GOVERNO VAI “AVALIAR E REVER” O SISTEMA DE ACOLHIMENTO E DE ADOÇÃO EM PORTUGAL
11 de Junho de 2013
Lusa
O ministro da Solidariedade e Segurança Social avançou hoje que o
Governo irá “avaliar e rever” o sistema de acolhimento e de adoção em
Portugal.
No discurso de intervenção
na Comissão de Segurança Social e Trabalho, o ministro da Solidariedade
e Segurança Social, Pedro Mota Soares, adiantou que o sistema de
acolhimento, “enquanto resposta social com funções interligadas ao
sistema de proteção” merece “um aprofundamento do seu modelo
enquadrador”.
“Decorridos mais de dez anos da sua aprovação, e
perante novos fenómenos e novas problemáticas, os mecanismos previstos
na lei deverão adequar-se”, frisou.
Mota Soares disse ainda que a
lei de proteção de crianças e jovens em perigo, assim como a legislação
que cria a Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo
(CNPCJ) deverão “atualizar-se”.
“Igualmente propomos a revisão da
organização tutelar de menores e do que sobre esta questão é aflorado no
regime jurídico da adoção”, acrescentou.
O ministro adiantou que
deve ser assegurado o acompanhamento de proximidade às CPCJ, a
clarificação da sua autonomia, dos mecanismos de autoridade e do
enquadramento tutelar, “com base no importante contributo dado até agora
pelas comissões”.
“Devemos saber redefinir as atribuições e
composição das CPCJ, para que estejam preparadas para os desafios de
hoje”, sublinhou.
Segundo o ministro, o Governo pretende reforçar e
adequar os tempos de afetação dos técnicos às comissões, unificar o
processo de proteção das CPCJ e dos tribunais numa única aplicação
informática.
“Até ao final do ano pretendemos ainda contratar cerca
de 200 novos técnicos para reforço das comissões de proteção de crianças
e jovens, reforçando o número de professores e técnicos de saúde que
lhes estão afetadas”, acrescentou.
Relativamente às questões ligadas
mais diretamente à adoção, Mota Soares adiantou que irá ser feito o
levantamento dos procedimentos relevantes no âmbito do Instituto da
Adoção e reforçados os mecanismos de adoção internacional, que permita
criar um quadro jurídico comum à Comunidade de Países de Língua
Portuguesa, sobre as questões relacionadas com a proteção de crianças.
Outra medida passa por avaliar a necessidade de conselho de ética para a
adoção e a reativação e promoção do observatório da criança, disse Mota
Soares.
http://www.radionova.fm/noticias/ler/13444
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