segunda-feira, 26 de maio de 2014

ATÉ ABRIL, 51 PROCESSOS DE ADOÇÃO FORAM FEITOS ESTE ANO EM MANAUS, DIZ TJAM


26 Mai 2014
Thiago Freire . portal@d24am.com
Para adotar uma criança ou adolescente, a família deve procurar o Juizado da Infância e da Juventude do Amazonas. Em 2013, foram 146 adoções.
MANAUS
Dados do Juizado da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) mostram que, este ano, até o mês de abril, houve 51 processos de adoção na capital. No ano passado, foram feitas 146 adoções em Manaus. Ontem, comemorou-se o Dia Nacional da Adoção e, além da data que convida à reflexão, os números também podem representar um incentivo para quem deseja se candidatar ao processo. 
Segundo a gerente do Serviço Social do Juizado, Heloisa Guimarães de Andrade, atualmente, há 54 famílias aguardando por adoção. Desse total, a maior parte é de casais heterossexuais. Estão na fila, ainda, dois casais homoafetivos - um de homens e outro de mulheres - e outras dez famílias monoparentais (solteiros). A fila de espera existe porque nem sempre as crianças disponíveis para adoção se enquadram no perfil desejado pelas famílias.
Para adotar uma criança ou adolescente, a família deve procurar o Juizado da Infância e da Juventude do Amazonas. “Qualquer pessoa pode dar entrada no processo de adoção. Primeiramente vai passar por uma investigação psicossocial, para analisarmos as condições emocionais do candidato. Neste período, a pessoa, família ou casal passa por um curso de formação de pais, que tem duração de três meses”, disse.
DECISÃO DE CORAGEM
O autônomo Laércio Menezes, 57, vive esta realidade todos os dias. Com quatro filhos do atual casamento e outros cinco do relacionamento anterior, ele teve uma decisão inusitada. Há mais de um ano, adotou a menina Layana, na ocasião, com 6 anos. Ela nasceu com uma síndrome no cromossomo 22, que causa dificuldades na fala, audição e locomoção. A criança era residente do Abrigo Moacyr Alves, dedicado a crianças com necessidades especiais.
“Eu fui a uma feijoada beneficente, nem pensava em adotar uma criança. Fui com aquele sentimento de ajudar com alguma contribuição, mas quando ela tocou minha cabeça, não sei nem explicar”, disse Laércio. O encontro ocorreu em 2012. Porém, na época, a criança já estava em processo de adoção por outra família, mas ela não se adaptou ao novo lar. “Por um lado fiquei preocupado, porque estes processos de adaptação são sempre traumáticos, mas claro que fiquei feliz porque poderia adotá-la”, disse.
A família passou a visitar Layana no abrigo, com frequência. “Recebemos a autorização de passar os fins de semana com ela e, depois, em 2013, tivemos a grande notícia de que poderíamos acolhê-la em nossa casa”. O processo de adoção deve ser finalizado ainda neste semestre.
No Abrigo Moacyr Alves, no bairro Alvorada, zona sul, 58 crianças e adolescentes são atendidos. O local acolhe menores deficientes neurológicos e abandonados pelas famílias, conforme explica a coordenadora de eventos e doações do abrigo, Corina Amaral. Todos estão aptos à adoção. O abrigo passa por dificuldades e vive de doações. Atualmente, está promovendo a campanha da farinha, que está em falta na dispensa
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