23.06.2014
Em Balneário Piçarras, 20 famílias estão inscritas no Cadastro Nacional de Adoção e aguardam a oportunidade de ampliar suas famílias e dar um novo destino às crianças que esperam na fila. Na cidade, o tempo médio de espera está acima do estipulado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e existem casos de famílias que estão há mais de cinco anos na fila. Restrições de idade e cor da pele da criança são os principais motivos para o atraso.
A 1ª Vara Cível, responsável pelos processos de adoção das crianças que esperam por um novo lar no abrigo municipal, não informa quantas crianças e adolescentes aguardam para ser adotadas no município. São jovens que, por maus tratos ou negligência familiar, tiveram que ser retirados dos pais biológicos, segundo revela o jornal Expresso das Praias.
Segundo a psicóloga do Fórum da Comarca de Balneário Piçarras, Marli Terezinha da Silva, bebês de 0 a 2 anos são os mais procurados. “Isso acaba refletindo no tempo da adoção. Quanto mais restrição maior também será a demora para que seja concluído o processo”, segundo ela explica.
Marli, que é mãe adotiva, conta um pouco da sua experiência. Ela diz não se considerar mãe adotiva, mas “mãe de verdade”. Ela encontrou sua filha no hospital com quatro meses de vida. Ninguém a queria. Hoje, depois de 21 anos, a nossa relação é de mãe e filha e ela sabe desde pequena que foi adotada. A psicóloga é mãe de mais três filhos.
Para adotar é preciso procurar a Vara de Infância e Juventude e apresentar RG, CPF, comprovantes de residência e renda, declaração de sanidade física e mental, certidões cível e criminal de bons antecedentes. E ser maior de 18 anos, independente do estado civil.
O candidato é submetido a avaliações, entre elas, um teste psicossocial, com entrevistas e visita domiciliar. Caso haja habilitação, o nome será incluído no cadastro por dois anos. O pretendente é comunicado assim que apareça uma criança dentro do perfil solicitado. No fim de julho, Piçarras promove curso para futuros pais adotivos. Entre as adoções autorizadas pela Justiça em Piçarras está o caso de uma criança adotada por casal homoafetivo.
http://aquarelafm.com.br/radio/20-familias-inscritas-no-cadastro-nacional-aguardam-avancar-com-processos-de-adocao-em-balneario-picarras/
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