ASSESSORAS NEGAM CULPA EM ADOÇÃO 28/09/2013
Investigação
Funcionárias da Vara da Infância de Olinda serão investigadas por
suposta participação no processo irregular da guarda de criança por
casal que vive nos EUA
Do JC Online
As duas funcionárias
da Vara da Infância e Juventude de Olinda que também serão investigadas
na apuração de suposto erro de conduta e assédio moral praticados pela
juíza Andrea Calado, não receberam, até a tarde de da última sexta-feira
(27), notificação da Corregedoria Geral de Justiça de Pernambuco.
Cristiana Wanderley, assessora da juíza, será investigada por tráfico de
influência no caso da adoção de uma menina de um ano por um casal que
mora nos Estados Unidos e que não fazia parte do Cadastro Nacional de
Adoção. Ela também foi acusada de assediar moralmente servidoras da
equipe multidisciplinar da Vara para obter a avaliação favorável ao
casal. Já a secretária-geral da Vara, Jacquilene Teixeira, é investigada
por prática de falsidade ideológica, pois teria trocado documentos no
processo.
“Fiquei chocada. Sempre me dei bem com elas (servidoras
da equipe multidisciplinar). Organizamos juntas uma festa junina para as
crianças este ano. Uma delas até me convidou para sua festa de
aniversário”, disse Cristiana.
Sobre a ligação com Giovana Uchoa,
filha do presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), a
assessora negou que a conhecesse. Também disse que não conhecia
Cristiane Marvin, que tentou adotar a menina. “Só as adicionei no
Facebook após a guarda ter sido concedida, até para acompanhar a
criança. Tenho como provar isso, pelo próprio registro do site”,
explicou. Cristiana informou ainda que contratará um advogado para
auxiliá-la em sua defesa.
Já a secretária-geral Jacquilene Teixeira
informou que não foi comunicada oficialmente pela corregedoria e que
desconhecia as acusações. “Não tive tempo de ver o Diário Oficial”,
argumentou.
O advogado do Sindicato dos Servidores da Justiça do
Estado de Pernambuco (Sindjud-PE), Sávio Delano, informou que as cinco
servidoras que prestaram depoimento na Corregedoria de Justiça e
denunciaram o suposto assédio moral praticado pela juíza Andrea Calado
continuam afastadas das suas funções por licença médica. O tratamento,
que inicialmente duraria 30 dias, foi prorrogado por mais 30. Delano
informou que o Sindjud entrou com um requerimento na corregedoria
pedindo o afastamento da magistrada da Vara. “Defendemos a saída dela
por uma preocupação com a saúde das servidoras afastadas e pelo bom
andamento jurisdicional”, explicou. Uma profissional atua na Vara e as
demais, na equipe multidisciplinar de apoio.
Na última sexta, a
juíza Andrea Calado foi notificada sobre a instauração de um
procedimento de investigação preliminar na Corregedoria. A partir de
segunda-feira, ela terá um prazo de 15 dias para apresentar sua defesa.
Depois, o caso será levado à corte do TJPE.
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/geral/noticia/2013/09/28/assessoras-negam-culpa-em-adocao-99204.php
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