quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ADOÇÃO UM ATO DE AMOR!!



A minha história é um pouco complicada de compreender e até de explicar, meu nome é Lua Blanco, tenho 37 anos e sou casada com o amor da minha vida, Arthur Aguiar de 35 anos. Nós os dois somos empresários e já somos casados á 10 anos.
Conhecemo-nos na adolescência e apaixonamo-nos loucamente um pelo outro, fizemos faculdade juntos e aos quando tinha 23 anos decidimos morar juntos e construir uma vida cheia de amor. Meu amor me pediu em casamento e foi o dia mais lindo da minha vida, ele preparou uma viagem romântica a Itália, eu pensei que era um miminho para nós como presente do dia dos namorados e foi mesmo um presente maravilhoso.
Estávamos os dois a passear por Roma, uma cidade lindíssima e romântica e fomos para um jardim e lá ele me fez uma declaração linda demais, chorei baba e ranho, ainda não vos tinha dito, mas meu maridinho é muito romântico, carinhoso e amoroso com quem ele ama e adora fazer surpresas.
E lá no jardim magnífico ele se ajoelhou na minha frente e com duas lindas alianças numa caixinha vermelha de veludo, me fez o pedido. Eu boba e chorona claro que aceitei e desde aí estávamos mais juntos e felizes, o nosso relacionamento estava maravilhoso.
Depois voltamos para a nossa casinha e contamos do pedido de casamento à nossa família e amigos, foi uma festa e a partir desse dia foi uma correria para preparar tudo para o nosso casamento. Eu fiquei de tratar das flores, convites, do meu vestido lógico com a ajuda das minhas amigas e irmãs, a minha mãe e minha sogra ficaram de tratar do buffet e salão onde realizaria a festa e o Arthur ficou de tratar da igreja, da papelada e claro ficou de tratar do seu fato juntamente com o pai, irmão e futuros cunhados. E por último, mas não menos importante ficou a resolver a nossa lua-de-mel que segundo ele era surpresa.
Um ano depois do pedido eu e o meu amor casamos, foi uma tarde linda, família e amigos reunidos no dia mais importante e especial para nós. Estava tudo tão maravilhoso, mas o que eu queria era estar com o meu marido a sós e assim fizemos, fugimos do nosso próprio casamento e fomos viajar.
Foram 30 dias incríveis, fomos a Paris a cidade luz, a gente estava numa sintonia gostosa.
Passeamos pela cidade, namoramos, aproveitamos os dias com muita paz, alegria e de noite a gente se amava como nunca.
A gente se compreende com um gesto, um olhar, muitas vezes não são precisas palavras, somos almas gêmeas. O Thur me ama e sabe que o meu maior sonho e desejo é ser mãe, cuidar deles, amá-los e protege-los. Sei que também é o sonho dele, só que já estávamos a tentar ter um filho á 10 anos e nunca conseguimos. Fomos a médicos, fizemos exames e lá disseram-nos a noticia mais triste das nossas vidas.
Eu não posso ter filhos, o meu útero não consegue segurar um bebé no ventre, estou desolada porque nunca vou conseguir dar um filho ao homem que eu amo. Foram os piores momentos, sei que ele me ama e que nunca me abandonaria com ou sem filho, mas eu queria tanto gerar um ser só nosso e construir uma família com ele.
Porque Deus nosso senhor fez isto com a gente? Pergunto-me todos os dias o porquê de sermos nós.
Depois de um tempo em psicólogos e terapia a gente entendeu que se não podemos ter um bebé nosso, podemos adotar. Existe tantas crianças que precisam de pais e de amor e eu e o Thur estamos dispostos a dar.
Comentamos e conversamos com a nossa família e amigos sobre a possibilidade de virmos a adotar e eles nos apoiaram e deram a maior força pra nós seguirmos em frente.
O Arthur diz e muito bem que essas crianças podem não ter o mesmo tipo de sangue da gente, mas continuam a ser nossos filhos porque pai e mãe são os que criam e dão amor e muitas vezes não são os que dão á luz. Um dia, depois do nosso trabalho, fomos a uma instituição de crianças e adolescentes abandonados e entramos com a papelada para adoção e falamos com uma assistente social que nos explicou tudo.
Estávamos tão ansiosos para sabermos quando poderíamos ir lá conhecer os nossos filhotes, é assim que o Thur diz. Ele está tão empolgado em ser pai e diz que vai brincar o dia todo e ensinar um monte de coisas para eles, estamos a realizar o nosso maior e mais importante sonho.
Passado dois meses fomos chamados à instituição para conhecermos as crianças, desde início queríamos uma criança maiorzinha dos 2 aos 5 anos, achamos que era mais lógico porque essas crianças por serem mais velhas e não serem bebés nunca são adotadas e nós temos muito amor para dar.
Entramos naquele pátio e nos deparamos com muitas crianças e veio muita emoção ao ver tantas crianças lindas, eu estava encantada com tudo isto, mas de repente vimos uma menininha com 2 aninhos a vir na nossa direção. Ela queria brincar com a gente e nós dois bobos brincamos e nos divertimos bastante.
O nome dela é Lara e é linda, loirinha e cabelinhos cacheado e uns olhos verdes que nem duas esmeraldas. Falamos com a diretora da instituição para adotarmos ela, mas a moça disse que a Lara tinha um irmão de 6 anos e que não podia separá-los, eu e o Thur decidimos conhecer o menino. A moça disse que ele era mais reservado e um pouco agressivo por causa do passado dele, mas disse que ele defende a irmã de tudo e de todos, não deixa ninguém machucá-la.
Mas à muito tempo que ele não sorri e é feliz, entramos numa sala de brinquedos e lá estava ele sozinho a olhar para fora da janela, muito quieto e triste no olhar. O nome dele é Matheus e ele é lindo demais, é moreno e de cabelo liso, como o do Arthur também tem os olhos verdes que nem a Lara.
Ele olhou para trás e viu-nos, o primeiro a aproximar-se foi o Thur e começaram a falar e deram se bem logo de primeira. A diretora disse que desde que o Matheus chegou lá ele nunca se tinha aproximado de nenhum adulto e dado um sorriso, foi uma vitória para nós e para eles.
O Arthur foi o primeiro a dizer que a gente adotaria os dois e seriam os nossos filhos amados. Fomos para casa felizes, e contamos a novidade a todos e mostramos as fotos deles dois a toda a gente.
Esperamos a papelada se resolver e tudo o que fosse preciso para realizar a adoçao dos dois irmãos, esperado a assistente social preparar a Lara e o Matheus para ficarem conosco. Enquanto esse processo não ficasse concluído resolvemos preparar tudo para a chegada deles á nossa casa.
Preparamos o quarto da nossa princesa, rosa cheio de bonecas e ursinhos que ela gosta e também com borboletas, porque ela adora esse bicho. Já para o nosso campeão tratamos do quarto como se fosse o mar, praia e futebol. Ele adora água e queria um quarto em azul.
Matheus também é do flamengo como o Thur e ele como pai babão amou e disse que a partir de agora ia assistir todos os jogos juntos e torcer bastante pelo time. A minha princesa vai ser vascaína para ser mais justo, assim fica duas contra dois. No final de mais 3 meses eles vieram para a nossa casa para sermos os quatro felizes.
A Lara logo logo se integrou conosco e com o resto da família e amigos, ela é muito curiosa e faladeira, é a princesa mais linda do mundo.
O Matheus ele ficou mais na defensiva, ele tem medo de se aproximar, mas com o tempo ele entende que a gente nunca o vai abandonar e sim fazé-lo muito feliz. A nossa filhota começou a nos chamar de mamãe e papai logo que chegou e nos deixou felizes demais.
Passeamos, brincamos, damos bronca como qualquer pai e mãe e damos e recebemos carinho e amor em troca. Eles são os nossos maiores tesouros e milagres nas nossas vidas.
Há dois dias o Theus me chamou de mãe e foi inesquecível, chorei que nem doida, ele me abraçou e disse que me amava muito. Contei para o Thur assim que ele chegou a casa e ele ficou muito feliz e ao mesmo tempo com ciúmes por ele ter chamado mãe primeiro do que papai.
A gente conversou e jantamos todos juntos em família. No dia seguinte, domingo fomos almoçar na casa da minha mãe com toda a nossa família e lá no meio de tanta brincadeira o Matheus machucou o pé ao jogar bola e chorou muito com as dores, o Arthur foi logo vê-lo e lá o nosso filhote o chamou de pai e foi um momento inesquecível para todos, ele ficou bem e voltou a brincar como antes.
Os nossos filhos estão crescendo, a gente vai se amando porque mesmo tendo duas crianças nós nunca deixamos de namorar, passear, amar e ter tempo só nós os dois como casal.
Desde que soubemos que nós não poderíamos ter filhos biológicos e decidimos em adotar, entendemos que mesmo não tendo saído de dentro de mim eles são nossos filhos amados e são
nossos por inteiro.
O nosso amor é enorme e damos a vida por eles se for preciso. Como pais que somos só queremos o bem deles e que eles seja pessoas amadas, que amem, humildes, estudiosas, trabalhadoras, respeitosas e felizes.
Para mim e para o meu amor, adoção é um ato de amor.
A minha família é a mais maravilhosa do mundo.
Por Sophia Esteves
http://webelrebel.blogspot.com.br/2013/09/adocao-um-ato-de-amor-capitulo-unico.html

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