23 de setembro de 2013
MS Record
Cerca de 60 mil crianças na faixa etária entre 6 e 13 anos aguardam adoção
Quando se fala em adoção, a maioria dos casais quer adotar bebês
recém-nascidos ou com pouco tempo de vida. As crianças maiores vão
ficando nos abrigos à espera da Adoção Tardia. O MS Record, conta a
história de um casal, que já tem uma filha biológica e adotou um menina
com a mesma idade da filha e está muito feliz com a decisão.
No Lar
Vovó Miloca, dois bebês de poucos meses de vida ainda não foram adotados
por não estarem com os processos prontos, liberados pela Justiça. Mas
eles, os bebês, são os primeiros a serem escolhidos por uma família que
pretende adotar. Grande parte busca a adoção por não ter condições de
gerar um filho.
Das 21 crianças abrigadas no Lar Vovó Miloca, quatro
estão com idade entre sete e 13 anos. Faixa etária da chamada Adoção
Tardia. Algumas esperam uma família há mais de dois anos.
Para se
concretizar uma adoção é preciso que não haja mais nenhuma possibilidade
da criança voltar à família biológica. Esses entraves judiciais, muitas
vezes aumentam a fila para adoção. O que aumenta ainda mais o tempo de
espera das crianças com mais de seis anos. Situação que entristece a
presidente do abrigo.
“É um grande problema, porque gostaríamos que
todas as crianças tivessem a mesma oportunidade, pois eles sentem falta
de uma família, e os maiores muito mais, porque já compreendem sabem a
situação, então gostaríamos muito que as pessoas abrissem o coração a
mente e vissem que não tem problema que a criança seja maior é um medo
infundado”, diz Josefa Rosa, presidente Do Lar Vovó Miloca.
O tabu
da adoção tardia foi quebrado por Sheila e Rodrigo. Com uma filha
biológica de nove anos, decidiram adotar mais uma menina da mesma idade.
Além dos passos burocráticos, caminharam por um curso de preparação em
que o principal é entender o sentido de adotar uma criança.
“Eles
estão procurando pais que sejam compatíveis às crianças que eles tem,
então são crianças que eles gostam muito, que o governo e a Justiça
protegem e eles precisam de pais compatíveis, então essa foi a
dificuldade”, diz a veterinária, Sheila Postinguel.
Rodrigo e Sheila desde o início do relacionamento pensavam em adotar uma criança. Há seis meses chegou a hora de receber sara.
“A Sheila me convenceu na verdade, ela tem a vontade desde criança e
depois que ela falou começamos a amadurecer a ideia e agora eu gostei”,
diz, Rodrigo Postinguel.
A filha biológica Isabela, teve importante
participação na decisão dos pais foi ela quem lembrou da vontade de
Rodrigo e Sheila em adotar uma criança.
“Eu lembrei eles e falei que
eu queria uma irmã para brincar, foi legal quando ela chegou, foi meio
esquisito, mas fui me acostumando, conversamos bastante, quase o dia
inteiro”, diz Isabela Akemy Sato Postinguel, de 9 anos.
“Elas se
parecem muito, no jeito que elas falam, que elas andam, no jeito que
elas desenvolvem as conversas, até as palavras estão ficando parecidas”,
diz a veterinária.
Neste ano, por meio do núcleo de adoção do fórum
de Campo Grande, 19 crianças acima de seis anos foram adotadas. Uma
delas é a Sara. Ela foi afastada da família biológica por decisão
judicial e até todo o processo correr e serem descartadas todas as
possibilidades de retorno para os pais, ela ficou cerca de dois anos em
um abrigo.
Agora pertence a esta família, de corpo, coração e alma.
“No primeiro dia achei meio estranho, porque eu nunca tinha vindo aqui,
aí nós fomos brincando e eu fui me sentindo em casa, eu sempre orava
para Deus para ele dar uma família para mim, e eu já tinha certeza que
eu ia para uma família”, diz Sara Maiumy Sato Postinguel, de 9 anos.
O levantamento do cadastro nacional de adoção mostra que cerca de 60
mil crianças na faixa etária entre 6 e 13 anos aguardam por um lar em
todo o país. Dessas, apenas 10% estão disponíveis.
Números
apresentados no começo do ano mostram que das quase 30 mil famílias
cadastradas, apenas três mostram interesse em adotar criança acima dos
seis anos. Há mais de 5 mil 400 crianças em todo o pais para adoção,
destas 90% estão na adoção tardia mais de 4 mil 800. (Com colaboração
Jacklin Andreucce, TV MS Record)
Foto: Reprodução TV MS Record - Sara que esperava ser adotada, agora pertence a esta família, de corpo, coração e alma
http://www.msrecord.com.br/
23 de setembro de 2013
MS Record
Cerca de 60 mil crianças na faixa etária entre 6 e 13 anos aguardam adoção
Quando se fala em adoção, a maioria dos casais quer adotar bebês recém-nascidos ou com pouco tempo de vida. As crianças maiores vão ficando nos abrigos à espera da Adoção Tardia. O MS Record, conta a história de um casal, que já tem uma filha biológica e adotou um menina com a mesma idade da filha e está muito feliz com a decisão.
No Lar Vovó Miloca, dois bebês de poucos meses de vida ainda não foram adotados por não estarem com os processos prontos, liberados pela Justiça. Mas eles, os bebês, são os primeiros a serem escolhidos por uma família que pretende adotar. Grande parte busca a adoção por não ter condições de gerar um filho.
Das 21 crianças abrigadas no Lar Vovó Miloca, quatro estão com idade entre sete e 13 anos. Faixa etária da chamada Adoção Tardia. Algumas esperam uma família há mais de dois anos.
Para se concretizar uma adoção é preciso que não haja mais nenhuma possibilidade da criança voltar à família biológica. Esses entraves judiciais, muitas vezes aumentam a fila para adoção. O que aumenta ainda mais o tempo de espera das crianças com mais de seis anos. Situação que entristece a presidente do abrigo.
“É um grande problema, porque gostaríamos que todas as crianças tivessem a mesma oportunidade, pois eles sentem falta de uma família, e os maiores muito mais, porque já compreendem sabem a situação, então gostaríamos muito que as pessoas abrissem o coração a mente e vissem que não tem problema que a criança seja maior é um medo infundado”, diz Josefa Rosa, presidente Do Lar Vovó Miloca.
O tabu da adoção tardia foi quebrado por Sheila e Rodrigo. Com uma filha biológica de nove anos, decidiram adotar mais uma menina da mesma idade. Além dos passos burocráticos, caminharam por um curso de preparação em que o principal é entender o sentido de adotar uma criança.
“Eles estão procurando pais que sejam compatíveis às crianças que eles tem, então são crianças que eles gostam muito, que o governo e a Justiça protegem e eles precisam de pais compatíveis, então essa foi a dificuldade”, diz a veterinária, Sheila Postinguel.
Rodrigo e Sheila desde o início do relacionamento pensavam em adotar uma criança. Há seis meses chegou a hora de receber sara.
“A Sheila me convenceu na verdade, ela tem a vontade desde criança e depois que ela falou começamos a amadurecer a ideia e agora eu gostei”, diz, Rodrigo Postinguel.
A filha biológica Isabela, teve importante participação na decisão dos pais foi ela quem lembrou da vontade de Rodrigo e Sheila em adotar uma criança.
“Eu lembrei eles e falei que eu queria uma irmã para brincar, foi legal quando ela chegou, foi meio esquisito, mas fui me acostumando, conversamos bastante, quase o dia inteiro”, diz Isabela Akemy Sato Postinguel, de 9 anos.
“Elas se parecem muito, no jeito que elas falam, que elas andam, no jeito que elas desenvolvem as conversas, até as palavras estão ficando parecidas”, diz a veterinária.
Neste ano, por meio do núcleo de adoção do fórum de Campo Grande, 19 crianças acima de seis anos foram adotadas. Uma delas é a Sara. Ela foi afastada da família biológica por decisão judicial e até todo o processo correr e serem descartadas todas as possibilidades de retorno para os pais, ela ficou cerca de dois anos em um abrigo.
Agora pertence a esta família, de corpo, coração e alma.
“No primeiro dia achei meio estranho, porque eu nunca tinha vindo aqui, aí nós fomos brincando e eu fui me sentindo em casa, eu sempre orava para Deus para ele dar uma família para mim, e eu já tinha certeza que eu ia para uma família”, diz Sara Maiumy Sato Postinguel, de 9 anos.
O levantamento do cadastro nacional de adoção mostra que cerca de 60 mil crianças na faixa etária entre 6 e 13 anos aguardam por um lar em todo o país. Dessas, apenas 10% estão disponíveis.
Números apresentados no começo do ano mostram que das quase 30 mil famílias cadastradas, apenas três mostram interesse em adotar criança acima dos seis anos. Há mais de 5 mil 400 crianças em todo o pais para adoção, destas 90% estão na adoção tardia mais de 4 mil 800. (Com colaboração Jacklin Andreucce, TV MS Record)
Foto: Reprodução TV MS Record - Sara que esperava ser adotada, agora pertence a esta família, de corpo, coração e alma
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