ATIVIDADE DO CASQ DISCUTE ADOÇÃO COM COMUNIDADE DA UFF
ter, 27/08/2013
Os preconceitos e mitos em torno da adoção, a revelação do segredo de
que o filho ou filha é adotado e os principais medos dos pais adotivos
estão entre os temas que serão abordados no “Conversando sobre”,
atividade promovida pela seção psicossocial da Coordenação de Atenção
Integral à Saúde e Qualidade de Vida (Casq) ligada à Pró-reitoria de
Gestão de Pessoas (Progepe). O evento ocorrerá no dia 4 de setembro, às
12h30 na parte dos fundos do prédio anexo da reitoria, Rua Miguel de
Frias, 9, Niterói.
Com um horário fixo no atendimento de pais,
todas às quartas-feiras, de 12h30 às 14h, duas psicólogas do Casq se
revezam e tiram dúvidas a respeito de diversos assuntos em torno da
relação entre pais e filhos. Na primeira quarta-feira de cada mês, é
realizado o “Conversando sobre” em que é debatido algum dos temas
trazidos pelos pais nos encontros semanais. Este mês o tema adoção será
trabalhado levando-se em consideração diversos aspectos e a iniciativa
tem como principal objetivo acabar com o preconceito ainda observado em
relação ao assunto. É o que aponta Lúcia de Fátima Veloso, psicóloga que
realizará o encontro: “As novas configurações familiares estão sendo
aceitas socialmente. Mas ainda há preconceitos com relação à família
adotiva. E isso ocorre muito em função do fato de a criança adotada ser
fruto de um abandono anterior, o que é considerado uma marca
irreversível.” Segundo Lúcia, a marca deixada pelo abandono e pela
instituição que cuidou da criança é um mito, mas acaba por ser um dos
motivos da preferência pela adoção de crianças recém-nascidas.
Dados divulgados pela ONG Associazione Amici dei Bambini (Ai.Bi) revelam
que 67% dos pais querem que o filho adotivo seja um bebê com cerca de 6
meses de idade. Essa dificuldade da adoção tardia segundo Lúcia pode
ter como um dos fatores o que ela classifica como o preconceito social.
“Muitas famílias preferem adotar crianças mais novas que se assemelhem a
filhos biológicos para que não haja o peso do preconceito social.
Então, geralmente são bebês, crianças brancas e meninas, já que há o
mito que elas são mais dóceis na educação. Uma forma de mudarmos esse
quadro é começarmos a quebrar esses mitos”, assegura.
Sem revelar a
verdade para os filhos adotivos, os pais que mantém o segredo da adoção
dificultam a troca e o diálogo necessários na relação entre ambos, o
que para a psicóloga acarreta inclusive a perda de confiança. Para a
solução desse problema e do medo dos pais adotivos de os filhos
procurarem os pais biológicos, Lúcia aposta na conversa e conclui sua
fala lembrando a importância do debate em relação à adoção: “As famílias
adotivas são famílias em que pai e mãe correram muito atrás para ficar
com a criança. São fruto de um desejo muito grande de ter um filho. Elas
têm todas as alegrias, mas também todas as dificuldades de
relacionamento interpessoal e humano, o que é observado em qualquer
família. Então é preciso falar muito sobre adoção para desmistificar as
falsas impressões que existem.”
Para maiores informações sobre o
evento e é voltado para a comunidade acadêmica, os interessados podem
entrar em contato com a seção psicossocial da Casq, no telefone
2629-5308.
http://www.puro.uff.br/aggregator/sources/2
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