FILHOS ADOTIVOS
Pela visão espírita, todos somos adotados.
Porque a cada encarnação, mudamos de pais consanguíneos, mas em todas elas Deus é sempre o mesmo Pai.
Mas, para entendermos melhor a existência desta experiência na vida de
muitos pais, é necessário analisá-lo sob a óptica espírita, sob a luz da
reencarnação.
A formação de um lar é um planejamento que se
desenvolve no Mundo Espiritual. Sabemos que nada ocorre por acaso. Assim
como filhos biológicos, nossos filhos adotivos também são companheiros
de vidas passadas.
E nossa vida de hoje é resultado do que
angariamos para nós mesmos, no passado. Surge, então, a indagação: “se
são velhos conhecidos e deverão se encontrar no mesmo lar, por que já
não nasceram como filhos naturais?”
Na literatura espírita
encontramos vários casos de filhos que, em função do orgulho, do egoísmo
e da vaidade, se tornaram tiranos de seus pais, escravizando-os aos
seus caprichos e pagando com ingratidão e dor a ternura e zelo paternos.
De retorno à Pátria Espiritual (ao desencarnarem), ao despertarem-lhes a
consciência e entenderem a gravidade de suas faltas, passam a trabalhar
para recuperarem o tempo perdido e se reconciliarem com aqueles a quem
lesaram afetivamente.
Assim, reencontram aqueles mesmos pais a quem
não valorizaram, para devolver-lhes a afeição machucada, resgatando o
carinho, o amor e a ternura de ontem. Porque a lei é a de Causa e
Efeito.
Não aproveitada a convivência com pais amorosos e
desvelados, é da Lei Divina que retomem o contato com eles como filhos
de outros pais chegando-lhes aos braços pelas vias de adoção.
Aos
pais cabe o trabalho de orientar estes filhos e conduzi-los ao caminho
do bem, independente de serem filhos consanguíneos ou não.
A
responsabilidade de pais permanece a mesma. Recebendo eles no lar a
abençoada experiência da adoção, Deus sinaliza aos cônjuges estar
confiando em sua capacidade de amar e ensinar, perdoar e auxiliar aos
companheiros que retornam para hoje valorizarem o desvelo e atenção que
ontem não souberam fazer.
Trazem no coração desequilíbrios de outros
tempos ou arrependimento doloroso para a solução dos quais pedem, ao
reencarnarem, a ajuda daqueles que os acolhem, não como filhos do corpo,
mas sim filhos do coração. Allan Kardec elucida: “Não são os da
consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e
da comunhão de ideias”.
Fonte: http://www.samaritanos.com.br/2012/07/12/filhos-adotivos-na-visao-espirita/
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