24/05/2014
John Pacheco Do G1 AP
Segundo a Saad, sem o cadastro o processo de adoção dura até 4 anos. Caminhada neste sábado, 24, reforçou a disseminação da adoção legal.
Manifestantes caminharam na manhã deste sábado (24) pelas vias de Macapá pedindo a disseminação da adoção legal de crianças e adolescentes no Amapá. Segundo a Sociedade Amapaense de Apoio à Adoção (Saad), o estado não tem nenhuma criança no Cadastro Nacional de Adoção, o que pode aumentar em até quatro vezes o tempo de conclusão de um processo.
"As crianças que se encontram hoje em abrigos no Amapá ainda não foram incluídas no cadastro nacional, em função de os casos de retorno para a família estarem em aberto, pois a Justiça julga para saber se esse menor não vai passar por outra situação de risco. Uma vez incluída no cadastro, o processo de adoção ocorre de 6 meses a um ano, e se o caso ainda está sendo avaliado, isso pode durar de dois a quatro anos, infelizmente", lamenta Cássia Navarro, advogada e coordenadora da Saad.
A caminhada aconteceu em alusão ao Dia Nacional da Adoção, celebrado no domingo (25). O manifesto seguiu pelas principais ruas do Centro da capital e encerrou na Fortaleza de São José, debaixo de chuva. A organização estima que cerca de 150 pessoas, entre adultos e crianças, tenham participado da manifestação, que distribuiu panfletos explicativos sobre o processo de adoção, considerado "burocrático" pela Saad.
Há mais de três anos em busca da guarda definitiva de uma menina de 6 anos, Joyce Nazário e a companheira, Magna Luz, disseram que a vontade de dar uma nova condição à criança é o fator motivador para a persistência no processo.
"As crianças que se encontram hoje em abrigos no Amapá ainda não foram incluídas no cadastro nacional, em função de os casos de retorno para a família estarem em aberto, pois a Justiça julga para saber se esse menor não vai passar por outra situação de risco. Uma vez incluída no cadastro, o processo de adoção ocorre de 6 meses a um ano, e se o caso ainda está sendo avaliado, isso pode durar de dois a quatro anos, infelizmente", lamenta Cássia Navarro, advogada e coordenadora da Saad.
A caminhada aconteceu em alusão ao Dia Nacional da Adoção, celebrado no domingo (25). O manifesto seguiu pelas principais ruas do Centro da capital e encerrou na Fortaleza de São José, debaixo de chuva. A organização estima que cerca de 150 pessoas, entre adultos e crianças, tenham participado da manifestação, que distribuiu panfletos explicativos sobre o processo de adoção, considerado "burocrático" pela Saad.
Há mais de três anos em busca da guarda definitiva de uma menina de 6 anos, Joyce Nazário e a companheira, Magna Luz, disseram que a vontade de dar uma nova condição à criança é o fator motivador para a persistência no processo.
"Sempre criei ela, desde os 10 meses de vida, e após a morte do pai dela, que era o meu irmão, decidi com a Magna que queríamos a maternidade dela, mesmo com ela ainda tendo a mãe biológica. Sei que para quem gerou um filho é difícil entregar, mas nunca negamos o contato entre as duas, e sempre esclarecemos para ela [criança] que ela tem três mães", disse Joyce.
Magna acredita que em nenhum momento o fato de a criança ser adotada por um casal homoafetivo poderá atrapalhar o crescimento e o aprendizado dela junto à sociedade. A adoção por casais homoafetivos também é defendida pelo professor Ricardo Aguilar, que, junto com o companheiro, aguarda decisão da Justiça para a guarda definitiva de uma menina de 1 ano e 7 meses.
"Ainda estamos no processo de habilitação dela, mas, pelo fato de estarmos envolvidos desde o nascimento dela, procuramos ofertar todas as condições para que ela fique com a gente. A mãe, durante a gravidez, já havia se manifestado que não teria condições de cuidar dela pelo fato de possuir outros quatro filhos", completa.
Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informam que, além do Amapá, apenas o estado do Piauí não tem crianças no Cadastro Nacional de Adoção, embora, segundo a Saad, cerca de 100 crianças estejam em abrigos no Amapá.
Caminhada aconteceu debaixo de chuva (Foto: John Pacheco/G1)
Familias realizaram manifesto pelo Centro comercial de Macapá (Foto: John Pacheco/G1)
Famílias com filhos adotivos caminharam na manhã deste sábado, 24 (Foto: John Pacheco/G1)
http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2014/05/amapa-nao-tem-nenhuma-crianca-no-cadastro-nacional-de-adocao.html
Magna acredita que em nenhum momento o fato de a criança ser adotada por um casal homoafetivo poderá atrapalhar o crescimento e o aprendizado dela junto à sociedade. A adoção por casais homoafetivos também é defendida pelo professor Ricardo Aguilar, que, junto com o companheiro, aguarda decisão da Justiça para a guarda definitiva de uma menina de 1 ano e 7 meses.
"Ainda estamos no processo de habilitação dela, mas, pelo fato de estarmos envolvidos desde o nascimento dela, procuramos ofertar todas as condições para que ela fique com a gente. A mãe, durante a gravidez, já havia se manifestado que não teria condições de cuidar dela pelo fato de possuir outros quatro filhos", completa.
Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informam que, além do Amapá, apenas o estado do Piauí não tem crianças no Cadastro Nacional de Adoção, embora, segundo a Saad, cerca de 100 crianças estejam em abrigos no Amapá.
Caminhada aconteceu debaixo de chuva (Foto: John Pacheco/G1)
Familias realizaram manifesto pelo Centro comercial de Macapá (Foto: John Pacheco/G1)
Famílias com filhos adotivos caminharam na manhã deste sábado, 24 (Foto: John Pacheco/G1)
http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2014/05/amapa-nao-tem-nenhuma-crianca-no-cadastro-nacional-de-adocao.html
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