segunda-feira, 12 de maio de 2014

Maria Padilha sobre o filho: ‘É um alongamento contínuo do coração’

Manoel, de 2 anos, foi adotado pela atriz quando tinha cinco meses de vida.

Luciana Tecidio do EGO, no Rio
GALERIA Maria Padilha e o filho Manuel, de 2 anos (Foto: Luiza Dantas / Divulgação)Maria Padilha e o filho Manoel, de 2 anos (Foto: Luiza Dantas / Divulgação)
Há um ano e sete meses, Maria Padilha conheceu o amor que mudaria sua vida para sempre. O primeiro encontro entre ela e a pessoa que viraria seu coração de cabeça para baixo aconteceu em um abrigo de Cascadura, subúrbio do Rio. Foi quando a atriz viu pela primeira vez Manoel, um bebê de cinco meses. A criança era o filho que durante cinco anos Maria esperava em uma fila de adoção. A partir dali, Manoel, que dormia em um bercinho, não fazia ideia que, naquele momento em diante, ele não só ganhava uma mãe apaixonada e devotada, como também a história de sua vida seria contada de uma outra maneira.
Desde que resolveu adotar um filho e dar início ao processo de adoção, Maria Padilha parou sua vida profissional. Recusou muitos trabalhos crente que a criança viria rápido e, assim, poderia ter mais tempo para cuidar dela. Mas Manoel só veio cinco anos depois e chegou quando ela já havia dado como praticamente certo o fim de seu sonho. Por isso, acabou aceitando o convite para ser a Diva da novela da TV Globo “Lado a lado”. Quando estava indo para a exibição do primeiro capítulo da trama em uma churrascaria do Rio, o inesperado aconteceu.
'Coração maior do que o mundo'
O telefone da atriz tocou e do outro lado da linha Maria ouviu o que esperava durante tantos anos: seu filho a aguardava em uma abrigo. “Saí das gravações e fui até Cascadura buscá-lo. Na hora que o vi, senti o cupido me flechar. A cada dia que passa digo que o amor que sinto por ele é o alongamento contínuo do meu coração. Meu coração está maior do que o mundo!”, diz a atriz.
Maria Padilha e o filho Manuel, de 2 anos (Foto: Luiza Dantas / Divulgação)O filho a faz lutar para ser uma pessoa melhor
Mãe relax
Casada há cinco anos com o iluminador Orlando Schaider, a atriz de 54 anos resolveu partir para a adoção por considerar a inseminação artificial um processo lento e trabalhoso. “Eu não tinha ideia da demora que é um processo de adoção. Quando resolvi fazer a novela ‘Lado a lado’,  já estava ciente do longo tempo que levaria para ter meu filho. Mas não é que ele chegou justamente quando eu estava no ar?”, lembra ela.
Rapidamente, ela providenciou o enxoval de Manoel e o levou do abrigo para casa. O menino ficou aos cuidados de uma babá, enquanto a atriz dava conta das gravações da novela. Quando finalmente o trabalho chegou ao fim, Maria pôde se entregar de corpo e alma ao filho: “Acho até que ele se parece comigo, sabia? Não consigo nem imaginar que ele tem outro pai e outra mãe. Claro que Manoel saberá de tudo um dia”.
Corajoso, destemido, sedutor e engraçado são os adjetivos que a mamãe usa para definir a personalidade de Manoel. Ela conta orgulhosa que antes de ele completar 2 anos de vida já desbravava as ondas de Búzios, Região dos Lagos do Rio, acompanhado dos priminhos na prancha de surfe. “Sou uma mãe relax. Não tenho medo. Quero que ele seja um ser humano seguro de si. Acho que uma pessoa insegura é o que gera mais problemas na gente.”
Filho é bom de qualquer jeito. Criança é uma loucura de bom!"
Maria Padilha
Maria colocou Manoel na escola quando ele tinha 1 ano e 8 meses. Tudo para ele passar a se relacionar com crianças de sua idade. Uma das maiores preocupações de Maria é quanto ao futuro caráter do filho: “Sempre tive medo de ter uma criança mau-caráter ou burra. Mas meu terapeuta disse que o caráter não nasce com a pessoa e é a gente que o coloca nos filhos. Ser mãe é um aprendizado. A gente fica querendo ser um cidadão cada vez melhor: melhor mãe, melhor atriz, ter a melhor saúde... Quero durar muito tempo!”
Nos momentos de estresse entre mãe e filho não há ira que resista a um beijo de Manoel. “Ele me dá um beijo e fico ótima!”, garante. Entusiasmada com a experiência da maternidade, Maria tem vontade de ter outros filhos, mas a falta de uma estrutura familiar a desencoraja. “Sou órfã de pai e mãe. Sou meio sozinha. Por isso que demorei tanto a ter filhos. Mas a chegada de uma criança ajeita tudo. O amor que eles trazem gera uma rede de amor grande! Tudo conspira a favor. Filho é bom de qualquer jeito. Criança é uma loucura de bom!”
GALERIA Maria Padilha e o filho Manuel, de 2 anos (Foto: Luiza Dantas / Divulgação) 
Um beijo de Manoel faz Maria perdoar qualquer peraltice do filho (Foto: Luiza Dantas / Divulgação)
 

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