Irmão e filho de Chico Xavier
19/11/13
Ana Elizabeth Diniz
Especial para O TEMPO
Francisco Cândido Xavier viveu em humildade, acolheu a todos que o
procuravam, matou a fome de milhares de irmãos com pão e sopa e deixou
um legado de amor, bondade e compaixão. O médium, com sua simplicidade e
generosidade, conquistou ricos e pobres, gente de todas as crenças, e
ganhou o respeito de todos. Não pedia nada e suportou calado dores e
calúnias.
O jeito Chico de viver pode ser visitado. A casa onde
viveu, no Parque das Américas, em Uberaba, está preservada e se
transformou na Casa de Memórias e Lembranças Chico Xavier, um desejo seu
concretizado pelo odontólogo Eurípedes Humberto Higino Reis, 63, o
filho adotivo, mas que o médium dizia ser “do coração”.
Lá se pode absorver uma energia de paz e admiração pelo homem simples que vivia sem luxos, mas não abria mão de suas boinas.
Eurípedes não tem o mesmo sangue do pai adotivo, mas, em sua última
encarnação, foi José Xavier, irmão do médium e seu auxiliar de muitos
anos. “Minha mãe, Carmen Higino do Reis, após a morte do meu pai, José
dos Reis, em 1955, ficou com quatro filhos para criar. Queria vir para
Uberaba, mas tinha medo de não dar certo. Um dia ela foi até a Comunhão
Espírita Cristã, entrou em uma fila com mais de 200 pessoas. Chico a
chamou pelo nome sem nunca a ter visto. Antes que ela falasse alguma
coisa, ele colocou a mão em seu ombro e disse: ‘O José da Cruz, seu
esposo já no mundo espiritual, me disse que a senhora viria me devolver o
meu irmão José, que hoje é o seu filho Eurípedes. Nós já tivemos muitas
vidas juntos’. Minha mãe quase morreu”, relembra Eurípedes.
Durante
um ano, o menino conviveu com Chico diariamente até que, certo dia, o
médium pediu para sua mãe, à essa altura, sua amiga, que deixasse o
menino morar com ele, no que ela concordou. “Eu tinha sete anos nessa
época e, em 1983, minha mãe morreu”, recorda Eurípedes.
ENCARNAÇÕES.
Chico Xavier fazia confidências ao filho adotivo. “Ele contou que em
uma vida anterior foi José de Anchieta, e eu, Manoel da Nóbrega, e que,
juntos, viemos conhecer a terra que receberia todas as etnias e onde
todas as religiões iriam conviver bem. Em 1864, Allan Kardec, outra
encarnação de Chico, codificou a doutrina espírita, mas os intelectuais
franceses não deixaram que ela proliferasse, ao passo que no Brasil
viriam pessoas de todos os segmentos religiosos e etnia”, diz Eurípedes.
Para o filho do coração, o médium revelou outras encarnações que teve.
“Chico ficou em silêncio durante muito tempo e dizia que na época não
podia contar quem tinha sido porque nossos companheiros não iriam deixar
que ele terminasse a doutrina de Jesus, à qual ele dizia ter vindo
servir”.
Cauteloso, Eurípedes diz que só pode falar sobre o que
ouviu do próprio Chico. “Prefiro ficar somente com as encarnações que
ele me contou: Elias, Platão, João Batista, José de Anchieta e Allan
Kardec. Ele me falava que não estava aqui a serviço dos bons espíritos,
mas, sim, do mestre Jesus. Veio cristianizar a doutrina de Kardec. Para
nós que o conhecemos bem de perto, depois de Jesus, ele foi a maior
referência cristã na Terra”.
A jornalista Ana Elizabeth Diniz escreve neste espaço às terças-feiras. E-mail: anadiniz@terra.com.br.
RELATOS
Voz. Quando estava vivo e mesmo depois de desencarnado, muitas pessoas
afirmam receber mensagens de Chico Xavier, psicografias, e chegam até a
falar com a sua voz.
Muitas vidas. O filho adotivo Eurípedes Humberto Higino Reis fundou em 2002 a Casa de Memórias e Lembranças Chico Xavier
http://www.otempo.com.br/ interessa/ irmão-e-filho-de-chico-xavier-1 .748178
Irmão e filho de Chico Xavier
19/11/13
Ana Elizabeth Diniz
Especial para O TEMPO
Francisco Cândido Xavier viveu em humildade, acolheu a todos que o procuravam, matou a fome de milhares de irmãos com pão e sopa e deixou um legado de amor, bondade e compaixão. O médium, com sua simplicidade e generosidade, conquistou ricos e pobres, gente de todas as crenças, e ganhou o respeito de todos. Não pedia nada e suportou calado dores e calúnias.
O jeito Chico de viver pode ser visitado. A casa onde viveu, no Parque das Américas, em Uberaba, está preservada e se transformou na Casa de Memórias e Lembranças Chico Xavier, um desejo seu concretizado pelo odontólogo Eurípedes Humberto Higino Reis, 63, o filho adotivo, mas que o médium dizia ser “do coração”.
Lá se pode absorver uma energia de paz e admiração pelo homem simples que vivia sem luxos, mas não abria mão de suas boinas.
Eurípedes não tem o mesmo sangue do pai adotivo, mas, em sua última encarnação, foi José Xavier, irmão do médium e seu auxiliar de muitos anos. “Minha mãe, Carmen Higino do Reis, após a morte do meu pai, José dos Reis, em 1955, ficou com quatro filhos para criar. Queria vir para Uberaba, mas tinha medo de não dar certo. Um dia ela foi até a Comunhão Espírita Cristã, entrou em uma fila com mais de 200 pessoas. Chico a chamou pelo nome sem nunca a ter visto. Antes que ela falasse alguma coisa, ele colocou a mão em seu ombro e disse: ‘O José da Cruz, seu esposo já no mundo espiritual, me disse que a senhora viria me devolver o meu irmão José, que hoje é o seu filho Eurípedes. Nós já tivemos muitas vidas juntos’. Minha mãe quase morreu”, relembra Eurípedes.
Durante um ano, o menino conviveu com Chico diariamente até que, certo dia, o médium pediu para sua mãe, à essa altura, sua amiga, que deixasse o menino morar com ele, no que ela concordou. “Eu tinha sete anos nessa época e, em 1983, minha mãe morreu”, recorda Eurípedes.
ENCARNAÇÕES.
Chico Xavier fazia confidências ao filho adotivo. “Ele contou que em uma vida anterior foi José de Anchieta, e eu, Manoel da Nóbrega, e que, juntos, viemos conhecer a terra que receberia todas as etnias e onde todas as religiões iriam conviver bem. Em 1864, Allan Kardec, outra encarnação de Chico, codificou a doutrina espírita, mas os intelectuais franceses não deixaram que ela proliferasse, ao passo que no Brasil viriam pessoas de todos os segmentos religiosos e etnia”, diz Eurípedes.
Para o filho do coração, o médium revelou outras encarnações que teve. “Chico ficou em silêncio durante muito tempo e dizia que na época não podia contar quem tinha sido porque nossos companheiros não iriam deixar que ele terminasse a doutrina de Jesus, à qual ele dizia ter vindo servir”.
Cauteloso, Eurípedes diz que só pode falar sobre o que ouviu do próprio Chico. “Prefiro ficar somente com as encarnações que ele me contou: Elias, Platão, João Batista, José de Anchieta e Allan Kardec. Ele me falava que não estava aqui a serviço dos bons espíritos, mas, sim, do mestre Jesus. Veio cristianizar a doutrina de Kardec. Para nós que o conhecemos bem de perto, depois de Jesus, ele foi a maior referência cristã na Terra”.
A jornalista Ana Elizabeth Diniz escreve neste espaço às terças-feiras. E-mail: anadiniz@terra.com.br.
RELATOS
Voz. Quando estava vivo e mesmo depois de desencarnado, muitas pessoas afirmam receber mensagens de Chico Xavier, psicografias, e chegam até a falar com a sua voz.
Muitas vidas. O filho adotivo Eurípedes Humberto Higino Reis fundou em 2002 a Casa de Memórias e Lembranças Chico Xavier
http://www.otempo.com.br/
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