26/08/2013
Inquérito sobre o caso foi concluído nesta segunda-feira (26).
Menina nasceu prematura e morreu em hospital do Recife, segundo polícia.
Do G1 PE
A universitária de 19 anos suspeita de tentar vender um bebê por R$ 50
mil no Facebook será indiciada pela polícia de Pernambuco por prometer
entregar a criança a terceiros mediante pagamento ou recompensa, crime
previsto no artigo 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente. O bebê,
uma menina, nasceu prematura e morreu em um hospital particular do
Recife, de acordo com a polícia. O inquérito foi concluído nesta
segunda-feira (26) pelo delegado Geraldo da Costa, responsável pelo
caso, e deve ser entregue ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na
terça (27). Procurada pelo G1, a universitária não quis conversar com a
equipe de reportagem e desligou o telefone.
A polícia abriu
inquérito para investigar o caso no dia 31 de julho, depois divulgar o
início das investigações sobre um esquema de venda de bebês através de
uma comunidade do Facebook. O caso chegou ao conhecimento das
autoridades por causa da denúncia de uma mulher de Salvador (BA),
interessada em fazer uma adoção legal. Participante da comunidade, a
baiana viu um post da universitária falando sobre a possibilidade de dar
a filha, que estava hospitalizada. Em conversa privada através da rede
social, a pernambucana teria informado que entregaria a filha desde que o
casal interessado pagasse os gastos da UTI neonatal, uma quantia
aproximada de R$ 50 mil.
Em entrevista ao G1, a baiana, que não tem
filhos e não quis se identificar, confirmou a intenção de adotar uma
criança pelos meios legais, mas desistiu da negociação assim que a
universitária falou em valores. O contato com a mulher do Recife foi
feito através de um grupo em favor da adoção e proteção de crianças no
Facebook, em maio deste ano. "Ela me disse que a criança estava na UTI
neonatal, ela não tinha condições de criar e queria dar. Ela ofereceu a
criança pelo valor de R$ 50 mil, eu disse que não queria porque isso
seria parte de uma máfia de contrabando de crianças, e eu não sou a
favor disso", relatou.
A mulher afirmou que a página da comunidade
não faz negociações de bebês, apenas discutia e apoiava a adoção. Ela
acrescentou, inclusive, que não apoia meios ilegais para conseguir a
guarda de uma criança. "Eu não apoio essas negociações porque,
primeiramente, é ilegal, e depois, como uma pessoa vai oferecer uma vida
assim pela internet? Por que correr tanto risco no meio ilegal? Você
não escolhe uma criança, ela que te escolhe. Eu penso assim", concluiu.
Em depoimento aos investigadores, a universitária afirmou que decidiu
vender a criança porque estava assustada. De acordo com a polícia, ela
já é mãe de dois filhos e mora em um bairro de classe média da Zona
Norte da capital pernambucana. Ela afirmou ter ficado assustada com a
notícia da gravidez e ainda teve a criança prematuramente. "Também disse
que só tomou conhecimento da gravidez no momento do parto e, depois
disso, entrou em um estado de loucura e resolveu vender a criança”,
detalhou o delegado Geraldo da Costa.
Ainda de acordo com o ele, a
mãe ressaltou que, hoje em dia, com a sanidade mental recuperada, jamais
venderia a filha. “Porém a gente apura o crime, ela já ofereceu [o bebê
para venda], então houve crime. Se o problema dela foi realmente de
sanidade, só a Justiça vai analisar”, pontuou. Foram ouvidos também o
atual namorado da universitária e um ex-companheiro, que é o pai da
criança. Se for condenada, ela pode pegar pena de um a quatro anos de
prisão, além do pagamento de multa.
De acordo com o delegado Geraldo
da Costa, a denunciante não foi citada no inquérito enviado ao
Ministério Público, mas o promotor designado para o caso pode rever a
situação, uma vez que a documentação estiver nas mãos da promotoria.
"Ele pode entender que a mulher lá [da Bahia] cometeu algum crime, mas
acreditamos que ela só estava levantando provas para fazer a denúncia",
disse.
Delegado Geraldo da Costa decidiu indiciar estudante por (Foto: Alexandre Morais / G1)
http://g1.globo.com/
26/08/2013
Inquérito sobre o caso foi concluído nesta segunda-feira (26).
Menina nasceu prematura e morreu em hospital do Recife, segundo polícia.
Do G1 PE
A universitária de 19 anos suspeita de tentar vender um bebê por R$ 50 mil no Facebook será indiciada pela polícia de Pernambuco por prometer entregar a criança a terceiros mediante pagamento ou recompensa, crime previsto no artigo 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente. O bebê, uma menina, nasceu prematura e morreu em um hospital particular do Recife, de acordo com a polícia. O inquérito foi concluído nesta segunda-feira (26) pelo delegado Geraldo da Costa, responsável pelo caso, e deve ser entregue ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na terça (27). Procurada pelo G1, a universitária não quis conversar com a equipe de reportagem e desligou o telefone.
A polícia abriu inquérito para investigar o caso no dia 31 de julho, depois divulgar o início das investigações sobre um esquema de venda de bebês através de uma comunidade do Facebook. O caso chegou ao conhecimento das autoridades por causa da denúncia de uma mulher de Salvador (BA), interessada em fazer uma adoção legal. Participante da comunidade, a baiana viu um post da universitária falando sobre a possibilidade de dar a filha, que estava hospitalizada. Em conversa privada através da rede social, a pernambucana teria informado que entregaria a filha desde que o casal interessado pagasse os gastos da UTI neonatal, uma quantia aproximada de R$ 50 mil.
Em entrevista ao G1, a baiana, que não tem filhos e não quis se identificar, confirmou a intenção de adotar uma criança pelos meios legais, mas desistiu da negociação assim que a universitária falou em valores. O contato com a mulher do Recife foi feito através de um grupo em favor da adoção e proteção de crianças no Facebook, em maio deste ano. "Ela me disse que a criança estava na UTI neonatal, ela não tinha condições de criar e queria dar. Ela ofereceu a criança pelo valor de R$ 50 mil, eu disse que não queria porque isso seria parte de uma máfia de contrabando de crianças, e eu não sou a favor disso", relatou.
A mulher afirmou que a página da comunidade não faz negociações de bebês, apenas discutia e apoiava a adoção. Ela acrescentou, inclusive, que não apoia meios ilegais para conseguir a guarda de uma criança. "Eu não apoio essas negociações porque, primeiramente, é ilegal, e depois, como uma pessoa vai oferecer uma vida assim pela internet? Por que correr tanto risco no meio ilegal? Você não escolhe uma criança, ela que te escolhe. Eu penso assim", concluiu.
Em depoimento aos investigadores, a universitária afirmou que decidiu vender a criança porque estava assustada. De acordo com a polícia, ela já é mãe de dois filhos e mora em um bairro de classe média da Zona Norte da capital pernambucana. Ela afirmou ter ficado assustada com a notícia da gravidez e ainda teve a criança prematuramente. "Também disse que só tomou conhecimento da gravidez no momento do parto e, depois disso, entrou em um estado de loucura e resolveu vender a criança”, detalhou o delegado Geraldo da Costa.
Ainda de acordo com o ele, a mãe ressaltou que, hoje em dia, com a sanidade mental recuperada, jamais venderia a filha. “Porém a gente apura o crime, ela já ofereceu [o bebê para venda], então houve crime. Se o problema dela foi realmente de sanidade, só a Justiça vai analisar”, pontuou. Foram ouvidos também o atual namorado da universitária e um ex-companheiro, que é o pai da criança. Se for condenada, ela pode pegar pena de um a quatro anos de prisão, além do pagamento de multa.
De acordo com o delegado Geraldo da Costa, a denunciante não foi citada no inquérito enviado ao Ministério Público, mas o promotor designado para o caso pode rever a situação, uma vez que a documentação estiver nas mãos da promotoria. "Ele pode entender que a mulher lá [da Bahia] cometeu algum crime, mas acreditamos que ela só estava levantando provas para fazer a denúncia", disse.
Delegado Geraldo da Costa decidiu indiciar estudante por (Foto: Alexandre Morais / G1)
http://g1.globo.com/
![POLÍCIA DE PE INDICIA JOVEM SUSPEITA DE OFERECER BEBÊ NA INTERNET POR R$ 50 MIL
26/08/2013
Inquérito sobre o caso foi concluído nesta segunda-feira (26).
Menina nasceu prematura e morreu em hospital do Recife, segundo polícia.
Do G1 PE
A universitária de 19 anos suspeita de tentar vender um bebê por R$ 50 mil no Facebook será indiciada pela polícia de Pernambuco por prometer entregar a criança a terceiros mediante pagamento ou recompensa, crime previsto no artigo 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente. O bebê, uma menina, nasceu prematura e morreu em um hospital particular do Recife, de acordo com a polícia. O inquérito foi concluído nesta segunda-feira (26) pelo delegado Geraldo da Costa, responsável pelo caso, e deve ser entregue ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na terça (27). Procurada pelo G1, a universitária não quis conversar com a equipe de reportagem e desligou o telefone.
A polícia abriu inquérito para investigar o caso no dia 31 de julho, depois divulgar o início das investigações sobre um esquema de venda de bebês através de uma comunidade do Facebook. O caso chegou ao conhecimento das autoridades por causa da denúncia de uma mulher de Salvador (BA), interessada em fazer uma adoção legal. Participante da comunidade, a baiana viu um post da universitária falando sobre a possibilidade de dar a filha, que estava hospitalizada. Em conversa privada através da rede social, a pernambucana teria informado que entregaria a filha desde que o casal interessado pagasse os gastos da UTI neonatal, uma quantia aproximada de R$ 50 mil.
Em entrevista ao G1, a baiana, que não tem filhos e não quis se identificar, confirmou a intenção de adotar uma criança pelos meios legais, mas desistiu da negociação assim que a universitária falou em valores. O contato com a mulher do Recife foi feito através de um grupo em favor da adoção e proteção de crianças no Facebook, em maio deste ano. "Ela me disse que a criança estava na UTI neonatal, ela não tinha condições de criar e queria dar. Ela ofereceu a criança pelo valor de R$ 50 mil, eu disse que não queria porque isso seria parte de uma máfia de contrabando de crianças, e eu não sou a favor disso", relatou.
A mulher afirmou que a página da comunidade não faz negociações de bebês, apenas discutia e apoiava a adoção. Ela acrescentou, inclusive, que não apoia meios ilegais para conseguir a guarda de uma criança. "Eu não apoio essas negociações porque, primeiramente, é ilegal, e depois, como uma pessoa vai oferecer uma vida assim pela internet? Por que correr tanto risco no meio ilegal? Você não escolhe uma criança, ela que te escolhe. Eu penso assim", concluiu.
Em depoimento aos investigadores, a universitária afirmou que decidiu vender a criança porque estava assustada. De acordo com a polícia, ela já é mãe de dois filhos e mora em um bairro de classe média da Zona Norte da capital pernambucana. Ela afirmou ter ficado assustada com a notícia da gravidez e ainda teve a criança prematuramente. "Também disse que só tomou conhecimento da gravidez no momento do parto e, depois disso, entrou em um estado de loucura e resolveu vender a criança”, detalhou o delegado Geraldo da Costa.
Ainda de acordo com o ele, a mãe ressaltou que, hoje em dia, com a sanidade mental recuperada, jamais venderia a filha. “Porém a gente apura o crime, ela já ofereceu [o bebê para venda], então houve crime. Se o problema dela foi realmente de sanidade, só a Justiça vai analisar”, pontuou. Foram ouvidos também o atual namorado da universitária e um ex-companheiro, que é o pai da criança. Se for condenada, ela pode pegar pena de um a quatro anos de prisão, além do pagamento de multa.
De acordo com o delegado Geraldo da Costa, a denunciante não foi citada no inquérito enviado ao Ministério Público, mas o promotor designado para o caso pode rever a situação, uma vez que a documentação estiver nas mãos da promotoria. "Ele pode entender que a mulher lá [da Bahia] cometeu algum crime, mas acreditamos que ela só estava levantando provas para fazer a denúncia", disse.
Delegado Geraldo da Costa decidiu indiciar estudante por (Foto: Alexandre Morais / G1)
http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2013/08/policia-de-pe-indicia-jovem-suspeita-de-oferecer-bebe-na-internet-por-r-50-mil.html](https://fbcdn-sphotos-d-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/1239511_498375180252932_1482931684_n.jpg)
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