CPI DO TRÁFICO DE CRIANÇAS DEFENDE INVESTIGAÇÃO DE DESAPARECIMENTOS
30/08/2013
A criação de ferramentas para ligar casos de desaparecimentos, supostas
adoções e falsificação de certidões de nascimento a casos de tráfico de
crianças foi defendida pelo presidente da Comissão Parlamentar de
Inquérito da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga o
assunto, deputado Paulo Ramos (sem partido), nesta quinta-feira (29/08).
Segundo ele, a Polícia Civil já investiga casos categorizados como
tráfico, mas a Polícia Federal não tem estes registros. A intenção do
presidente é fazer com que o assunto avance a partir de dados concretos.
Para Paulo Ramos, a adoção ilegal, em muitos casos, pode mascarar
ocorrências de tráfico internacional, exploração sexual ou tráfico de
órgãos. "É necessário que haja mais precisão nas investigações e que se
amarrem as pistas e provas para que se tenha mais agilidade na resolução
dos casos. Os governos estadual e federal, trabalhando em conjunto, certamente trarão mais agilidade nas investigações", reitera o parlamentar.
Representante da OAB na Comissão Estadual Judiciária de Adoção, Silvana
do Monte entregou ao presidente um relatório das adoções realizadas nos
últimos dois anos pelo Instituto da Adoção do Estado do Rio de Janeiro,
para esclarecer e demostrar a transparência das adoções no Brasil e as
do Brasil para o exterior. Silvana disse ter ciência de algumas
irregularidades em adoções, mas frisou que a partir da implementação do
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, tais práticas
passaram a se tornar mais difíceis. "Depois que assumi o cargo, soube de
alguns casos, mas desde que o ECA foi criado há mais lisura nos
procedimentos praticados no Rio de Janeiro", considerou Monte.
Já o
coordenador de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Secretaria de
Estado de Direitos Humanos, Ebenezer Oliveira, disse que o setor
trabalha em três eixos: a prevenção, a repressão e a assistência à
vítima. "Atualmente estamos desenvolvendo um plano de ações para os
enfrentamentos e contamos com órgãos parceiros, como a Polícia Federal.
Estamos à disposição da CPI para esclarecermos todos os casos que a
mesma julgar duvidosos", acrescentou. De acordo com Ebenezer, a
Secretaria acompanha casos suspeitos, mas que nem sempre podem ser
caracterizados como crime. A audiência pública contou ainda com a
presença do relator, deputado Jânio Mendes (PDT), e do deputado Luiz
Paulo (PSDB).
Ascom Alerj
http://www.petropolisnews.com.br/artigos.php?id_artigo=43552
A declaração correta é: Desconheço a prática de adoções internacionais irregulares no estado do Rio de Janeiro. Há alguns anos fui procurada por jovens que moram em Israel e alegavam terem sido adotados irregularmente. Foram crianças do Sul e, inclusive, houve várias matérias acerca de tais adoções em jornais do sul do país.
Silvana do Monte Moreira
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