28 de agosto de 2013
Gabriela Chabatura
Atacante do Vasco foi entregue para adoção, viu no futebol sua grande
chance e contou com a ajuda do técnico para assinar seu primeiro
contrato profissional, há 4 anos.
Há quatro anos, Marlone
recebeu de Dorival Júnior a ajuda que precisava para seguir carreira no
futebol. Foi graças ao treinador que ele teve seu primeiro contrato e
permaneceu em São Januário. E nesta quinta-feira, contra o Nacional-AM, o
atleta tem a chance de classificar o Vasco para a próxima fase da Copa
do Brasil e agradecer a confiança depositada. O Vasco tem a vantagem
diante do Nacional-AM e pode até perder por um gol pelo fato de ter
vencido o primeiro jogo por 2 a 0.
Na primeira passagem de Dorival
Júnior pelo clube, Marlone jogava na equipe juvenil e não tinha nenhum
vínculo quando foi chamado para compor a equipe profissional contra a
seleção da Nicarágua. “Eu estava na base atuando, mas não tinha nada de
contrato. O Dorival me viu em um amistoso, me chamou e perguntou se eu
tinha um contrato. Eu respondi que não e então ele viu isso para mim e
me promoveu ao profissional”, disse o atleta durante entrevista coletiva
na última terça-feira.
No entanto, a ausência do contrato e a
incerteza de continuar no clube não foram as únicas dificuldades que
Marlone teve de superar para realizar o seu sonho.
Natural de
Augustinópolis, no Tocantins, Marlone foi entregue pela mãe biológica
para a adoção. Adolescente de 13 anos e sem condições financeiras para
criar os gêmeos recém-nascidos, a mãe resolveu dar uma das crianças para
um conhecido. Jaldo Saraiva da Silva adotou Marlone e ambos
desenvolveram uma relação de pai e filho. Até hoje, o vascaíno não passa
um dia sequer sem ligar para Jaldo.
Maior incentivador na carreira
do filho, Jaldo foi responsável por acompanhar Marlone em peneiras e
testes. Depois de ter sido reprovado no Cruzeiro, em fevereiro de 2006, o
garoto soube que haveria uma peneira do Vasco em uma cidade vizinha e
não mediu esforços. Foi aprovado e levado pelo observador técnico Ercy
Rosa para o Rio de Janeiro.
No Rio, Marlone passou a morar junto com
os outros garotos no alojamento em São Januário, onde permaneceu por
aproximadamente cinco anos. Mais tarde, porém, foi afastado por cerca de
um mês por conta de um erro na certidão de nascimento. O ano do
nascimento datado no documento não batia com os outros registros. Foi
então que Marlone teve de retornar à cidade natal e solucionar o caso,
que já era visto como "adulteração do registro".
"Foi tudo um
mal-entendido. Quando nós fizemos a certidão de nascimento dele, a
mulher do cartório digitou errado o ano do nascimento. Ao invés de
colocar o número dois, ela colocou o número três. Não havíamos percebido
o erro até o Vasco comunicá-lo. Um mês depois, o problema foi
solucionado e ele voltou ao clube", lembra o pai, que trabalha
atualmente no almoxarifado da prefeitura da cidade.
Quem também
lembra os tempos de base é Gaúcho, técnico da equipe dos juniores
responsável pela transição de Marlone da equipe sub 17 para o sub 20 em
2010.
"Eu subi o Marlone do juvenil para o juniores. O Marlone
sempre foi um jogador muito técnico e eu tenho certeza que tem um futuro
brilhante pela frente. Ele é um jogador muito rápido também. É um
garoto acima da média. Ele chegou a um grande clube, que é o Vasco, por
causa do talento", afirmou o Gaúcho ao iG Esporte.
Após a
turbulência, Marlone viu os dias melhores aparecerem. Ele ganhou aumento
salarial e convidou o irmão gêmeo Marlon, que já estava recebendo a
ajuda de Jaldo em Augustinópolis, para morar no Rio de Janeiro. Com o
desejo de também se tornar jogador de futebol, Marlon aceitou o convite e
hoje joga como volante no Olaria.
Promovido ao profissional em
agosto do ano passado por Marcelo Oliveira, Marlone teve poucas chances e
atuou em 13 jogos pelo Campeonato Brasileiro de 2012, marcando apenas
um gol. Em julho deste ano, o atacante comemorou a volta de Dorival
Júnior por acreditar que ganharia mais espaço na equipe. E ele estava
certo.
http://paraisoweb.com.br/ whazzup/2013/08/ marlone-supera-pobreza-vira-tit ular-e-tenta-recompensar-o-pad rinho-dorival/
28 de agosto de 2013
Gabriela Chabatura
Atacante do Vasco foi entregue para adoção, viu no futebol sua grande chance e contou com a ajuda do técnico para assinar seu primeiro contrato profissional, há 4 anos.
Há quatro anos, Marlone recebeu de Dorival Júnior a ajuda que precisava para seguir carreira no futebol. Foi graças ao treinador que ele teve seu primeiro contrato e permaneceu em São Januário. E nesta quinta-feira, contra o Nacional-AM, o atleta tem a chance de classificar o Vasco para a próxima fase da Copa do Brasil e agradecer a confiança depositada. O Vasco tem a vantagem diante do Nacional-AM e pode até perder por um gol pelo fato de ter vencido o primeiro jogo por 2 a 0.
Na primeira passagem de Dorival Júnior pelo clube, Marlone jogava na equipe juvenil e não tinha nenhum vínculo quando foi chamado para compor a equipe profissional contra a seleção da Nicarágua. “Eu estava na base atuando, mas não tinha nada de contrato. O Dorival me viu em um amistoso, me chamou e perguntou se eu tinha um contrato. Eu respondi que não e então ele viu isso para mim e me promoveu ao profissional”, disse o atleta durante entrevista coletiva na última terça-feira.
No entanto, a ausência do contrato e a incerteza de continuar no clube não foram as únicas dificuldades que Marlone teve de superar para realizar o seu sonho.
Natural de Augustinópolis, no Tocantins, Marlone foi entregue pela mãe biológica para a adoção. Adolescente de 13 anos e sem condições financeiras para criar os gêmeos recém-nascidos, a mãe resolveu dar uma das crianças para um conhecido. Jaldo Saraiva da Silva adotou Marlone e ambos desenvolveram uma relação de pai e filho. Até hoje, o vascaíno não passa um dia sequer sem ligar para Jaldo.
Maior incentivador na carreira do filho, Jaldo foi responsável por acompanhar Marlone em peneiras e testes. Depois de ter sido reprovado no Cruzeiro, em fevereiro de 2006, o garoto soube que haveria uma peneira do Vasco em uma cidade vizinha e não mediu esforços. Foi aprovado e levado pelo observador técnico Ercy Rosa para o Rio de Janeiro.
No Rio, Marlone passou a morar junto com os outros garotos no alojamento em São Januário, onde permaneceu por aproximadamente cinco anos. Mais tarde, porém, foi afastado por cerca de um mês por conta de um erro na certidão de nascimento. O ano do nascimento datado no documento não batia com os outros registros. Foi então que Marlone teve de retornar à cidade natal e solucionar o caso, que já era visto como "adulteração do registro".
"Foi tudo um mal-entendido. Quando nós fizemos a certidão de nascimento dele, a mulher do cartório digitou errado o ano do nascimento. Ao invés de colocar o número dois, ela colocou o número três. Não havíamos percebido o erro até o Vasco comunicá-lo. Um mês depois, o problema foi solucionado e ele voltou ao clube", lembra o pai, que trabalha atualmente no almoxarifado da prefeitura da cidade.
Quem também lembra os tempos de base é Gaúcho, técnico da equipe dos juniores responsável pela transição de Marlone da equipe sub 17 para o sub 20 em 2010.
"Eu subi o Marlone do juvenil para o juniores. O Marlone sempre foi um jogador muito técnico e eu tenho certeza que tem um futuro brilhante pela frente. Ele é um jogador muito rápido também. É um garoto acima da média. Ele chegou a um grande clube, que é o Vasco, por causa do talento", afirmou o Gaúcho ao iG Esporte.
Após a turbulência, Marlone viu os dias melhores aparecerem. Ele ganhou aumento salarial e convidou o irmão gêmeo Marlon, que já estava recebendo a ajuda de Jaldo em Augustinópolis, para morar no Rio de Janeiro. Com o desejo de também se tornar jogador de futebol, Marlon aceitou o convite e hoje joga como volante no Olaria.
Promovido ao profissional em agosto do ano passado por Marcelo Oliveira, Marlone teve poucas chances e atuou em 13 jogos pelo Campeonato Brasileiro de 2012, marcando apenas um gol. Em julho deste ano, o atacante comemorou a volta de Dorival Júnior por acreditar que ganharia mais espaço na equipe. E ele estava certo.
http://paraisoweb.com.br/
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