18/09/2013
Conselho Nacional de Justiça diz que o entrave para a adoção é o perfil exigido pelos adotantes.
Em 2013 o número de crianças adotadas no Brasil teve um aumento de
cerca de 30% em relação ao ano passado. Segundo dados do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), 29.535 pessoas aguardam na fila de espera
para conseguir adotar uma criança ou adolescente. Embora o índice de
adoção tenha aumentado, é preciso seguir uma série de etapas para que o
processo seja concluído, tais como participar do curso preparatório de
dez horas, se encaixar no perfil apropriado e se inscrever no Cadastro
de Adoção, o que pode demandar alguns anos.
Foi o caso de Cleusa Salin. A aposentada iniciou o projeto de adoção na
década de 80 e passou aproximadamente doze anos esperando até conseguir
a autorização do juiz e a adoção ser concretizada. “O processo de
adoção foi todo acompanhado por um juiz. Assistentes sociais vinham até a
minha casa para ver como era a minha vida, minha rotina, para ter
certeza que eu teria condições de cuidar do neném”, afirmou Cleusa
Além do acompanhamento feito pela assistente social, ela também
participou da Associação dos Pais Adotivos (APA) na cidade de Campinas
(SP), onde frequentou palestras e reuniões. Todavia, as dificuldades
para adotar um bebê atrasaram o andamento da adoção. “Eu queria um bebê e
não uma criança maior, porque eu sabia que os bebês eram abandonados em
hospitais. Através de uma amiga, eu conheci a assistente social. E só
então, consegui fazer minha ficha de inscrição da adoção”, disse ela.
Após cumprir os protocolos impostos pelo Conselho Nacional de Adoção,
enfim Cleusa conseguiu adotar o bebê que tanto desejava. “Muita gente
falou que era loucura começar tudo de novo, ainda mais com uma criança
pequena em casa, mas é completamente ao contrário, a criança está
abençoando o casal. É gratificante. Foi uma criança que eu escolhi”,
afirmou a aposentada.
Cleusa também ressalta a importância do
preparo que os pretendentes precisam ter, afinal, estão lidando com uma
vida. “Muitas pessoas têm o desejo de adotar, porém não têm ideia da
responsabilidade que é cuidar de uma criança. Algumas se arrependem e
querem devolver a criança à instituição. Mas se você está preparado vale
muito a pena. É uma dádiva!”, declarou Cleusa.
O Conselho Nacional
de Justiça revelou que em 2011 o número de crianças disponíveis para a
adoção chegava a 4.760 e que no mesmo ano, o índice de pretendentes para
adoção passou de 27.470 cadastrados. Mas, de acordo com a própria CNJ, o
perfil exigido pelos pretendentes continua a ser o grande entrave para a
adoção dessas crianças.
Milena Andrade
Do RS21
Cleusa Salin e sua filha (7 meses) após o batizado (foto: arquivo pessoal)
Cleusa com sua filha adotiva em 1998 (Foto: arquivo pessoal)
19 anos depois da adoção (Foto: arquivo pessoal)
https://www.rs21.com.br/ ?p=61971
18/09/2013
Conselho Nacional de Justiça diz que o entrave para a adoção é o perfil exigido pelos adotantes.
Em 2013 o número de crianças adotadas no Brasil teve um aumento de cerca de 30% em relação ao ano passado. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 29.535 pessoas aguardam na fila de espera para conseguir adotar uma criança ou adolescente. Embora o índice de adoção tenha aumentado, é preciso seguir uma série de etapas para que o processo seja concluído, tais como participar do curso preparatório de dez horas, se encaixar no perfil apropriado e se inscrever no Cadastro de Adoção, o que pode demandar alguns anos.
Foi o caso de Cleusa Salin. A aposentada iniciou o projeto de adoção na década de 80 e passou aproximadamente doze anos esperando até conseguir a autorização do juiz e a adoção ser concretizada. “O processo de adoção foi todo acompanhado por um juiz. Assistentes sociais vinham até a minha casa para ver como era a minha vida, minha rotina, para ter certeza que eu teria condições de cuidar do neném”, afirmou Cleusa
Além do acompanhamento feito pela assistente social, ela também participou da Associação dos Pais Adotivos (APA) na cidade de Campinas (SP), onde frequentou palestras e reuniões. Todavia, as dificuldades para adotar um bebê atrasaram o andamento da adoção. “Eu queria um bebê e não uma criança maior, porque eu sabia que os bebês eram abandonados em hospitais. Através de uma amiga, eu conheci a assistente social. E só então, consegui fazer minha ficha de inscrição da adoção”, disse ela.
Após cumprir os protocolos impostos pelo Conselho Nacional de Adoção, enfim Cleusa conseguiu adotar o bebê que tanto desejava. “Muita gente falou que era loucura começar tudo de novo, ainda mais com uma criança pequena em casa, mas é completamente ao contrário, a criança está abençoando o casal. É gratificante. Foi uma criança que eu escolhi”, afirmou a aposentada.
Cleusa também ressalta a importância do preparo que os pretendentes precisam ter, afinal, estão lidando com uma vida. “Muitas pessoas têm o desejo de adotar, porém não têm ideia da responsabilidade que é cuidar de uma criança. Algumas se arrependem e querem devolver a criança à instituição. Mas se você está preparado vale muito a pena. É uma dádiva!”, declarou Cleusa.
O Conselho Nacional de Justiça revelou que em 2011 o número de crianças disponíveis para a adoção chegava a 4.760 e que no mesmo ano, o índice de pretendentes para adoção passou de 27.470 cadastrados. Mas, de acordo com a própria CNJ, o perfil exigido pelos pretendentes continua a ser o grande entrave para a adoção dessas crianças.
Milena Andrade
Do RS21
Cleusa Salin e sua filha (7 meses) após o batizado (foto: arquivo pessoal)
Cleusa com sua filha adotiva em 1998 (Foto: arquivo pessoal)
19 anos depois da adoção (Foto: arquivo pessoal)
https://www.rs21.com.br/
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