Segunda-feira, 26 de maio de 2014.
Ontem, dia 25 de Maio de 2014, foi comemorado o Dia Nacional da Adoção.
O assunto ADOÇÃO é bastante comentado e discutido nos diversos meios. Mas, o que é pouco comentado ainda e que tem se tornado mais comum do que se imagina, é o aumento nos casos de DEVOLUÇÃO de crianças adotadas.
Embora o processo de adoção envolva um período de adaptação obrigatório para prevenir arrependimentos futuros, ainda é possível encontrar casos onde a criança/adolescente é devolvida pelos motivos mais diversos, que vão desde a desobediência até o gosto por músicas ou roupas incompatíveis com os costumes da família. Esses casos de devolução são mais comuns na fase de adaptação, mas não são raros os casos de devolução após a concretização do processo, quando a adoção já deveria ser considerada irreversível.
Não há estimativa oficial de devoluções, mas estima-se que 10% de todas as crianças abrigadas sejam fruto de adoções sem sucesso. Segundo a Psicóloga Maria Luiza Ghirardi, da USP: “os pais supervalorizam a relação com o filho adotivo e não admitem as dificuldades comuns na relação.” Essa decepção gera o arrependimento da família. Vale ressaltar que crianças abrigadas já sofrem com o primeiro abandono e nesses casos revivem esse abandono, intensificando os sentimentos de rejeição e desamparo.
É essencial entender os motivos para essas devoluções e impor regras mais rígidas para a adoção, sem engessar ainda mais o processo, que por si só já é bastante demorado. O acompanhamento feito por uma equipe multidisciplinar por um período de tempo maior com os pais interessados em adotar poderia ser uma alternativa. Enxergar o que vem nas entrelinhas é importante para se reconhecer os reais motivos da adoção e/ou devolução.
Deve-se considerar que a preparação desses pais é tão importante quanto a preparação das crianças/adolescentes para esta nova realidade. Evitaríamos conflitos futuros, já que os pais saem frustrados e com sentimento de fracasso do processo de devolução e as crianças/adolescentes, por sua vez, repetem e intensificam o sentimento de abandono e rejeição experimentado no passado, o que pode lhes ocasionar dificuldades de criar vínculos no futuro.
O tratamento psicoterápico pode ser bastante útil em ambos os casos. Para os pais adotantes para que reconheçam melhor suas necessidades e os reais motivos por trás do desejo da adoção. Para as crianças/adolescentes, para prepará-las para essa nova realidade e solucionar possíveis traumas que possam existir.
Na internet é possível encontrar muitas matérias sobre o assunto e, nas redes sociais, vários grupos de apoio.
O assunto ADOÇÃO é bastante comentado e discutido nos diversos meios. Mas, o que é pouco comentado ainda e que tem se tornado mais comum do que se imagina, é o aumento nos casos de DEVOLUÇÃO de crianças adotadas.
Embora o processo de adoção envolva um período de adaptação obrigatório para prevenir arrependimentos futuros, ainda é possível encontrar casos onde a criança/adolescente é devolvida pelos motivos mais diversos, que vão desde a desobediência até o gosto por músicas ou roupas incompatíveis com os costumes da família. Esses casos de devolução são mais comuns na fase de adaptação, mas não são raros os casos de devolução após a concretização do processo, quando a adoção já deveria ser considerada irreversível.
Não há estimativa oficial de devoluções, mas estima-se que 10% de todas as crianças abrigadas sejam fruto de adoções sem sucesso. Segundo a Psicóloga Maria Luiza Ghirardi, da USP: “os pais supervalorizam a relação com o filho adotivo e não admitem as dificuldades comuns na relação.” Essa decepção gera o arrependimento da família. Vale ressaltar que crianças abrigadas já sofrem com o primeiro abandono e nesses casos revivem esse abandono, intensificando os sentimentos de rejeição e desamparo.
É essencial entender os motivos para essas devoluções e impor regras mais rígidas para a adoção, sem engessar ainda mais o processo, que por si só já é bastante demorado. O acompanhamento feito por uma equipe multidisciplinar por um período de tempo maior com os pais interessados em adotar poderia ser uma alternativa. Enxergar o que vem nas entrelinhas é importante para se reconhecer os reais motivos da adoção e/ou devolução.
Deve-se considerar que a preparação desses pais é tão importante quanto a preparação das crianças/adolescentes para esta nova realidade. Evitaríamos conflitos futuros, já que os pais saem frustrados e com sentimento de fracasso do processo de devolução e as crianças/adolescentes, por sua vez, repetem e intensificam o sentimento de abandono e rejeição experimentado no passado, o que pode lhes ocasionar dificuldades de criar vínculos no futuro.
O tratamento psicoterápico pode ser bastante útil em ambos os casos. Para os pais adotantes para que reconheçam melhor suas necessidades e os reais motivos por trás do desejo da adoção. Para as crianças/adolescentes, para prepará-las para essa nova realidade e solucionar possíveis traumas que possam existir.
Na internet é possível encontrar muitas matérias sobre o assunto e, nas redes sociais, vários grupos de apoio.
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