23/08/2013
Cientista da Nasa Kelly Burke, de 45 anos, teve Liam James há 9 meses.
Duas famílias americanas colaboram com doações para 'adoção aberta'.
Do G1, em São Paulo
Uma cientista da agência espacial americana (Nasa) deu à luz seu
primeiro filho há nove meses, após passar por uma reprodução assistida
que usou embriões congelados por outra mulher há 19 anos. Kelly Burke,
de 45 anos, contou na verdade com a ajuda de duas famílias americanas
para ter o pequeno Liam James, em uma espécie de "adoção aberta".
Segundo os médicos que atenderam a paciente no Centro de Ciência
Reprodutiva de Bay Area, em San Francisco, na Califórnia, o embrião que
resultou no menino pode ser o segundo mais antigo já preservado por
congelamento – o mais velho até hoje a dar origem a um bebê tinha 19
anos e 7 meses, segundo a revista "Fertility and Sterility".
Após
anos de tentativas para engravidar e vários tratamentos de fertilidade, a
cientista de foguetes, que vive em Virginia Beach, no estado da
Virgínia, desistiu da ideia de usar os próprios óvulos e descobriu um
casal do Oregon que queria doar quatro embriões.
Há 19 anos, em
1994, outra mulher havia doado seus óvulos ao Centro de Ciência
Reprodutiva de Bay Area, e esse casal do Oregon decidiu usá-los para uma
fertilização in vitro. Os médicos, então, transferiram dois embriões
para o útero da paciente e congelaram os restantes. Por sorte, o casal
conseguiu ter gêmeos idênticos já nessa tentativa.
Os embriões
remanescentes ficaram congelados até o ano passado, quando o casal do
Oregon entrou em contato com Kelly, que passou por um rigoroso processo
de aprovação. Ela então "adotou" quatro embriões e voou até San
Francisco para implantar dois deles. Os outros dois foram congelados e
podem ser usados se a cientista quiser ter um segundo filho mais tarde.
Segundo a endocrinologista reprodutiva Deborah Wachs, do centro em San
Francisco, as mulheres agora têm a possibilidade de ser mães muito tempo
depois do que faziam há alguns anos. Além disso, há cada vez mais
condições de transferir apenas um embrião por vez, o que elimina a
preocupação de nascerem bebês múltiplos.
Kelly diz que, como parte
da "adoção aberta" que estabeleceu com o casal do Oregon, ela pretende
um dia apresentar Liam James a seus outros irmãos, fruto do mesmo ciclo
de embriões, que nasceram a mais de 4 mil quilômetros de distância e já
são adolescentes.
Cientista da Nasa Kelly Burke, de 45 anos, ao lado do filho Liam James (Foto: Reproductive Science Center/Divulgação)
http://m.g1.globo.com/ bemestar/noticia/2013/08/ mulher-da-luz-apos-usar-embrioe s-congelados-ha-19-anos-por-ou tra-mae.html
23/08/2013
Cientista da Nasa Kelly Burke, de 45 anos, teve Liam James há 9 meses. Duas famílias americanas colaboram com doações para 'adoção aberta'.
Do G1, em São Paulo
Uma cientista da agência espacial americana (Nasa) deu à luz seu primeiro filho há nove meses, após passar por uma reprodução assistida que usou embriões congelados por outra mulher há 19 anos. Kelly Burke, de 45 anos, contou na verdade com a ajuda de duas famílias americanas para ter o pequeno Liam James, em uma espécie de "adoção aberta".
Segundo os médicos que atenderam a paciente no Centro de Ciência Reprodutiva de Bay Area, em San Francisco, na Califórnia, o embrião que resultou no menino pode ser o segundo mais antigo já preservado por congelamento – o mais velho até hoje a dar origem a um bebê tinha 19 anos e 7 meses, segundo a revista "Fertility and Sterility".
Após anos de tentativas para engravidar e vários tratamentos de fertilidade, a cientista de foguetes, que vive em Virginia Beach, no estado da Virgínia, desistiu da ideia de usar os próprios óvulos e descobriu um casal do Oregon que queria doar quatro embriões.
Há 19 anos, em 1994, outra mulher havia doado seus óvulos ao Centro de Ciência Reprodutiva de Bay Area, e esse casal do Oregon decidiu usá-los para uma fertilização in vitro. Os médicos, então, transferiram dois embriões para o útero da paciente e congelaram os restantes. Por sorte, o casal conseguiu ter gêmeos idênticos já nessa tentativa.
Os embriões remanescentes ficaram congelados até o ano passado, quando o casal do Oregon entrou em contato com Kelly, que passou por um rigoroso processo de aprovação. Ela então "adotou" quatro embriões e voou até San Francisco para implantar dois deles. Os outros dois foram congelados e podem ser usados se a cientista quiser ter um segundo filho mais tarde.
Segundo a endocrinologista reprodutiva Deborah Wachs, do centro em San Francisco, as mulheres agora têm a possibilidade de ser mães muito tempo depois do que faziam há alguns anos. Além disso, há cada vez mais condições de transferir apenas um embrião por vez, o que elimina a preocupação de nascerem bebês múltiplos.
Kelly diz que, como parte da "adoção aberta" que estabeleceu com o casal do Oregon, ela pretende um dia apresentar Liam James a seus outros irmãos, fruto do mesmo ciclo de embriões, que nasceram a mais de 4 mil quilômetros de distância e já são adolescentes.
Cientista da Nasa Kelly Burke, de 45 anos, ao lado do filho Liam James (Foto: Reproductive Science Center/Divulgação)
http://m.g1.globo.com/
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