Notícia publicada pela Assessoria de Imprensa em 25/05/2014 20:45
Grupos de apoio à adoção de vários municípios do Rio, representantes do Poder Judiciário estadual, do Ministério Público, da Defensoria Pública e da OAB/RJ participaram neste domingo, 25 de maio, da 5ª Caminhada da Adoção, na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio. Eles se juntaram às famílias e seus filhos adotivos para comemorar o Dia Nacional da Adoção, instituído pela Lei Federal nº 10.447/2002.
Presente ao evento, o desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, disse que a caminhada é para sensibilizar o Poder Público. Segundo ele, no Brasil há 40 mil crianças e adolescentes em fase de abandono nos abrigos e 26 mil pessoas habilitadas para adoção.
“É preciso dar um lar para estas crianças o mais rápido possível, pois, em uma sociedade em que cada vez mais estão prevalecendo as relações vinculadas ao afeto, as relações consangüíneas e as relações contratuais devem ter um peso bem menor em relação àquelas onde o afeto prevalece”, afirmou.
Para a presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), Maria Bárbara Toledo, a caminhada coloca a adoção em pauta. Ela disse que muitas pessoas desconhecem que existem crianças abrigadas, sem família, sem visitas e que precisam de um lar. “A adoção é um instrumento para garantir este direito”, destacou.
Apadrinhamento solidário
As comemorações do Dia Nacional da Adoção continuaram no Teatro Municipal de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, com o lançamento da campanha “Apadrinhamento Solidário”, uma parceria entre a Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Niterói e o grupo de adoção Quintal da Casa de Ana.
De acordo com Bárbara Toledo, a iniciativa está voltada para as crianças que sobram nos abrigos e que têm dificuldades para serem adotadas. “É um presente pelo Dia Nacional da Adoção. O apadrinhamento é um viés que pode possibilitar uma adoção tardia ou de grupo de irmãos”, explicou.
Judiciário fluminense recebe mais de 2000 pedidos por ano
A Justiça do Rio recebe em média, por ano, mais de dois mil pedidos de habilitação para adoção. Em 2013, foram recebidas 2.301 novas ações e proferidas 2.299 sentenças. De janeiro a abril deste ano, as Varas da Infância, da Juventude e do Idoso receberam 753 pedidos e proferiram 836 decisões.
Quanto à adoção internacional, que ocorre quando já se esgotaram todas as chances de adoção no Brasil, a Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (Cejai-RJ) do TJRJ promoveu, no ano passado, 21 adoções tardias de crianças e adolescentes. A maioria foi para Itália, seguida do Canadá, França e demais países.
O Poder Judiciário fluminense tem, atualmente, 83 varas com competência em matéria de Infância e Juventude. O Estado do Rio de Janeiro conta com 2.575 menores acolhidos em 195 abrigos.
(M.C.O.)
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