04/06/14
Reunião é tentativa de conscientizar sobre a importância de dar chance a crianças maiores
Mais de 200 pessoas participaram nesta quarta-feira, dia 4 de junho, do Seminário Sobre Adoção Tardia, promovido pela secretaria de Assistência Social (Semas) na Comunidade Evangélica de Mesquita. O principal objetivo do evento, que reuniu representantes de instituições de acolhimento, do Poder Judiciário e de secretarias de assistência social de vários municípios da Baixada e do Rio, foi conscientizar as pessoas sobre a importância de dar chance a uma criança de ter uma família, ainda que ela já tenha mais de 7 anos de idade.
O secretário de Assistência Social de Mesquita, Leonardo Ribas, abriu o evento lembrando que adoção nunca é tardia, pois é um ato de amor e para amar e ser amado nunca é tarde. “Vivemos numa sociedade marcada pela exclusão, pelo descartável. Hoje vemos pessoas em situação de rua, jogadas nas calçadas como objetos e perdemos a sensibilidade. Esse encontro visa resgatar a sensibilidade, o sentimento e acabar com essa concepção de quem quer adotar de que apenas os bebês são opção”, frisou.
O seminário contou com a participação de representantes de várias entidades, do Ministério Público e do Conselho Tutelar de Mesquita. Para a defensora pública da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Nova Iguaçu, Heloísa Ferreira, a maioria das pessoas olha as crianças abrigadas com pena como se ao retirá-las dessa situação estivessem praticando um ato de caridade. “Não é assim que tem que ser, por isso eu sempre digo, se tem dúvidas não adote, pois existem inúmeros casos em que os pais devolvem a criança. Criam expectativa de dar um lar e depois destroem tudo, e ainda impossibilitam que aquela criança seja adotada por outros pretendentes durante o período em que ficaram com elas”, ressaltou.
Já o gerente da Casa de Acolhimento e Cidadania (CAC) de Mesquita, Fábio Fernando de Azevedo ressaltou que muitas vezes o bebê tão desejado pelos pais adotivos não se torna aquele adulto que a pessoa sonhou. “Isso acontece até mesmo com os filhos biológicos. Já no caso da adoção de crianças maiores, os pais já sabem exatamente o que estão levando e na maioria das vezes são crianças maravilhosas, que dão muito valor a nova família justamente por nunca ter tido uma. Adotar é dar a oportunidade a alguém de ter uma família e não a satisfação própria de quem adota”, frisou.
http://www.mesquita.rj.gov.br/?p=11159
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