Pessoal)
http://www.hojemais.com.br/tres-lagoas/noticia/geral/casa-acolhedora-tem-sete-criancas-que-aguardam-por-adocao
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