18/06/14
Leonardo Leite Thomé
Florianópolis
O caso está sendo investigado pela 6° DP da Capital, e corre em segredo de Justiça depois da reviravolta dos últimos dias, quando o rapaz que teria encontrado a menina foi apontado como o pai da criança
Os avôs paternos e maternos da bebê recém-nascida que foi entregue pelo pai no posto de Saúde do Estreito, alegando que teria encontrado a menina em uma calçada da rua Aracy Vaz Callado, reivindicam a guarda da criança. A solicitação foi feita à Vara da Infância e Juventude da Capital. A bebê teve alta da Maternidade Carmela Dutra na terça-feira e foi encaminhada a um abrigo da Secretaria de Assistência Social de Florianópolis. O caso está sendo investigado pela 6ª DP da Capital, e corre em segredo de Justiça depois da reviravolta.
O caso, que inicialmente era tratado como abandono de incapaz, agora pode virar supressão de registro. Em entrevista à RICTV, o delegado Ricardo Régis, que chegou a comandar o caso, disse que a mãe da menina deu à luz em casa e que o ato de não procurar um posto de saúde pode ter sido inexperiência dos pais da criança.
O secretário de Assistência Social de Florianópolis, Tiago Silva, avaliou que o caso ainda está muito “nebuloso”. Para ele, os pais da criança foram responsáveis diretos pelo abandono da bebê, uma vez que sabiam o que estavam fazendo. “A polícia ainda precisa aprofundar as investigações, porque a pessoa que se acreditava ser o herói que achou a criança agora pode ser o verdadeiro pai. Além disso, ter o parto na sala de casa, sem nenhum cuidado médico, colocou em risco não apenas a vida da criança, como também de sua mãe”, observou.
CRIANÇA NÃO PODE RECEBER VISITAS
O secretário Tiago Silva disse que a menina passa bem e não poderá receber visitas até que a Justiça decida com quem ela ficará. Tiago estuda possíveis medidas judiciais contra os pais da criança.
Tiago contou que a bebê é chamada de Luiza pelos funcionários da secretaria. “Na maternidade, as funcionárias chamavam a garota de Luiza Antônio, pois o dia 13 de junho (quando ela foi abandonada) é dia de Santo Antônio. Mas o verdadeiro nome dela só será registrado quando ela for adotada”, explicou.
Os avôs paternos e maternos foram à secretaria de Assistência Social e solicitaram visitar a criança no abrigo concedido pela prefeitura. Tiago Silva, no entanto, afirmou que o local onde a menina está é secreto e ninguém poderá visitá-la. “Somente através de uma decisão judicial permitiremos que os familiares visitem a criança, afinal, ela correu sério risco de vida”, concluiu.
Recém-nascida foi encaminhada da maternidade para um abrigo do município - Reprodução RICTV/ND
http://www.ndonline.com.br/.../176202-avos-pedem-a-guarda...
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