04/06/2014
Todos os dias, 18 mil menores de 5 anos morrem por causas evitáveis, segundo a ONU
Era 19 de agosto de 1982 e a Assembleia Geral das Nações Unidas realizava uma reunião de emergência sobre a Palestina. No encontro, o número alarmante de crianças palestinas e libanesas que sofriam atos de violência e agressão em Israel chamou a atenção e, sensibilizados com a causa, os oficiais decidiram implantar uma resolução (ES-1/8) e criar o Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão, celebrado em 4 de junho de todo ano, com objetivo de reconhecer e relembrar a dor sofrida por menores em todo o mundo.
Desde então, há 32 anos, este dia serve para reflexão e mobilização sobre os compromissos da ONU e de todo o mundo com os direitos das crianças.
Entre os casos e metas apontadas como prioritárias pelas Nações Unidas, estão: redução da violência armada, registro civil de nascimento, trabalho infantil, casamento infantil, recrutamento de crianças por forças armadas ou grupos armados, tráfico de crianças, privação de cuidados parentais, crianças com deficiência, separação de famílias em casos de emergência, mutilação genital feminina, violência baseada no gênero em situações de emergência, minas terrestres e armas explosivas.
Após a criação da data, muito foi realizado em prol dos 2,2 bilhões de meninos e meninas do mundo, especialmente por causa da Convenção dos Direitos da Criança (CDC), criada em 20 de novembro de 1989. Ou seja, há quase 25 anos, o mundo assumiu um compromisso: que faria o possível para proteger e promover os direitos dos menores – de sobrevivência e prosperidade; de aprendizado e crescimento; de ouvir suas vozes e permiti-los desenvolver seu potencial.
Números de um relatório da ONU de 2013 revelam alguns avanços em relação ao tema, tais como as mortes por sarampo entre os menores de 5 anos, que caiu de 482 mil, em 2000, para 86 mil em 2012; e o acesso ao saneamento básico que evoluiu desde 1990: 1,9 bilhão de pessoas passaram a ser contempladas na última década.
DADOS ALARMANTES
No entanto, há muito a ser feito: ainda hoje, todos os dias, 18 mil crianças abaixo dos 5 anos morrem, sendo 6,6 milhões por causas evitáveis – se tivessem acesso ao básico. Para se ter ideia, 15% de toda a população infantil mundial ainda são obrigados a trabalhar, sendo privados dos direitos ao estudo e lazer.
A violência atinge todas as classes sociais, em todos os países do mundo. Porém, entre os menores, alguns são particularmente vulneráveis às agressões por aspectos de gênero, raça, etnia ou questões socioeconômicas.
Segundo dados da ONU de 2013, os maiores índices de vulnerabilidade estão associados com crianças com deficiências sociais: órfãs, indígenas, de grupos étnicos minoritários ou marginalizados.
“Uma questão que não nos damos conta, normalmente, é a do registro civil. Toda criança merece ter um nome e uma nacionalidade, no mínimo. A falta de registro pode não ser uma agressão, mas é uma violação. Além disso, abre espaço para outros tipos de violência: adoções ilegais, tráfico de órgãos, enfim, elas não existem para o Estado e suas políticas públicas. É o caso de comunidades indígenas no Brasil, por exemplo, que têm 42% das crianças de 0 a 1 ano sem registro, segundo dados do IBGE”, lembra a Oficial de Proteção do Unicef no Brasil, Fabiana Gorenstein.
Outros riscos apontados pelas Nações Unidas são: viver e morar nas ruas e em comunidades com altas taxas de desigualdade, desemprego e pobreza, além de regiões onde acontecem desastres naturais e conflitos armados – todos estes fatores deixam os menores expostos.
Foto: Getty ImagesFonte: TerraPostador: Edson Gilmar
http://surgiu.com.br/noticia/156608/unicef-agressao-crianca-ainda-se-disfarca-de-boa-educacao.html
No entanto, há muito a ser feito: ainda hoje, todos os dias, 18 mil crianças abaixo dos 5 anos morrem, sendo 6,6 milhões por causas evitáveis – se tivessem acesso ao básico. Para se ter ideia, 15% de toda a população infantil mundial ainda são obrigados a trabalhar, sendo privados dos direitos ao estudo e lazer.
A violência atinge todas as classes sociais, em todos os países do mundo. Porém, entre os menores, alguns são particularmente vulneráveis às agressões por aspectos de gênero, raça, etnia ou questões socioeconômicas.
Segundo dados da ONU de 2013, os maiores índices de vulnerabilidade estão associados com crianças com deficiências sociais: órfãs, indígenas, de grupos étnicos minoritários ou marginalizados.
“Uma questão que não nos damos conta, normalmente, é a do registro civil. Toda criança merece ter um nome e uma nacionalidade, no mínimo. A falta de registro pode não ser uma agressão, mas é uma violação. Além disso, abre espaço para outros tipos de violência: adoções ilegais, tráfico de órgãos, enfim, elas não existem para o Estado e suas políticas públicas. É o caso de comunidades indígenas no Brasil, por exemplo, que têm 42% das crianças de 0 a 1 ano sem registro, segundo dados do IBGE”, lembra a Oficial de Proteção do Unicef no Brasil, Fabiana Gorenstein.
Outros riscos apontados pelas Nações Unidas são: viver e morar nas ruas e em comunidades com altas taxas de desigualdade, desemprego e pobreza, além de regiões onde acontecem desastres naturais e conflitos armados – todos estes fatores deixam os menores expostos.
Foto: Getty ImagesFonte: TerraPostador: Edson Gilmar
http://surgiu.com.br/noticia/156608/unicef-agressao-crianca-ainda-se-disfarca-de-boa-educacao.html
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