sábado, 30 de novembro de 2013

CRESCE REGISTRO DE UNIÕES HOMOAFETIVAS NO INTERIOR


29/11/2013
Sertão Central

Cinco meses após o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovar Resolução 175, que obrigou todos os cartórios brasileiros a celebrarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo, o novo modelo de compromisso matrimonial está se tornando mais frequente no Interior. Em Quixadá não é diferente. Nesta cidade, no mês passado, dois homens assumiram a relação diante do juiz de paz. Na última quarta-feira, foi a vez de um casal de mulheres.
A primeira cerimônia foi realizada no Cartório João Bezerra, no Centro da cidade. A última, na residência das noivas.
De acordo com a cerimonialista do último casamento homoafetivo, Edna Letícia Uchôa, após a oficialização do matrimônio, com a troca de alianças entre Márcia Maria Barbosa e Marlinda Barbosa houve festa na casa do primeiro casal de mulheres, de Quixadá, a ter os direitos legais garantidos, a partir da Resolução. Pais, filhos, padrinhos das noivas, familiares e amigos participaram do evento.

Márcia é proprietária de um bar e adotou sua primeira filha em um relacionamento anterior. Recentemente, recebeu mais uma menina, de cinco meses, por adoção. Marlinda é mãe de três filhos pré-adolescentes e trabalha junto com a companheira. Elas assumiram o relacionamento há dois anos.

As duas revelam que se depender delas, os cinco filhos da família, agora oficialmente formada, continuarão recebendo o carinho e a educação adequada até se tornarem adultos. "Através do registro civil, a união se tornou ainda mais forte", garantem.

Conforme o juiz de paz Eduardo Bezerra, a partir da divulgação das uniões cíveis registradas na cidade, o número de matrimônios do tipo deve aumentar.
No mês passado foi a vez de um francês com um jovem do distrito de Custódio, da zona rural de Quixadá. Um deles até vestiu traje de noiva, mas preferiram uma celebração reservada, pedindo ao Cartório para não ter os nomes revelados.
Uma posição bem diferente foi tomada por Márcia e Marlinda. Elas fizeram questão de tornar público o casamento.
"É uma forma de combater o preconceito, embora enrustido, ainda muito forte, principalmente nas cidades do Interior", ressaltaram as recém-casadas.
Essa também é a opinião da tabeliã substituta do Cartório Bezerra do 1º Ofício, Lúcia Lima Silva. "Com a redução da barreira do preconceito o número de casamentos homoafetivos deve crescer nos próximos meses, quem sabe, principalmente em maio, mês dos noivos", avalia. (Fonte: Jornal Diário do Nordeste)
http://www.sistemamaior.com.br/ler_noticia.php?id=24549

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