por Edilson Alencar
Dois irmãos de dois e três anos estavam desde outubro do ano passado
com Márcia Maria Azevedo Silvério e Maria Auxiliadora Velasques, que
tinham a guarda provisória das crianças. Segundo elas, o acordo com a
assistente social de Cordislândia (MG) era de que as crianças ficassem
por dois meses com elas até que os meninos recuperassem a saúde. Mas os
irmãos ficaram por um ano com as mulheres. Agora, a Justiça entregou os
meninos para outra família que tem a adoção definitiva das crianças.
Com a cabeça baixa, sem conter a emoção, Maria Auxiliadora conta como
concordou ficar com o menino. “Eu aceitei porque era só 15 dias, e
depois pediram para mais dois meses. E aí não falaram mais nada e
deixaram com a gente.” “Ele ficou um ano”, continua a professora Márcia.
“E nesse ano, o vínculo que nasceu entre nós foi muito grande.”
Segundo as mulheres, os irmãos eram de uma família de Cordislândia que
não tinham condições de ficar com eles. Por isso, enquanto a Justiça
buscava por um lar definitivo, elas cuidariam dos garotos. As famílias
já estavam com os documentos preparados para dar entrada no pedido de
adoção dos meninos, mas a decisão de tirar as crianças veio antes.
“O advogado falou que quando fizesse um ano, a gente podia entrar com o
pedido de adoção deles, mas não deu tempo”, desabafa Maria. As duas
foram comunicadas nesta quarta-feira (30) sobre a decisão do juiz, que
determinou a entrega dos irmãos para uma família de São Gonçalo do
Sapucaí (MG).
“A gente não sabe o que é melhor”, afirma Márcia. “Não
posso falar que a outra família não vá cuidar bem deles, é um casal
jovem que tem a oportunidade de oferecer pra ele um futuro até melhor do
que eu posso oferecer, mas esse vínculo que nasceu entre nós está
doendo demais, saber que ele vai embora.”
“É um pedaço de mim”,
desabafa Maria. “Da minha família. Todo mundo ama ele. Eles dizem que os
dois tem que ficar juntos, mas eles estão sempre juntos aqui”, comenta a
dona de casa sobre o argumento da Justiça de os irmãos serem adotados
juntos por uma família.
O juiz da Vara da Infância e Juventude de
São Gonçalo do Sapucaí, José Dimas, não quis falar sobre o caso, que
corre em segredo de Justiça.
Mulheres tentam recuperar guarda de crianças em Cordislândia (Foto: Reprodução EPTV)
http://edilsonalencar.com.br/ noticias/ apos-um-ano-mulheres-perdem-gua rda-de-irmaos-para-familia-ado tiva/
por Edilson Alencar
Dois irmãos de dois e três anos estavam desde outubro do ano passado com Márcia Maria Azevedo Silvério e Maria Auxiliadora Velasques, que tinham a guarda provisória das crianças. Segundo elas, o acordo com a assistente social de Cordislândia (MG) era de que as crianças ficassem por dois meses com elas até que os meninos recuperassem a saúde. Mas os irmãos ficaram por um ano com as mulheres. Agora, a Justiça entregou os meninos para outra família que tem a adoção definitiva das crianças.
Com a cabeça baixa, sem conter a emoção, Maria Auxiliadora conta como concordou ficar com o menino. “Eu aceitei porque era só 15 dias, e depois pediram para mais dois meses. E aí não falaram mais nada e deixaram com a gente.” “Ele ficou um ano”, continua a professora Márcia. “E nesse ano, o vínculo que nasceu entre nós foi muito grande.”
Segundo as mulheres, os irmãos eram de uma família de Cordislândia que não tinham condições de ficar com eles. Por isso, enquanto a Justiça buscava por um lar definitivo, elas cuidariam dos garotos. As famílias já estavam com os documentos preparados para dar entrada no pedido de adoção dos meninos, mas a decisão de tirar as crianças veio antes.
“O advogado falou que quando fizesse um ano, a gente podia entrar com o pedido de adoção deles, mas não deu tempo”, desabafa Maria. As duas foram comunicadas nesta quarta-feira (30) sobre a decisão do juiz, que determinou a entrega dos irmãos para uma família de São Gonçalo do Sapucaí (MG).
“A gente não sabe o que é melhor”, afirma Márcia. “Não posso falar que a outra família não vá cuidar bem deles, é um casal jovem que tem a oportunidade de oferecer pra ele um futuro até melhor do que eu posso oferecer, mas esse vínculo que nasceu entre nós está doendo demais, saber que ele vai embora.”
“É um pedaço de mim”, desabafa Maria. “Da minha família. Todo mundo ama ele. Eles dizem que os dois tem que ficar juntos, mas eles estão sempre juntos aqui”, comenta a dona de casa sobre o argumento da Justiça de os irmãos serem adotados juntos por uma família.
O juiz da Vara da Infância e Juventude de São Gonçalo do Sapucaí, José Dimas, não quis falar sobre o caso, que corre em segredo de Justiça.
Mulheres tentam recuperar guarda de crianças em Cordislândia (Foto: Reprodução EPTV)
http://edilsonalencar.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário