terça-feira, 17 de junho de 2014

PESQUISA REVELA DADOS ALARMANTES SOBRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUE VIVEM EM INSTITUIÇÕES DE TERESINA


16 de Junho de 2014
A Assembleia Legislativa do Piauí promoveu no mês de maio uma sessão solene para homenagear o Dia Nacional da Adoção, comemorado em 25 de maio. Na ocasião, foi apresentada a mais recente pesquisa, realizada pelo Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção (CRIA), com dados sobre o abrigamento de crianças e adolescentes em instituições de acolhimento de Teresina.
Em nossa capital existem seis casas de acolhimento institucional, somando cerca de 200 jovens, acolhidos pelos mais variados motivos, desde abusos físicos, psicológicos e/ou sexuais até o abandono por parte dos pais. Um ponto interessante revelado pela pesquisa é que apesar dos abrigos serem popularmente conhecidos como orfanatos, do grupo de 72 crianças e adolescentes analisados, nenhum está abrigado por orfandade, ou seja, todos eles possuem pelo menos um dos pais.
Um dos dados que mais chama atenção na pesquisa, são as informações relativas aos vínculos familiares dos abrigados, onde 69% possuem vínculos completamente rompidos e, apesar disso, não estão disponíveis para adoção. Dados do Cadastro Nacional da Adoção apontam que, em todo o Piauí, existe apenas um adolescente disponível para adoção. “Quando uma criança ou adolescente é encaminhada para um abrigo, a primeira coisa que as equipes do próprio abrigo e do juizado fazem é investir na reintegração familiar. Somente quando eles percebem que as possibilidades do menor em voltar para sua família de origem não existem é que ele é disponibilizado para adoção”, conta Francimélia Nogueira, presidente do CRIA.
Segundo Francimélia, a demora nos processos de destituição desses menores é um dos maiores prejuízos para a vida deles. “Nossa pesquisa constatou um número grande de pequenos que já estão há mais de três anos vivendo em abrigo por conta da demora na avaliação de seus casos. Muitos deles perdem toda a sua infância vivendo nessa casas e crescem a ponto de saírem completamente do perfil preferencial dos pretendentes à adoção”, conta.
Texto: Wanderson Alves
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