GÊMEOS ADOTADOS PROCURAM FAMÍLIA BIOLÓGICA
Quarta-Feira , 19 de Junho de 2013
MINHA HISTÓRIA
Logo depois do nosso nascimento, minha mãe biológica foi embora e pediu
para a enfermeira – que fossemos adotados por uma família que tivesse
uma boa condição financeira, para poder cuidar de nós com mais conforto
"Eu e Jessé somos bivitelinos e nascemos em 17 de julho de 1964 no
Hospital Augusto de Oliveira Camargo em Indaiatuba, interior de São
Paulo. Mas, fomos registrados dia 23/07/1964 como filhos legítimos pelos
nossos pais adotivos Miguel Oliva e Rosa Spina. Minha mãe adotiva já
tinha 19 filhos – dos quais três já haviam falecidos. Depois de perder 3
filhos, Deus colocou no coração dos meus pais, o desejo de nos adotar.
Eles ficaram felizes com a possibilidade, mesmo já tendo 16 filhos
vivos.
Um casal de médicos queria nos adotar, mas desistiram porque
estávamos muito doentes. As madres do hospital tinham o hábito de vender
bebês para casais interessados em adoção – mas como sabiam que nossa
família era cristã, elas não falaram em pagamento – e nos entregaram sem
problemas.
Fomos bem recebidos e bem criados – pois, papai e mamãe
já eram aposentados, tinham uma vida tranquila e nos tratavam como os
príncipes caçulas. Aos 10 anos ficamos sabendo da adoção, mas nunca
fomos atrás de informações sobre nossa família biológica em respeito aos
nossos pais adotivos.
Por volta de 2002, depois que eles faleceram,
comecei minha busca pessoal por informações sobre o nosso nascimento.
Fui ao hospital e descobri que os dados que constavam no livro de
registro não eram verdadeiros. Lá constava o nascimento de duas meninas –
uma história que as madres inventaram para esconder dados da minha
família biológica.
Segundo o Hospital Augusto de Oliveira Camargo
(onde nascemos), minha mãe biológica havia morrido no parto e que a
família dela era muito carente, tinham muitos filhos e poucos recursos.
Como não tinham condições de nos criar, a família optou por nos entregar
à adoção. Todavia, essa história foi descartada, pois fui atrás dessa
mãe que morreu no parto – eu descobri que ela tinha tido duas meninas
gêmeas e não meninos. Descobri também que na época, as madres costumavam
trocar os registros de nascimento.
Conheci a enfermeira (já
falecida) que cuidou da minha mãe biológica, que me contou uma história
distinta. Ela disse que minha mãe era uma moça linda, rica e que não
queria nos doar. Mas, o pai dela (meu avô biológico) não quis que ela
ficasse conosco, porque tinha apenas 15 anos de idade, era solteira e
nosso pai biológico não era bem vindo à família.
Logo depois do
nosso nascimento, minha mãe biológica foi embora e pediu para a
enfermeira – que fossemos adotados por uma família que tivesse uma boa
condição financeira, para poder cuidar de nós com mais conforto. Na
ocasião, a enfermeira ainda ressaltou que para adotar dois bebês de uma
só vez, teria de ser mesmo uma família com recursos. A enfermeira
conheceu minha filha Rosa e disse (impressionada) que ela se parece
muito com a minha mãe biológica.
Ainda desejo muito encontrar
informações verdadeiras a respeito do meu nascimento e dados da minha
família biológica. Caso alguém tenha algum indício dessa história, por
favor, entre em contato através do meu e-mail: gerdeloliva@bol.com.br
Deus abençoe pelo espaço, Gerdel Oliva"
Foto: (Gerdel e Jessé com os pais adotivos Miguel Oliva e Rosa Spina)
http://www.newsrondonia.com.br/noticias/gemeos+adotados+procuram+familia+biologica/33961
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