13/08/2013
Garota de 12 anos foi deixada em um abrigo após a morte da mãe.
Conselheiro Tutelar conseguiu achar uma irmã 'perdida' pelo Facebook.
Anna Gabriela Ribeiro Do G1 Santos
Uma rede social serviu como ferramenta para que uma criança de Santos,
no litoral de São Paulo, encontrasse um lar. A mãe da menina faleceu e o
pai a abandonou mas, com o auxílio de um conselheiro tutelar e da
internet, a jovem reencontrou uma irmã mais velha que permitiu que a
história tivesse um final feliz.
Em junho deste ano, a mãe de Tuani,
de 12 anos, faleceu. Ela era dependente química e moradora de rua,
portanto, já não morava com a garota há certo tempo. A menor vivia com o
pai e a madrasta, mas após a morte da mãe, ele resolveu levá-la ao
Conselho Tutelar, alegando que a filha estava dando muito trabalho e era
desobediente.
O conselheiro tutelar Márcio de Oliveira Barbosa
afirma que o pai entregou a menina e não deixou o contato de nenhum
parente. “O pai veio no conselho indignado com a filha, dizendo que ela
estava dando trabalho e que não queria mais tomar conta. Veio disposto a
entregar. A gente cobrou família extensiva, tia ou avó, ele falou que
não tinha número de ninguém, que ninguém queria ficar com ela”, explica
Márcio.
Ele explica que Tuani é uma garota meiga e que o seu destino
seria um abrigo para menores com problemas familiares. “Ela é super
dócil e bacana. A gente teria que abrigar, mas ela disse que tinha uma
irmã no Facebook, mas teríamos que encontrá-la. Aí fomos no Acessa São
Paulo, procuramos e encontramos. Conversei com a irmã, me identifiquei e
expliquei a história. Ela falou: vou aí correndo, não vou deixá-la”,
diz o conselheiro.
A irmã por parte de mãe, Erika Rodrigues Viana,
afirma que sempre quis se aproximar da caçula. “Ele nunca permitiu que a
gente convivesse. Ele falou que ela estava dando trabalho e eu sempre
me ofereci para ajudar. Não se faz isso nem com um cachorro, ainda mais
com um filho. Ela é uma criança. Vou dar muito amor, tudo que ela
precisa”, diz Erika.
A criança diz estar feliz na nova casa, com a
irmã e os sobrinhos pequenos. Segundo Erika, Tuani até melhorou o
rendimento na escola. O conselheiro tutelar explica que agora ela terá
acompanhamento psicológico. “Eu fiz um encaminhamento para o poder
Judiciário para regularizar a guarda. Fiz encaminhamento também para um
acompanhamento psicológico, até porque ela trocou de família. Fico
contente com o desfecho. Saiu um final feliz graças ao facebook. Usar
uma ferramenta dessa para encontrar é diferente, uma situação totalmente
inusitada. Se não fosse isso o destino dela seria o abrigo, com
certeza”, finaliza o conselheiro tutelar.
Irmãs se reaproximam após abandono do pai (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
Tuani e Erika agora moram juntas (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
Conselheiro tutelar encontrou irmã de menor em rede social (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
http://g1.globo.com/sp/ santos-regiao/noticia/2013/08/ abandonada-pelo-proprio-pai-men ina-reencontra-familia-pelas-r edes-sociais.html
13/08/2013
Garota de 12 anos foi deixada em um abrigo após a morte da mãe. Conselheiro Tutelar conseguiu achar uma irmã 'perdida' pelo Facebook.
Anna Gabriela Ribeiro Do G1 Santos
Uma rede social serviu como ferramenta para que uma criança de Santos, no litoral de São Paulo, encontrasse um lar. A mãe da menina faleceu e o pai a abandonou mas, com o auxílio de um conselheiro tutelar e da internet, a jovem reencontrou uma irmã mais velha que permitiu que a história tivesse um final feliz.
Em junho deste ano, a mãe de Tuani, de 12 anos, faleceu. Ela era dependente química e moradora de rua, portanto, já não morava com a garota há certo tempo. A menor vivia com o pai e a madrasta, mas após a morte da mãe, ele resolveu levá-la ao Conselho Tutelar, alegando que a filha estava dando muito trabalho e era desobediente.
O conselheiro tutelar Márcio de Oliveira Barbosa afirma que o pai entregou a menina e não deixou o contato de nenhum parente. “O pai veio no conselho indignado com a filha, dizendo que ela estava dando trabalho e que não queria mais tomar conta. Veio disposto a entregar. A gente cobrou família extensiva, tia ou avó, ele falou que não tinha número de ninguém, que ninguém queria ficar com ela”, explica Márcio.
Ele explica que Tuani é uma garota meiga e que o seu destino seria um abrigo para menores com problemas familiares. “Ela é super dócil e bacana. A gente teria que abrigar, mas ela disse que tinha uma irmã no Facebook, mas teríamos que encontrá-la. Aí fomos no Acessa São Paulo, procuramos e encontramos. Conversei com a irmã, me identifiquei e expliquei a história. Ela falou: vou aí correndo, não vou deixá-la”, diz o conselheiro.
A irmã por parte de mãe, Erika Rodrigues Viana, afirma que sempre quis se aproximar da caçula. “Ele nunca permitiu que a gente convivesse. Ele falou que ela estava dando trabalho e eu sempre me ofereci para ajudar. Não se faz isso nem com um cachorro, ainda mais com um filho. Ela é uma criança. Vou dar muito amor, tudo que ela precisa”, diz Erika.
A criança diz estar feliz na nova casa, com a irmã e os sobrinhos pequenos. Segundo Erika, Tuani até melhorou o rendimento na escola. O conselheiro tutelar explica que agora ela terá acompanhamento psicológico. “Eu fiz um encaminhamento para o poder Judiciário para regularizar a guarda. Fiz encaminhamento também para um acompanhamento psicológico, até porque ela trocou de família. Fico contente com o desfecho. Saiu um final feliz graças ao facebook. Usar uma ferramenta dessa para encontrar é diferente, uma situação totalmente inusitada. Se não fosse isso o destino dela seria o abrigo, com certeza”, finaliza o conselheiro tutelar.
Irmãs se reaproximam após abandono do pai (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
Tuani e Erika agora moram juntas (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
Conselheiro tutelar encontrou irmã de menor em rede social (Foto: Anna Gabriela Ribeiro/G1)
http://g1.globo.com/sp/
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