10/08/2013
Hoje ele tem 52 anos, mas foi aos 31 que o senhor Aparecido Borges
Machado, morador de Cascavel, no Paraná, realizou o sonho de ser pai.
Aparecido e sua ex-mulher Maria Denise Montanher decidiram adotar há
mais de duas décadas uma criança com quatro meses.
O bebê era Otávio
Henrique Montanher, hoje com 21 anos e estudante de jornalismo. Sua mãe
biológica abandonou o lar onde viviam assim que ele nasceu. Seu pai
biológico, por questões financeiras, decidiu encaminhá-lo para um
juizado e desde então Aparecido e Maria se tornaram seus pais.
Nos primeiros anos de vida, Otávio ficava doente com frequência. Passou
por vários médicos, mas nenhum pediu o teste de HIV. A mãe decidiu
levá-lo para Curitiba, e uma médica descobriu que ele era portador do
vírus da aids. Nessa fase, já sofria pela segunda vez de pneumonia.
Os desafios desta família não pararam por aí. Aos nove anos, Otávio
teve que enfrentar o processo de separação dos seus pais. Aparecido
Borges, auditor fiscal, decidiu sair de casa, conta o jovem.
Mesmo
distante, o sentimento que Otavio nutre pelo seu pai nunca foi abalado.
"Nada é maior do que o amor de um filho pelo seu pai", diz o jovem, hoje
ativista e integrante da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo
com HIV e Aids.
"A palavra que mais resume minha relação com ele é amor. Mesmo distantes, nos amamos muito", declarou emocionado.
Otávio, no entanto, revela que gostaria de ser mais próximo do seu pai.
“Às vezes acho ele um pouco seco, apesar de ser muito carinhoso,
principalmente quando está em família. Ele também viaja muito... Neste
ano, por exemplo, não vamos ficar juntos no Dia dos Pais porque ele está
viajando a trabalho”, conta.
O episódio que mais marcou a relação
dos dois, segundo Otávio, foi quando seu tio Gazumberto faleceu há seis
anos. “Ele me deu colo, me segurou e disse que me amava. Isso me
emocionou muito”, lembra.
Embora neste Dia dos Pais Otávio não irá
passar com seu pai, ele já faz planos para futuros encontros. “Não vão
faltar oportunidades para eu fazer um churrasco pra ele, uma das suas
comidas prediletas, e comemorarmos juntos”, finalizou.
Talita Martins
http://www.agenciaaids.com.br/
10/08/2013
Hoje ele tem 52 anos, mas foi aos 31 que o senhor Aparecido Borges Machado, morador de Cascavel, no Paraná, realizou o sonho de ser pai. Aparecido e sua ex-mulher Maria Denise Montanher decidiram adotar há mais de duas décadas uma criança com quatro meses.
O bebê era Otávio Henrique Montanher, hoje com 21 anos e estudante de jornalismo. Sua mãe biológica abandonou o lar onde viviam assim que ele nasceu. Seu pai biológico, por questões financeiras, decidiu encaminhá-lo para um juizado e desde então Aparecido e Maria se tornaram seus pais.
Nos primeiros anos de vida, Otávio ficava doente com frequência. Passou por vários médicos, mas nenhum pediu o teste de HIV. A mãe decidiu levá-lo para Curitiba, e uma médica descobriu que ele era portador do vírus da aids. Nessa fase, já sofria pela segunda vez de pneumonia.
Os desafios desta família não pararam por aí. Aos nove anos, Otávio teve que enfrentar o processo de separação dos seus pais. Aparecido Borges, auditor fiscal, decidiu sair de casa, conta o jovem.
Mesmo distante, o sentimento que Otavio nutre pelo seu pai nunca foi abalado. "Nada é maior do que o amor de um filho pelo seu pai", diz o jovem, hoje ativista e integrante da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV e Aids.
"A palavra que mais resume minha relação com ele é amor. Mesmo distantes, nos amamos muito", declarou emocionado.
Otávio, no entanto, revela que gostaria de ser mais próximo do seu pai. “Às vezes acho ele um pouco seco, apesar de ser muito carinhoso, principalmente quando está em família. Ele também viaja muito... Neste ano, por exemplo, não vamos ficar juntos no Dia dos Pais porque ele está viajando a trabalho”, conta.
O episódio que mais marcou a relação dos dois, segundo Otávio, foi quando seu tio Gazumberto faleceu há seis anos. “Ele me deu colo, me segurou e disse que me amava. Isso me emocionou muito”, lembra.
Embora neste Dia dos Pais Otávio não irá passar com seu pai, ele já faz planos para futuros encontros. “Não vão faltar oportunidades para eu fazer um churrasco pra ele, uma das suas comidas prediletas, e comemorarmos juntos”, finalizou.
Talita Martins
http://www.agenciaaids.com.br/
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