FAMÍLIA NO CENTRO DOS DEBATES
23/11/2013
Questionamento do Vaticano para preparar conferência de bispos que
acontecerá em 2014 expõe preocupação com questões nevrálgicas como
adoção e homossexualismo. Religiões têm posições distintas
DIÁRIO DA MANHÃ
HÉLMITON PRATEADO
O papa Francisco presidirá em outubro de 2014 o primeiro Sínodo dos
Bispos sob seu pontificado. A Assembleia Geral dos dirigentes diocesanos
do mundo inteiro terá como tema central a família, explicitando a
preocupação da Igreja Católica com o núcleo familiar e seus desafios na
modernidade já no título: “Os desafios pastorais sobre a família no
contexto da evangelização”.
Uma Assembleia Geral Extraordinária como
essa não era realizada desde 1985, quando o então sumo pontífice, João
Paulo II, presidiu o Sínodo alusivo aos 20 anos do Concílio Ecumênico
Vaticano II, que reformou a religião de forma profunda e duradoura. Para
preparar o encontro o Vaticano enviou aos bispos de todas as dioceses
do mundo um questionário em que os dirigentes deverão responder com base
em suas formações, culturas distintas e diferenças regionais expondo
suas posições sobre assuntos relacionados ao tema e altamente
nevrálgicos.
O questionário(vide nesta página) é recheado com
perguntas que vão fazer muitos bispos engolirem em seco para responder
indagações como união de pessoas de mesmo sexo e se é possível prestar
alguma atenção pastoral a elas, adoção de crianças por casais
homossexuais, crise de gerações, separados e divorciados e sua inserção
na igreja.
O próprio papa Francisco, um pregador incansável do
ecumenismo, manifestou-se pela oitiva de outros segmentos religiosos
para avaliar a extensão dos conceitos sobre assuntos tão prementes e
modernos. Quando dirigia a arquidiocese de Buenos Aires, o então cardeal
Jorge Mário Bergoglio se tornou mundialmente conhecido por congregar
pastores evangélicos, dirigentes ortodoxos e rabinos judeus para rezarem
todos juntos e discutirem problemas comuns a toda a sociedade. Agora
com a responsabilidade de dirigir toda a Igreja Católica o desafio é
adaptar a discussão às novas realidades do mundo moderno.
Buscando
ampliar o debate e saber a posição de diferentes setores da sociedade
com orientações religiosas também diversas o Diário da Manhã procurou
pensadores e o resultado aponta para convergências em alguns pontos e
discordância em outros, tudo dentro da moral religiosa pregada por esses
segmentos. Católicos e evangélicos indicam posturas mais convergentes,
enquanto espíritas têm a tolerância como tônica principal para atrair e
repelem a discriminação como fator para ampliar a missão evangelizadora.
REFERÊNCIA
Pedro Sérgio dos Santos é graduado em Filosofia e Teologia e mestre e
doutor em Direito. Fala como leigo, mas é ex-seminarista franciscano.
Hoje é advogado, professor universitário e diretor da Faculdade de
Direito da UFG. Quando colocado diante do primeiro questionamento feito
pelo Vaticano sobre se a família é um lugar privilegiado para o início
da evangelização, Pedro Sérgio mostra que suas posições convergem com a
doutrina da igreja, mesmo tendo sido militante de esquerda.
“A
família é o local da primeira catequese”, comenta Pedro Sérgio,
lembrando que a própria Igreja Católica coloca essa definição em seus
documentos. “O indivíduo se torna cristão ou de qualquer outra religião a
partir da informação recebida no seio familiar”.
Há uma situação em
que se faz necessário conciliar, segundo o mestre e doutor, e que diz
respeito à pregação social que o papa Francisco tem manifestado sempre.
“O papa tem mostrado que é preciso ter uma preocupação com o homem de
forma integral. Uma família que não tem onde morar terá dificuldade para
fazer sua catequese. Um pai de família desempregado terá dificuldade de
falar em religião com os filhos porque sua preocupação será primeiro
garantir a comida. Essas situações de miséria e pobreza que estão no
mundo inteiro são problemas que devem ser enfrentados para dar vida
plena ao indivíduo. Por isto a Igreja fala em ‘opção preferencial pelos
pobres”.
A moral religiosa é uma e a postura do Estado frente a
demandas sociais não se convergem, na observação de Pedro Sérgio. Sob a
ótica de um leigo defensor do direito dos cidadãos existe uma distinção
das coisas. Um exemplo claro disso é mostrado quando o assunto gira
sobre questões similares como adoção de crianças por casais homossexuais
e casamento gay.
“Uma coisa é o Estado, que é laico, sem ligação
com religião alguma, aprova união de pessoas do mesmo sexo e adoção de
crianças por casais homossexuais. Isto é o que o Estado aprova. Agora a
doutrina cristã católica e da maior parte das igrejas evangélicas
entende que a família é formada por um homem e uma mulher e que o ser
humano ao nascer e crescer, seja ele de pais biológicos ou adotivos, tem
o direito de ter o referencial do homem e da mulher. Assim foi a
criação de Deus, a natureza, e assim o ser humano tem o direito de saber
essas duas versões. Quando você coloca um casal homossexual para adotar
uma criança você tira dessa criança o direito dela ter as duas
perspectivas de personalidades em sua formação”, comenta.
Sua
posição jurídica frente a essas questões é no mesmo sentido da religião:
se duas pessoas têm intenção de viver juntas, juridicamente o Estado
pode permitir, mas adotar uma criança extrapola os limites individuais.
Pedro Sérgio lembra que se o Estado permite que casais do mesmo sexo
adotem uma criança estará privando essa criança do direito de ter a
referência do masculino e do feminino, necessárias para sua formação.
“Mas, a igreja não pode repelir os homossexuais, como frisou o papa
Francisco”, comenta o professor. “A igreja não pode condenar nem julgar
ninguém. A igreja entende que, embora não concorde com o homossexualismo
deva acolher homossexuais, assim como muitas outras situações como
prostitutas. A igreja não concorda com a prostituição, mas dever ter uma
postura de acolhimento e de esclarecimento, não de exclusão”, avalia.
A relação dos indivíduos com a Igreja Católica e seus princípios de
moral religiosa pode ser entendida sob uma explicação jurídica, de
acordo com Pedro Sérgio. “A relação com a igreja é uma espécie de
adesão, em que ela tem uma doutrina como qualquer outra religião. Ao
aderir à sua doutrina estarei aderindo ao pacote inteiro e não apenas a
uma parte que me interessa. Se uma pessoa é homossexual deve aderir
inteira à doutrina, mesmo sabendo que sua conduta é reprovada pela
igreja e que deve abandonar as práticas que vão de encontro a essa
doutrina”.
INTEGRALIDADE FAMILIAR
O pastor evangélico
Agostinho Lopes de Oliveira é presidente da Associação de Pastores da
Grande Goiânia, instituição que reúne as Igrejas de Cristo na região
metropolitana. Respeitado por ser um dos bons pensadores da doutrina
evangélica em Goiás e com referenciais de nível nacional, o veterinário
de profissão está longe do esteriótipo de evangélico tradicional e
conservador. Sabe viver com alegria e definir os limites do “bem viver” e
do que pode desviar o indivíduo de seus preceitos religiosos. Prova
disso é sua paixão pelo Vila Nova e por uma boa pescaria.
Na hora de
avaliar questionamentos modernos que famílias e pessoas precisam
enfrentar, o pastor Agostinho encara a missão com clareza de pensamento e
se despe de dogmas religiosos, buscando conceitos filosóficos e
religiosos bem parecidos com os do católico Pedro Sérgio. “O foco da
evangelização deve ser a família, por ser a célula original da
sociedade. Evangelizar de forma eficiente e clara a família abre um
caminho precioso para evangelizar a sociedade. As igrejas evangélicas
procuram atender às famílias de forma integral, em seus sentimentos e
almas, levando a salvação aos indivíduos de forma plena”, explica.
A
união homossexual também é frontalmente combatida pela doutrina
evangélica, que Agostinho Lopes justifica com conceitos bíblicos. “A
partir do princípio de que Deus criou homem e mulher entendemos que a
instituição familiar é igualmente criação de Deus. A família não é
somente para fins de procriação, mas para perpetuação da espécie e para a
realização das pessoas. Daí entendemos que Deus não permitiria a união
de pessoas do mesmo sexo, até porque isto não traz benefício nenhum para
a sociedade. Ao contrário, isto é motivo de desagregação social em
vários setores. As pessoas tendem a acreditar que isto possa ser indutor
de paz social a curto prazo, mas a longo prazo será motivo de grande
desajuste para toda a sociedade”.
Demonstrando desapego para com
ideias pré-concebidas e abrindo a alternativa de livre-arbítrio para os
indivíduos o pastor Agostinho lembra que “não se pode esconder em
preconceitos e renegar quem faça sua escolha”, pois cada um é livre para
escolher seu caminho e escolhas, mas com a ressalva de que “sob a ótica
das Sagradas Escrituras isto é reprovável”.
De igual maneira o
pastor avalia que algumas pessoas acreditam que permitir adoção de
crianças por casais homossexuais possa representar algum benefício
social, mas que a médio e longo prazo isto poderá se revelar maléfico
para todos. “A princípio dar um lar a crianças pode até ser entendido
como contribuição social, mas no futuro isto irá provocar uma degradação
moral muito grande e uma série de conflitos para esses indivíduos
criados no seio de famílias homossexuais. A criança precisa de
referenciais de figuras masculina e feminina para afirmação de sua
personalidade e de sua autoestima”, avalia Agostinho fazendo coro ao
professor católico.
Quando a indagação é sobre questões modernas
como a utilização de “mães de substituição”, a conhecida e contemporânea
“barriga de aluguel”, o pastor se mostra igualmente antenado com a
discussão ressalvando problemas ainda desconhecidos e desagradáveis no
futuro. “O sonho de ser mãe é direito de todas as mulheres. Entretanto, o
benefício inicial poderá ser convertido em um problema futuro, como a
dificuldade de identificação da criança gerada por esse meio, que foge à
naturalidade da concepção e da maternidade”.
A utilização de mídias
sociais modernas como twitter e facebook abre a possibilidade de
difusão do Evangelho com mais efetividade e o pastor líder de outros
pastores faz uma severa advertência: não se deve usar meios de
comunicação em ações pastorais e evangelizadoras como forma de ganhar
dinheiro e fazer fortuna. “Usar programas de televisão ou outra forma de
mídia para pregar o Evangelho e ganhar dinheiro é ir no sentido
contrário ao que Nosso Senhor nos ensinou a ‘dar de graça o que de graça
recebemos”.
TOLERÂNCIA E CONVIVÊNCIA PACÍFICA
Na doutrina
espírita o princípio da aceitação do livre-arbítrio é um paradigma. A
“fé raciocinada”, forma de compreensão do Evangelho codificada pelo
educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivailal, que adotou o
pseudônimo de Allan Kardec para difundir seus pensamentos, avalia
questões de natureza moral e religiosa com postura mais liberal e de
aceitação.
Para a fonoaudióloga e instrutora de cursos de oratória
Ivana Raisky, que é a atual presidente da Federação Espírita de Goiás,
preconceitos e intolerância não contribuem em nada para a evolução dos
espíritos. Ela explica que a doutrina espírita adota uma postura muito
mais conciliatória e tolerante frente a assuntos graves e que isto deve
se traduzir em benefícios para os indivíduos.
“A família é o
primeiro estágio de convivência com outras pessoas e com o nosso afeto.
Então a família tem um papel muito importante do ser que está
renascendo, pois conforme nossa concepção a cada vez que uma criança
nasce o que se processa é que estamos renascendo, porque já tivemos uma
oportunidade aqui de aprendizado e de evolução. Devemos enxergar que
todos os que compõem a família são cuidadores, pais e irmãos que fazem
parte da formação do caráter e da personalidade desse indivíduo que está
tendo uma oportunidade aqui”, explica.
Uma questão nevrálgica como
homossexualismo é vista como longe de ser um tabu para os espíritas e
até mesmo a adoção de crianças por casais homossexuais. Ivana Raisky
explica que a postura adotada pelos espíritas é de “respeito” por se
tratar de irmãos da mesma forma. “Muito mais importante do que a opção
sexual de cada um é a conduta desse indivíduo. Sendo homossexual ou
heterossexual qual é sua postura frente à vida, à sociedade e aos demais
irmãos? Nossa perspectiva é a do respeito, do acolhimento e da
inclusão, não do preconceito e da criminalização”.
Se casais
homossexuais decidem adotar uma criança a postura dos espíritas é de
normalidade. “Nós entendemos ser muito importante que essa criança
cresça no lar, onde receberá uma atenção diferenciada do que em uma
instituição estatal. Um casal que se dispõe a receber uma criança
concebida e gerada por outras pessoas está disposto a amar e dar
cuidado. Nós avaliamos ser melhor essa criança ser cuidada por dois pais
ou duas mães do que ser criada em um orfanato”, comenta.
Se isto
representará alguma alteração no comportamento ou no caráter dessa
criança a doutrina espírita considera que será decorrente da postura e
da conduta do casal que a cria. “Sabemos que existem casais
heterossexuais que não demonstram o mesmo caráter e a mesma conduta que
homossexuais e que isto pode influenciar de modo negativo crianças que
crescem nesse meio”.
O mais importante, segundo Ivana Raisky, é a
necessidade de amor e preocupação para com a evolução do indivíduo,
apesar de considerar que o natural é que a família seja composta por um
homem e uma mulher.
QUESTIONÁRIO NA ÍNTEGRA
As seguintes
perguntas permitem às Igrejas particulares participar ativamente na
preparação do Sínodo Extraordinário, que tem a finalidade de anunciar o
Evangelho nos atuais desafios pastorais a respeito da família.
1 - SOBRE A DIFUSÃO DA SAGRADA ESCRITURA E DO MAGISTÉRIO DA IGREJA A PROPÓSITO DA FAMÍLIA
a) Qual é o conhecimento real dos ensinamentos da Bíblia, da “Gaudium
et spes”, da “Familiaris consortio” e de outros documentos do Magistério
pós-conciliar sobre o valor da família segundo a Igreja católica? Como
os nossos fiéis são formados para a vida familiar, em conformidade com o
ensinamento da Igreja?
b) Onde é conhecido, o ensinamento da Igreja
é aceite integralmente. Verificam-se dificuldades na hora de o pôr em
prática? Se sim, quais?
c) Como o ensinamento da Igreja é difundido
no contexto dos programas pastorais nos planos nacional, diocesano e
paroquial? Que tipo de catequese sobre a família é promovida?
d) Em
que medida – e em particular sob que aspectos – este ensinamento é
realmente conhecido, aceite, rejeitado e/ou criticado nos ambientes
extra-eclesiais? Quais são os fatores culturais que impedem a plena
aceitação do ensinamento da Igreja sobre a família?
2 - SOBRE O MATRIMÓNIO SEGUNDO A LEI NATURAL
a) Que lugar ocupa o conceito de lei natural na cultura civil, quer nos
planos institucional, educativo e académico, quer a nível popular? Que
visões da antropologia estão subjacentes a este debate sobre o
fundamento natural da família?
b) O conceito de lei natural em
relação à união entre o homem e a mulher é geralmente aceite, enquanto
tal, por parte dos batizados?
c) Como é contestada, na prática e na
teoria, a lei natural sobre a união entre o homem e a mulher, em vista
da formação de uma família? Como é proposta e aprofundada nos organismos
civis e eclesiais?
d) Quando a celebração do matrimónio é pedida
por batizados não praticantes, ou que se declaram não-crentes, como
enfrentar os desafios pastorais que disto derivam?
3 – A PASTORAL DA FAMÍLIA NO CONTEXTO DA EVANGELIZAÇÃO
Quais foram as experiências que surgiram nas últimas décadas em ordem à
preparação para o matrimónio? Como se procurou estimular a tarefa de
evangelização dos esposos e da família? De que modo promover a
consciência da família como “Igreja doméstica”?
Conseguiu-se propor estilos de oração em família, capazes de resistir à complexidade da vida e da cultural contemporânea?
Na atual situação de crise entre as gerações, como as famílias cristãs
souberam realizar a própria vocação de transmissão da fé?
De que modo as Igrejas locais e os movimentos de espiritualidade familiar souberam criar percursos exemplares?
Qual é a contribuição específica que casais e famílias conseguiram
oferecer, em ordem à difusão de uma visão integral do casal e da família
cristã, hoje credível?
Que atenção pastoral a Igreja mostrou para sustentar o caminho dos casais em formação e dos casais em crise?
4 – SOBRE A PASTORAL PARA ENFRENTAR ALGUMAS SITUAÇÕES MATRIMONIAIS DIFÍCEIS
a) A convivência ad experimentum é uma realidade pastoral relevante na
Igreja particular? Em que percentagem se poderia calculá-la
numericamente?
b) Existem uniões livres de facto, sem o reconhecimento religioso nem civil? Dispõem-se de dados estatísticos confiáveis?
c) Os separados e os divorciados recasados constituem uma realidade
pastoral relevante na Igreja particular? Em que percentagem se poderia
calculá-los numericamente? Como se enfrenta esta realidade, através de
programas pastorais adequados?
d) Em todos estes casos: como vivem
os batizados a sua irregularidade? Estão conscientes da mesma?
Simplesmente manifestam indiferença? Sentem-se marginalizados e vivem
com sofrimento a impossibilidade de receber os sacramentos?
e) Quais
são os pedidos que as pessoas separadas e divorciadas dirigem à Igreja,
a propósito dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação? Entre as
pessoas que se encontram em tais situações, quantas pedem estes
sacramentos?
f) A simplificação da praxe canónica em ordem ao
reconhecimento da declaração de nulidade do vínculo matrimonial poderia
oferecer uma contribuição positiva real para a solução das problemáticas
das pessoas interessadas? Se sim, de que forma?
g) Existe uma
pastoral para ir ao encontro destes casos? Como se realiza esta
atividade pastoral? Existem programas a este propósito, nos planos
nacional e diocesano? Como a misericórdia de Deus é anunciada a
separados e divorciados recasados e como se põe em prática a ajuda da
Igreja para o seu caminho de fé?
5 - SOBRE AS UNIÕES DE PESSOAS DO MESMO SEXO
a) Existe no vosso país uma lei civil de reconhecimento das uniões de
pessoas do mesmo sexo, equiparadas de alguma forma ao matrimónio?
b)
Qual é a atitude das Igrejas particulares e locais, quer diante do
Estado civil promotor de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, quer
perante as pessoas envolvidas neste tipo de união?
c) Que atenção pastoral é possível prestar às pessoas que escolheram viver em conformidade com este tipo de união?
d) No caso de uniões de pessoas do mesmo sexo que adotaram crianças,
como é necessário comportar-se pastoralmente, em vista da transmissão da
fé?
6 - SOBRE A EDUCAÇÃO DOS FILHOS NO CONTEXTO DAS SITUAÇÕES DE MATRIMÓNIOS IRREGULARES
a) Qual é nestes casos a proporção aproximativa de crianças e
adolescentes, em relação às crianças nascidas e educadas em famílias
regularmente constituídas?
b) Com que atitude os pais se dirigem à
Igreja? O que pedem? Somente os sacramentos, ou inclusive a catequese e o
ensinamento da religião em geral?
c) Como as Igrejas particulares
vão ao encontro da necessidade dos pais destas crianças, de oferecer uma
educação cristã aos próprios filhos?
d) Como se realiza a prática sacramental em tais casos: a preparação, a administração do sacramento e o acompanhamento?
7 - SOBRE A ABERTURA DOS ESPOSOS À VIDA
a) Qual é o conhecimento real que os cristãos têm da doutrina da
Humanae vitae a respeito da paternidade responsável? Que consciência têm
da avaliação moral dos diferentes métodos de regulação dos nascimentos?
Que aprofundamentos poderiam ser sugeridos a respeito desta matéria,
sob o ponto de vista pastoral?
b) Esta doutrina moral é aceite?
Quais são os aspectos mais problemáticos que tornam difícil a sua
aceitação para a grande maioria dos casais?
c) Que métodos naturais
são promovidos por parte das Igrejas particulares, para ajudar os
cônjuges a pôr em prática a doutrina da Humanae vitae?
d) Qual é a experiência relativa a este tema na prática do sacramento da penitência e na participação na Eucaristia?
e) Quais são, a este propósito, os contrastes que se salientam entre a doutrina da Igreja e a educação civil?
f) Como promover uma mentalidade mais aberta à natalidade? Como favorecer o aumento dos nascimentos?
8 - SOBRE A RELAÇÃO ENTRE A FAMÍLIA E A PESSOA
a) Jesus Cristo revela o mistério e a vocação do homem: a família é um lugar privilegiado para que isto aconteça?
b) Que situações críticas da família no mundo contemporâneo podem tornar-se um obstáculo para o encontro da pessoa com Cristo?
c) Em que medida as crises de fé, pelas quais as pessoas podem atravessar, incidem sobre a vida familiar?
9 - OUTROS DESAFIOS E PROPOSTAS
Existem outros desafios e propostas a respeito dos temas abordados
neste questionário, sentidos como urgentes ou úteis por parte dos
destinatários?
http://www.dm.com.br/texto/152635-famalia-no-centro-dos-debates
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