ADOÇÃO UM ATO DE AMOR!!
A minha história é um pouco complicada de compreender e até de
explicar, meu nome é Lua Blanco, tenho 37 anos e sou casada com o amor
da minha vida, Arthur Aguiar de 35 anos. Nós os dois somos empresários e
já somos casados á 10 anos.
Conhecemo-nos na adolescência e
apaixonamo-nos loucamente um pelo outro, fizemos faculdade juntos e aos
quando tinha 23 anos decidimos morar juntos e construir uma vida cheia
de amor. Meu amor me pediu em casamento e foi o dia mais lindo da minha
vida, ele preparou uma viagem romântica a Itália, eu pensei que era um
miminho para nós como presente do dia dos namorados e foi mesmo um
presente maravilhoso.
Estávamos os dois a passear por Roma, uma
cidade lindíssima e romântica e fomos para um jardim e lá ele me fez uma
declaração linda demais, chorei baba e ranho, ainda não vos tinha dito,
mas meu maridinho é muito romântico, carinhoso e amoroso com quem ele
ama e adora fazer surpresas.
E lá no jardim magnífico ele se
ajoelhou na minha frente e com duas lindas alianças numa caixinha
vermelha de veludo, me fez o pedido. Eu boba e chorona claro que aceitei
e desde aí estávamos mais juntos e felizes, o nosso relacionamento
estava maravilhoso.
Depois voltamos para a nossa casinha e contamos
do pedido de casamento à nossa família e amigos, foi uma festa e a
partir desse dia foi uma correria para preparar tudo para o nosso
casamento. Eu fiquei de tratar das flores, convites, do meu vestido
lógico com a ajuda das minhas amigas e irmãs, a minha mãe e minha sogra
ficaram de tratar do buffet e salão onde realizaria a festa e o Arthur
ficou de tratar da igreja, da papelada e claro ficou de tratar do seu
fato juntamente com o pai, irmão e futuros cunhados. E por último, mas
não menos importante ficou a resolver a nossa lua-de-mel que segundo ele
era surpresa.
Um ano depois do pedido eu e o meu amor casamos, foi
uma tarde linda, família e amigos reunidos no dia mais importante e
especial para nós. Estava tudo tão maravilhoso, mas o que eu queria era
estar com o meu marido a sós e assim fizemos, fugimos do nosso próprio
casamento e fomos viajar.
Foram 30 dias incríveis, fomos a Paris a cidade luz, a gente estava numa sintonia gostosa.
Passeamos pela cidade, namoramos, aproveitamos os dias com muita paz, alegria e de noite a gente se amava como nunca.
A gente se compreende com um gesto, um olhar, muitas vezes não são
precisas palavras, somos almas gêmeas. O Thur me ama e sabe que o meu
maior sonho e desejo é ser mãe, cuidar deles, amá-los e protege-los. Sei
que também é o sonho dele, só que já estávamos a tentar ter um filho á
10 anos e nunca conseguimos. Fomos a médicos, fizemos exames e lá
disseram-nos a noticia mais triste das nossas vidas.
Eu não posso
ter filhos, o meu útero não consegue segurar um bebé no ventre, estou
desolada porque nunca vou conseguir dar um filho ao homem que eu amo.
Foram os piores momentos, sei que ele me ama e que nunca me abandonaria
com ou sem filho, mas eu queria tanto gerar um ser só nosso e construir
uma família com ele.
Porque Deus nosso senhor fez isto com a gente? Pergunto-me todos os dias o porquê de sermos nós.
Depois de um tempo em psicólogos e terapia a gente entendeu que se não
podemos ter um bebé nosso, podemos adotar. Existe tantas crianças que
precisam de pais e de amor e eu e o Thur estamos dispostos a dar.
Comentamos e conversamos com a nossa família e amigos sobre a
possibilidade de virmos a adotar e eles nos apoiaram e deram a maior
força pra nós seguirmos em frente.
O Arthur diz e muito bem que
essas crianças podem não ter o mesmo tipo de sangue da gente, mas
continuam a ser nossos filhos porque pai e mãe são os que criam e dão
amor e muitas vezes não são os que dão á luz. Um dia, depois do nosso
trabalho, fomos a uma instituição de crianças e adolescentes abandonados
e entramos com a papelada para adoção e falamos com uma assistente
social que nos explicou tudo.
Estávamos tão ansiosos para sabermos
quando poderíamos ir lá conhecer os nossos filhotes, é assim que o Thur
diz. Ele está tão empolgado em ser pai e diz que vai brincar o dia todo e
ensinar um monte de coisas para eles, estamos a realizar o nosso maior e
mais importante sonho.
Passado dois meses fomos chamados à
instituição para conhecermos as crianças, desde início queríamos uma
criança maiorzinha dos 2 aos 5 anos, achamos que era mais lógico porque
essas crianças por serem mais velhas e não serem bebés nunca são
adotadas e nós temos muito amor para dar.
Entramos naquele pátio e
nos deparamos com muitas crianças e veio muita emoção ao ver tantas
crianças lindas, eu estava encantada com tudo isto, mas de repente vimos
uma menininha com 2 aninhos a vir na nossa direção. Ela queria brincar
com a gente e nós dois bobos brincamos e nos divertimos bastante.
O
nome dela é Lara e é linda, loirinha e cabelinhos cacheado e uns olhos
verdes que nem duas esmeraldas. Falamos com a diretora da instituição
para adotarmos ela, mas a moça disse que a Lara tinha um irmão de 6 anos
e que não podia separá-los, eu e o Thur decidimos conhecer o menino. A
moça disse que ele era mais reservado e um pouco agressivo por causa do
passado dele, mas disse que ele defende a irmã de tudo e de todos, não
deixa ninguém machucá-la.
Mas à muito tempo que ele não sorri e é
feliz, entramos numa sala de brinquedos e lá estava ele sozinho a olhar
para fora da janela, muito quieto e triste no olhar. O nome dele é
Matheus e ele é lindo demais, é moreno e de cabelo liso, como o do
Arthur também tem os olhos verdes que nem a Lara.
Ele olhou para
trás e viu-nos, o primeiro a aproximar-se foi o Thur e começaram a falar
e deram se bem logo de primeira. A diretora disse que desde que o
Matheus chegou lá ele nunca se tinha aproximado de nenhum adulto e dado
um sorriso, foi uma vitória para nós e para eles.
O Arthur foi o
primeiro a dizer que a gente adotaria os dois e seriam os nossos filhos
amados. Fomos para casa felizes, e contamos a novidade a todos e
mostramos as fotos deles dois a toda a gente.
Esperamos a papelada
se resolver e tudo o que fosse preciso para realizar a adoçao dos dois
irmãos, esperado a assistente social preparar a Lara e o Matheus para
ficarem conosco. Enquanto esse processo não ficasse concluído resolvemos
preparar tudo para a chegada deles á nossa casa.
Preparamos o
quarto da nossa princesa, rosa cheio de bonecas e ursinhos que ela gosta
e também com borboletas, porque ela adora esse bicho. Já para o nosso
campeão tratamos do quarto como se fosse o mar, praia e futebol. Ele
adora água e queria um quarto em azul.
Matheus também é do flamengo
como o Thur e ele como pai babão amou e disse que a partir de agora ia
assistir todos os jogos juntos e torcer bastante pelo time. A minha
princesa vai ser vascaína para ser mais justo, assim fica duas contra
dois. No final de mais 3 meses eles vieram para a nossa casa para sermos
os quatro felizes.
A Lara logo logo se integrou conosco e com o
resto da família e amigos, ela é muito curiosa e faladeira, é a princesa
mais linda do mundo.
O Matheus ele ficou mais na defensiva, ele tem
medo de se aproximar, mas com o tempo ele entende que a gente nunca o
vai abandonar e sim fazé-lo muito feliz. A nossa filhota começou a nos
chamar de mamãe e papai logo que chegou e nos deixou felizes demais.
Passeamos, brincamos, damos bronca como qualquer pai e mãe e damos e
recebemos carinho e amor em troca. Eles são os nossos maiores tesouros e
milagres nas nossas vidas.
Há dois dias o Theus me chamou de mãe e
foi inesquecível, chorei que nem doida, ele me abraçou e disse que me
amava muito. Contei para o Thur assim que ele chegou a casa e ele ficou
muito feliz e ao mesmo tempo com ciúmes por ele ter chamado mãe primeiro
do que papai.
A gente conversou e jantamos todos juntos em família.
No dia seguinte, domingo fomos almoçar na casa da minha mãe com toda a
nossa família e lá no meio de tanta brincadeira o Matheus machucou o pé
ao jogar bola e chorou muito com as dores, o Arthur foi logo vê-lo e lá o
nosso filhote o chamou de pai e foi um momento inesquecível para todos,
ele ficou bem e voltou a brincar como antes.
Os nossos filhos estão
crescendo, a gente vai se amando porque mesmo tendo duas crianças nós
nunca deixamos de namorar, passear, amar e ter tempo só nós os dois como
casal.
Desde que soubemos que nós não poderíamos ter filhos
biológicos e decidimos em adotar, entendemos que mesmo não tendo saído
de dentro de mim eles são nossos filhos amados e são
nossos por inteiro.
O nosso amor é enorme e damos a vida por eles se for preciso. Como pais
que somos só queremos o bem deles e que eles seja pessoas amadas, que
amem, humildes, estudiosas, trabalhadoras, respeitosas e felizes.
Para mim e para o meu amor, adoção é um ato de amor.
A minha família é a mais maravilhosa do mundo.
Por Sophia Esteves
http://webelrebel.blogspot.com.br/2013/09/adocao-um-ato-de-amor-capitulo-unico.html
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