MT: AUDIÊNCIAS CONCENTRADAS ASSEGURAM LAR A MENORES
26/11/13
Entre os dias 25 e 29 de novembro (segunda-feira a sexta-feira),
magistrados das Varas de Infância e Juventude de 53 comarcas de Mato
Grosso realizarão audiências concentradas nas 62 instituições
acolhedoras existentes nessas unidades judiciárias. Durante a audiência a
situação das crianças e adolescentes abrigados é revista, uma tentativa
de se verificar a possibilidade de retorno ao convívio dos pais ou
família extensa (avós e tios, por exemplo). Na oportunidade, o
magistrado também pode acelerar a destituição do poder familiar,
facilitando a adoção. Em pouco mais de um ano 93 menores retornaram ao
convívio familiar somente em Cuiabá.
Na Comarca da Capital a juíza Gleide Bispo dos Santos realizará 99 audiências, sendo 70 no Lar
da Criança (segunda a quarta), 12 na Casa de Retaguarda (quinta-feira),
10 no Lar Menina dos Olhos de Deus e sete no Nossa Casa (sexta-feira).
Desde novembro de 2011, quando a magistrada iniciou os trabalhos na
referida vara, foram realizadas 136 audiências e 93 crianças e
adolescentes foram reintegrados ao convívio familiar. Segundo a
magistrada, o melhor é que apenas dois casos de retorno às instituições
foram registrados.
“É um índice excelente. Na oportunidade ouvimos e
vemos a criança, os pais e profissionais como psicólogas e assistentes
sociais que acompanham os casos, antes de qualquer decisão. O principal
objetivo é a reintegração”, ponderou a magistrada, que realiza as
audiências quatro vezes ao ano.
Na primeira audiência realizada no
Lar da Criança, a mãe de um menor neuropata (portador de doença no
sistema nervoso) e as profissionais que acompanham o caso há cerca de um
ano foram ouvidas, bem como os representantes do Ministério Público e
Defensoria Pública. “A Defensoria representa os direitos dos pais das
crianças, observando-se a necessidade da continuidade do abrigamento”,
disse a defensora Hélleny Araújo dos Santos.
“Temos muitos casos de
pais alcoólatras ou dependentes químicos. Avaliamos se estão em
tratamento ou não e as condições familiares para o retorno ao convívio”,
pontuou o promotor Rogério Bravin de Souza. “Nosso dever é dar
sustentação para a melhor decisão. Acompanhamos as famílias no progresso
diante das dificuldades enfrentadas”, informou a assistente social
Anelyse Cândido.
A Instrução Normativa nº 2 do CNJ indica a
realização das audiências concentradas. Em Mato Grosso elas têm o apoio
da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), ligada à
Corregedoria-Geral da Justiça.
http://www.mtnoticias.net/Site/vernoticia.asp?id=41373&cat=8
Nenhum comentário:
Postar um comentário